Seduce Me: Matthew (parte 3)

Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais Seduce Me! Espero que gostem! 🥰


Poucas horas se passaram e todo mundo já sabia das notícias. Rodearam-me no colégio e recebi condolências pela minha perda. Mas não foi aquilo que surpreendeu as minhas amigas.

Suzu: Espera, então você tem a mansão dos Anderson INTEIRA só pra você?! Sortuda pra dedéu, mano!

Naomi: Hm…

Suzu: Deixa de ser tão sensível, Naomi.

Naomi: Pare de ser tão vulgar, Suzu.

—Suzu tá certa, Naomi. {+Caos}

—Naomi tá certa, Suzu. {+Ordem}

Suzu: Ah, mano. Qual é?

Naomi: Está vendo? Ela sabe ter boas maneiras em público!

Suzu: Eu sei ser uma dama! Caramba…

Mika: Meninas. Vou pra lá depois das aulas hoje porque meus pais querem que eu me acostume a morar lá.

Suzu: Sério? Não passou nem um dia que você voltou pro colégio!

Mika: Eu sei, mas meus pais querem que eu tente morar lá o mais cedo possível…

Naomi: Mas é muito rápido… Você vai ficar bem?

Mika: É claro, haha.

Mas, mesmo no conforto das minhas melhores amigas, a vida parecia continuar me testando…

Mika: Ai!

Suzu: Ei! Não saia empurrando as pessoas assim.

Lisette: Ops! Acertei uma fraqueza, Cappini?

Ela soltou uma pequena risada enquanto enrolava seu cabelo ao redor do dedo. Lisette. Uma das últimas pessoas que eu queria ver hoje…

Suzu: Tsc. Não é comigo que você tem que se desculpar.

Lisette: Ah, Anderson! Olá! Como estão as coisas?

Mika: Estou… bem.

Naomi: Errr… Você ainda não ouviu, Lisette?

Lisette: Do quê?

Naomi: …O falecimento do avô dela.

Lisette: Ah, bem, meus pêsames. Não assisto muito às notícias.

Suzu: …Não parece sincero.

Lisette: É, sim. Sinceramente. Por que não seria?

Garota Rude: A típica Cappini. A família dela não está envolvida com a máfia ou algo assim? Não ficaria surpresa se ela tirasse um bastão de suas costas nesse momento.

Quase tinha me esquecido do grupo que seguia a Lisette, em sua maioria composto de pessoas que ninguém queria ver num dia normal de colégio. Ninguém sabia por que elas seguiam a Lisette, mas se achavam socialmente iguais a ela.

Naomi: Isso passou dos limites! A Suzu tem uma família honesta!

Garota Esnobe: Diz aquela cuja família lucra com escândalos políticos!

Garota Rude: É, seu pai não faz nada a menos que esteja no tribunal com políticos sujos!

Naomi: Grr!

Lisette: Ei, vamos todos nos acalmar, tudo bem? Tenho certeza de que a Anderson precisa de um tempo para se recuperar. Quero dizer, o que aconteceu… nós precisamos dar respeito a ela.

Mika: …Só… para. Para de agir assim. Como se você se sentisse mal por mim.

Lisette: Hein? Do que você está falando?

Mika: Tenho certeza de que você está feliz me vendo desse jeito. Você já tem tudo o que quer, e agora me vendo desse jeito… A vida não poderia ficar melhor.

Uma amargura se instalou dentro de mim e palavras saíram sem filtro pela minha boca. Mas honestamente, não me importei. Estava tão consumida pela raiva que só vi a Lisette na minha frente.

Mika: O que exatamente sou pra você? Só outra parte do seu curso de obstáculos? É isso o que eu sou? Estou cansada disso, Lisette. Estou cansada de todas essas charadas. Estou cansada de você.

Arfadas surgiram da multidão ao redor dela e voltei ao corredor do colégio. Até minhas amigas ao meu lado me olharam surpresas. Uma garota pareceu que ia falar, mas Lisette levantou sua mão pra pará-la. Tinha uma emoção no rosto dela que não entendi muito bem, mas enxerguei um tipo de pena em seus olhos.

Mika: Não, não se atreva a sentir pena de mim.

Olhei pra longe dela. Não queria ver aquela emoção em seus olhos quando estava falando comigo. Ela não tinha o direito de me olhar daquele jeito.

Lisette: …Sinto muito. Eu sei que a morte de seu avô deve ter bagunçado as suas emoções.

Mika: …

Ela se aproximou de mim e colocou a mão no meu ombro, dando-me um pequeno sorriso, pelos velhos tempos. Mas, por alguma razão… Não me sentia consolada. Não era só que estivesse irritada com ela, mas a expressão em seu rosto quando se inclinou pra perto de mim contorceu-se em algo complexo. Algo estava diferente nela. Meio que não consegui identificar, mas algo nela mudou…

Lisette: Bem, vou indo. Responsabilidades da reunião de atletismo e tudo mais. Te vejo depois!

Algo na Lisette me deixou desconfortável. Eu não estava apenas furiosa, mas também inquieta. O que foi aquilo? Nunca tinha visto ela daquele jeito antes. Mas decidi não prestar atenção nisso. Ela continuou caminhando até a saída com seu bando de “amigos” atrás dela. Concentrei minha atenção na Sra. Philips, que estava andando pelo corredor na minha direção.

Sra. Philips: Está tudo bem, garotas?

Suzu: Nada que não podemos lidar, Sra. P. Só um bando de esnobes!

Naomi: Suzu! Silêncio! Não foi nada, Sra. Philips.

Sra. Philips: Entendo. Bem, senhorita Anderson. Por favor, aceite minhas condolências pela sua perda.

Mika: Obrigada, Sra. Philips.

Sra. Philips: Seu avô era um bom homem. Ele acolheu a filantropia das políticas de sua empresa… e o dinheiro para a caridade, também…

Mika: Eu sei… Ele era incrível. Eu o admirava muito e quero ser tão bondosa quanto ele foi.

Naomi: Bom, eu sei que você será ótima igual ao seu avô!

Suzu: Com certeza! Ela será dez vezes melhor do que o avô dela!

Será? Eu seria mesmo melhor do que o meu avô…? Todos parecem ter altas expectativas pra mim… Queria fazer o meu melhor e deixar minha família orgulhosa, mas ser melhor do que o meu avô? Não tinha tanta certeza… Por fora da janela do colégio, eu vi um carro azul conhecido estacionar no meio-fio. Sem dúvida nenhuma era o meu pai na cadeira do motorista.

Mika: Ah! Minha carona chegou. Bom, acho que verei vocês duas amanhã!

Suzu: Quer que a gente vá junto?

Mika: Ah, não! Tá tudo bem, haha. Vou ficar legal. Até mais! Oi, pai.

Sr. Anderson: Olá, querida…

Assim que entrei no carro, percebi que meu pai parecia perturbado, agarrando no volante e encarando direto pra frente, como se alguma coisa estivesse incomodando-o bastante.

Sr. Anderson: Sobre o que aconteceu ontem… Sinto muito por gritar com você… Sua bochecha ainda dói?

Mika: Não. Não é nada pra se preocupar.

Sr. Anderson: Estou falando sério… Não deveria ter colocado nem um dedo em você. Você sabe que é minha filha preciosa. Você é tudo o que eu tenho.

Mika: …

Sr. Anderson: Eu…

E mesmo assim, ele não conseguiu dizer aquilo que há muito tempo não era capaz. Sempre quis ouvir aquelas palavras pra garantir como ele se sentia, mas… Acho que, nem agora, ele não poderia me dizer. Virei minha cabeça pra olhar pela janela. Era idiota esperar algo que nunca chegaria. E assim, ele dirigiu o carro e nossa conversa terminou. Decidi concentrar minha atenção no cenário que se passava. Nós pegamos a rota habitual até a casa do vovô; estava localizada na vizinhança do distrito do colégio, mas ainda era bem longe do colégio e de nossa casa. Ele sempre viveu sozinho. Insistiu em fazer as coisas sozinho, até na sua idade e vivendo numa residência tão grande. Será que ele morreu sem ninguém ao seu lado, também? Parecia tão solitário… e triste… Era estranho que ele decidiu viver sozinho na sua grande propriedade. Se fosse assim, ele poderia ter morado conosco. Mas ele e o meu pai provavelmente não trocariam uma única palavra. Talvez viver sozinho fosse melhor. Na verdade, não o visitei por um tempo. As visitas pra casa dele eram mais frequentes quando eu era criança e cresci bastante desde então. Mas na última vez que o visitei, achei que ele parecia bem, feliz e saudável… Mas as coisas mudam. Lá no fundo, eu sabia que ele iria embora algum dia. Não era como se os humanos pudessem viver pra sempre. Então, por que o meu coração ainda está tão pesado…? O passeio de carro foi quase todo em silêncio, até que ele falou novamente.

Sr. Anderson: Como foi no colégio? Mantendo suas notas, eu espero?

Mika: Hã… sim. Estou tentando o meu melhor.

Sr. Anderson: Tentando? Mas não é fazer o melhor que você consegue, não é?

Com o meu pai, só algumas palavras que eu falava eram filtradas em suas orelhas. Era difícil manter uma conversa sem falar nos meus resultados acadêmicos ou no meu futuro. Ele sempre encontrava um jeito de inserir esses assuntos quando conversávamos.

Sr. Anderson: De qualquer forma, seus pertences estão no porta-malas. Não é muito, então tenho certeza de que você pode dar um jeito de levá-los para dentro da residência. Afinal, você está no caminho para ser independente agora.

Mika: …Sim. Posso dar um jeito sozinha.

O silêncio habitual retornou entre a gente. Não tinha certeza do que falar perto dele, especialmente quando, na maior parte do tempo, não tínhamos as mesmas opiniões. Mas uma pergunta continuou na minha mente. Se ele iria justificar minhas ações com tanta indiferença no funeral do vovô, eu tinha o direito de saber o motivo.

—Tentar de novo.

—Deixar pra lá.

Era inútil conversar com ele sobre esse assunto. Seria como reabrir uma ferida… ou repetir um machucado. Suspirei. Ele me deu um olhar de canto por curiosidade, mas não fez mais que isso. Típico. Encostei na porta do carro e encarei a janela. Não podia deixar de pensar. Como seria aquele lugar? Já estive na casa do vovô antes, mas visitar e morar lá eram coisas diferentes. Como daria um jeito de viver sozinha sem preparo pra tomar conta de uma casa? Sabia que as contas seriam pagas pelos meus pais, que herdaram os estoques do vovô na corporação, mas nunca vivi sozinha antes. Pensar nisso me fez sentir um pássaro sendo expulso do ninho. Mesmo que eu fosse uma adulta, me senti despreparada e um pouco assustada pela probabilidade de me mudar pra um lugar novo. A maioria das pessoas da minha idade estaria empolgada ao se mudar. Afinal, simbolizaria uma mudança em suas vidas, como estar na estrada da independência. Mas senti que não era nada disso. Esperava não decepcionar os meus pais. Não decepcionar o meu avô. O que ele diria agora…? Encarei as nuvens que passavam no céu. Se você estiver aí… Vovô… Como você está? Tem algo que quer me contar neste momento? …E, é claro, nenhuma resposta. O que eu estava fazendo? Procurando respostas num paraíso que poderia ou não existir? Abaixei minha cabeça para encarar o borrão de árvores e carros pela janela do carro. Minha cabeça estava indo pras nuvens. De qualquer forma, fui levada pra minha nova residência. O carro estacionou e afastei meus devaneios.

Sr. Anderson: Chegamos. Pode sair.

Mika: Certo. Diga pra mamãe que eu a amo.

Sr. Anderson: Certo.

Mika: …Eu te amo, pai.

Sr. Anderson: …

Sem um “Certifique-se de vir nos visitar de vez em quanto”? Sem um “Vou sentir muito sua falta”? Nada mais do que um olhar vazio? Pausei um pouco antes de alcançar a maçaneta da porta do carro, esperando uma despedida, mas ele não falou novamente. Suspirei e saí do carro, ouvindo meu pai destrancar o porta-malas. Vi duas mochilas grandes que empacotei na noite passada, grandes o bastante para guardar apenas coisas necessárias. Peguei-as, coloquei uma em cada ombro e fechei o porta-malas. Ele foi embora dirigindo, deixando-me sozinha na frente da mansão. Observei o carro azul desaparecer na estrada antes de me virar e ver minha nova casa.

Mika: Aqui está… é ENORME… Meu avô que me deu? É difícil de acreditar…

A casa era enquadrada por um conjunto de altos portões e, hesitante, empurrei-os pro lado para assimilar a propriedade inteira. A casa ainda parecia a mesma, quando visitei-o pela última vez. De longe, parecia meio intimidadora com seu tamanho, mas se me aproximasse, ficaria claro que não havia nada mais do que isso. As paredes de tijolos eram emolduradas por grama e flores adoráveis, dando a ela uma aparência caseira e acolhedora, mas em contraste, as altas portas da casa me davam uma sensação de grandeza. Quem sabia o que estava esperando por mim? Mas não iria amarelar nesse momento. Peguei a chave para as portas da frente e as destranquei.

Mika: Bom, posso ficar à vontade. Vou ficar aqui por um bom tempo, afinal.

Foi quando eu os vi… Deitado no chão estava um grupo de homens… Todos estavam inconscientes, mas não havia explicação da razão de estarem ali. Soltei minhas bolsas enquanto deixava a porta fechar sozinha atrás de mim.

Mika: H-Hein?? Q-Quem são esses caras?! Por que estão aqui?! O que está acontecendo?!

Alguns deles tinham feridas abertas… O sangue estava secando no chão e o cheiro estava misturado no ar… Não pude evitar me sentir mal por eles, mas mesmo assim estava chocada e um pouco irritada pela repentina invasão. Minha mente parou de estar “cautelosa e preocupada” e passou a ficar “confusa e exigindo respostas”.

Mika: Quem são vocês?!

Sem resposta…

Mika: Vou chamar a polícia!

Ainda nada. Nenhum deles parecia estar acordado para responder ou reagir a mim… Pareceu surreal ter uns desconhecidos aleatórios na casa para a qual eu ACABEI de me mudar, mas queria respostas rapidamente… Isso foi até…

Mika: AAH! Fique longe de mim!

???: Mulher. Você vai me deixar te beijar.

Não podia acreditar, mas num piscar de olhos, um dos homens deitado no chão estava bem na frente do meu rosto… Mais estranho ainda foi o fato de que me senti… serena… e calma sobre isso… Lentamente, um desejo queimou no meu peito, dizendo-me pra aceitar o beijo dele, apesar da minha mente que recusava…

Mika: Ah… hã… v-vá em frente…

???: Bom. Mmm…

Enquanto ele me beijava, podia sentir meu corpo enfraquecer… Não sabia por que, mas aquele beijo estava drenando minha energia, e ainda assim… Era tão bom e fez meu coração cantar… Era um sentimento estranho e tilintante que dançou em cada nervo do meu corpo. Podia sentir fluxos de energia intangível correndo pelo meu corpo até meus lábios. Era uma sensação estranha, mas ao mesmo tempo… era incrível…

???1: Sam. Pare.

Sam: Mmm…!

A pessoa me beijando—Sam era o nome dele?—olhou pra trás.

???1: Eu mandei parar. Agora.

Sam: Mmm… certo.

Finalmente ele se afastou, e fiquei lá parada num transe.

Mika: O-O qu… hein…?

Não sabia dizer o que estava acontecendo; minha mente estava completamente enrolada pelo beijo nos meus pensamentos que derreteu nas profundezas das minhas memórias esquecidas…

???1: Por favor, perdoe meu irmão… Ele é um pouco imprudente…

Sam: Pelo menos, me sinto muito melhor do que você agora.

???1: Porque você usou as suas habilidades nela.

???2: Nn… Sam, você é um bruto tão imprudente, tomando vantagem de uma jovem mulher linda igual ela.

Sam: Cala essa tua boca de playboy antes que eu arranque ela dessa sua cara de playboy.

???3: Caramba, gente, podemos não brigar agora…? Nem todos nós estamos no melhor estado…

???2: Acho que você está certo, Matthew…

???1: Eu concordo.

???4: …

Mas quando os rapazes se levantaram e começaram a conversar, meus pensamentos se arrumaram e me lembrei da minha confusão e raiva mais uma vez, só que agora multiplicada por dez.

Mika: O q… qu…

???2: Hã? Você disse alguma coisa, beldade?

E… eu explodi.

Mika: O-O QUE ESTÁ ACONTECENDO!?!?!?!?!?!?!?! POR QUE DIABOS VOCÊS ESTÃO NA MINHA CASA?!?! POR QUE ESTÃO TODOS MACHUCADOS?!?! POR QUE VOCÊ ME BEIJOU?!?! QUEM SÃO VOCÊS?!?!!??!

Não consegui evitar explodir, mas depois de ser usada e abandonada num estado patético, minhas palavras escaparam sem filtro. Assustei os homens ao meu redor, até mesmo o homem que me beijou… …Espera um segundo, o rapaz que me beijou

Sam: Ai!! Qual é o teu problema?

Mika: Qual é o seu problema?! Você não pode sair forçando as pessoas a te beijar assim! Você é algum tipo de pervertido?

Sam: Pervertido?! Foi só um beijo!

Mika: Pode não significar nada pra você, mas significa muito pra mim!

Sam: Quê, foi o teu primeiro beijo?

Mika: …

Sam: Ai!! Ei, pra quê foi ISSO?

Mika: Eu sei que os primeiros beijos não são exatamente incríveis e cheios de estrelinhas e de contos de fadas… mas pelo menos esperava que seria mais do que uma coisa forçada!

Sam: Então, foi o teu primeiro beijo. Para de fazer tempestade em copo d’água.

Mika: Você está pedindo pra levar outro soco?

Sam: Bom, o que você quer que eu faça? Não é como se eu pudesse voltar atrás.

—Pedir um pedido de desculpas. {+Sam}

—Bater nele de novo.

Sam: AI! Agora você só tá sendo violenta!

Mika: Você mereceu. De qualquer jeito, se você tentar alguma coisa engraçada no futuro, esteja avisado: eu sei taekwondo.

Sam: Tsc!

Acho que já briguei o suficiente… É hora de voltar ao assunto principal.

Mika: Então… o que exatamente vocês estão fazendo na minha casa?

???1: Senhorita, por favor, perdoe nossa intrusão. Nós não sabíamos que essa residência pertencia a alguém, nem tivemos tempo de levar isso em consideração…

Mika: Quê??? O que você quer dizer?! Vocês não podem invadir os lares das pessoas!

???1: Não faríamos isso se não estivéssemos tão machucados quanto estamos atualmente… Acabamos de escapar de uma luta mortal que poderia ter acabado com as nossas vidas. Felizmente para nós, sua residência estava próxima e as janelas estavam destrancadas, então rapidamente entramos…

Pelo que me lembro, havia leis que impediam desconhecidos de adentrar propriedade privada. Mas considerando a severidade dos ferimentos deles, tinha que ser um problema sério.

Mika: Acho que isso explica os machucados, mas não o motivo de ele ter me beijado! Ele não tinha o direito de fazer aquilo!

???2: Bem, adorável senhorita envergonhada, é difícil de explicar, sinceramente… Nós não somos exatamente… normais.

Mika: Não são normais?… Vocês são o quê, demônios ou coisa assim?

Eu perguntei, quase brincando, mas os rapazes pareceram levar minha pergunta diferente…

???4: …

???3: Ahahahahaha! Bom, na verdade, é algo assim!

Mika: Hein?!

???1: Nós somos íncubos, senhorita; demônios que consomem e usam a energia sexual de humanos para sobreviver…

Mika: …

Íncubos? Os demônios das histórias que existiam para assombrar os humanos e torná-los monstros loucos por sexo? Os seres míticos que podiam parecer com qualquer um só pra entrar em suas calças? Os monstros imaginários que você só vê em filmes ou na TV?

Sam: Oi? Você ouviu ele?

???2: Estamos falando a verdade…

Matthew: Vocês acham que ela ainda está processando as coisas?

???1: Sim. E ela entenderá logo—

Mika: Ceeerto. Foi divertido enquanto durou, mas é hora de acabar com a piada. Incúbusos não existem.

Não tinha chance deles existirem. Seria praticamente impossível.

???1: Hm. Íncubos é a forma plural correta, e sim, nós existimos.

Mika: Então, prove.

Assim que as palavras saíram da minha boca, me arrependi delas no mesmo instante.

???1: Muito bem. Erik, vá em frente.

Erik: Hehe, muito bem…

Erik: Minha querida, você está tão tentadora com tal descrença… deixe-me aliviar sua mente com um beijo gentil. Prometo que você vai deleitar cada minuto e talvez vai até querer mais.

Mika: O quê? Nnn…

Mais uma vez fiquei perdida numa piscina de calma e serenidade… Encarando os olhos do Erik, senti ondas de calor fluir através do meu peito e pro meu rosto, pintando minhas bochechas de vermelho em seu rastro… Não pude evitar assentir e aceitar a oferta dele…

Mika: S-sim, certo…

Erik: Mmm.

Com outro beijo, meu coração começou a se agitar mais uma vez em meu peito e minha mente saiu girando num prazer quente e cheio de paixão… Mas podia sentir a energia do meu corpo ser drenada enquanto ele me beijava…

???1: Certo, isso é suficiente.

Erik: Ahhh… Muito bem. Mmmm! Eu me sinto muito melhor!

Quando ele se afastou, fiquei numa piscina de confusão mental. Senti uma fraqueza nos joelhos, apesar da minha vontade me mandando continuar de pé na frente dos rapazes. O mundo ao meu redor começou a girar enquanto eu tentava falar.

Mika: Ahhh… Acho que eu vou…

???1: Ah. Onde estão os meus modos? Eu sou James, e estes são meus irmãos: Sam, Erik, Matthew e Damien.

Mika: …

Matthew: Senhorita, você está bem?

Sam: Merda. Ela desmaiou.

Não conseguia acreditar… Íncubos… Verdadeiros… Tudo isso rodou na minha cabeça até só ver preto… Flutuando na escuridão, minha mente continuou repassando a cena de novo e de novo, lembrando o meu corpo do toque dos lábios dos íncubos contra os meus… Mas comecei a sentir lençóis macios ao meu redor e minhas pálpebras abriram.

Mika: Nnnn… Onde…?

Acordei num lugar estranho. Onde estava a mamãe? O papai? Tinha bastante certeza de que aquele não era o meu quarto… Ah, espera. Vou morar na casa do meu avô agora. Claro que seria estranho. Esfreguei meus olhos e examinei meus arredores. Eu ainda estava com as roupas de quando cheguei na residência, mas estava deitada numa cama coberta por lençóis. Eu me lembrava de ter chegado nesta tarde, então por que já estava de noite? Segurando um bocejo, estiquei os braços. Talvez devesse pedir delivery… Estava me sentindo faminta. Estava quase me sentando, mas de repente percebi que não estava sozinha…

Damien: …Você acordou…

Mika: Hein? Gah!

Desde quando ele estava ali?! E quem diabos era ele? Um cara no meu quarto… nós…?

Mika: Sem chance!!

Damien: …

Mika: Aha, desculpe… Acho que pensei alto.

…Por que me desculpei? Pra um estranho que só disse duas palavras quando acordei? Espera, ele parece estranhamente familiar… Então, as memórias retornaram. Íncubo. Ele era um íncubo. Ele e os irmãos dele chegaram aqui para se refugiar. E dois deles me beijaram, e aí eu desmaiei. E foi assim que as coisas ficaram desse jeito.

Mika: Ah!!

Damien: …

Ele estava encostado contra a parede mais distante, olhando pra mim. Meu coração começou a acelerar quando pensei na lista sem fim de possibilidades que essa situação me trouxe. Odiei estar sob o poder de um íncubo, especialmente num quarto…

—Pular e se proteger!

—Ficar calma. {+Damien}

Eu pulei e agarrei um travesseiro, me cobrindo com ele. Me senti estúpida, sim, mas quem sabe o que esse cara faria?

Mika: Faça o seu pior! Desta vez, estou preparada!

Damien: …

Ele não se moveu. Acho que ele não iria me atacar.

Mika: Heheh, desculpe.

Mas uma coisinha ainda me preocupava…

Damien: Não vou usar meus poderes em você.

Mika: H-Hein? Como—?

Damien: Consigo ler mentes. Nasci com essa habilidade. Cada um de nós tem uma habilidade diferente além de nossos poderes comuns de alterar a mente.

Ótimo. Mais surpresas. Fiquei ainda mais preocupada com a situação na qual eu estava.

Mika: Entendi… Quanto tempo eu passei dormindo?

Damien: Poucas horas. Ahah, já ficou bem escuro lá fora.

Mika: Ah, bom, cadê os outros?

Damien: Meus irmãos estão no andar de baixo, limpando o sangue do chão da sala… hehe, e fazendo o seu jantar como um pedido de desculpas.

Mika: Ah. OK. É uma gentileza inesperada…

Damien: Ah, é o mínimo que devemos fazer depois de invadir sua casa e dois de nós usarem nossos poderes em você.

Mika: …Você tem razão.

Certo, tinha me esquecido disso. Ainda me incomodava que eles praticamente tiraram vantagem de mim naquela hora. Mesmo que eles fossem… demônios… era grosseria demonstrar seus poderes ao me beijar. Eu não era um brinquedo humano. Tudo parecia tão falso. É como algo daquelas novelas de romance que Naomi lia às vezes. Queria poder voltar a dormir e esquecer tudo isso. Talvez devesse chamar a polícia pra pegá-los. Então, eu nunca estaria nessa situação…

Damien: Você se sente bem o suficiente para sair da cama?

Mika: Sim, acho que sim— OPA!

Damien: Confie em mim. Não vou deixar você cair.

Mika: Err… Não tenho muita certeza…

Damien: Eu prometo.

Mika: Ah… entendi. Vou confiar em você.

Damien: Bom.

Fiquei sem palavras. Ele estava me carregando como se eu não pesasse nada… Ele era tão forte…

Damien: Obrigado.

Mika: Ehh—?! Ah… é, esqueci…

Damien: Tudo bem. Estou acostumado.

Resolvi ficar de boca fechada pra não o deixar estranho ou deixar as coisas mais desconfortáveis do que já estavam. Bem, ele não parecia se importar em me carregar ou me ouvir falar, então pelo menos as coisas não estavam tão estranhas. Damien parecia bem quieto e calmo sobre tudo, especialmente na situação em que estávamos. Mas havia uma espécie de nostalgia em seus olhos quando ele olhava para mim, que não era luxuriosa. Era mais… admiração…? Quando chegamos à sala, decidi que me sentia bem o suficiente para andar sozinha. Ele era muito forte—como se ele não estivesse carregando nada—mas não queria fazê-lo me carregar pra todo lado. É, seria mortificante.

Mika: Obrigada por me carregar, mas acho que posso andar sozinha agora. Não estou dizendo que não gostei. Quero dizer, eu gostei! Não de um jeito estranho, é claro; não é como se eu fosse carregada por aí toda vez. O que estou tentando dizer é que foi muito legal você ter feito isso.

Comecei a bagunçar minhas palavras de novo. Bem suave.

Damien: Sem problema. Vou para a sala de jantar, então.

Mika: C-Certo, até mais!

Ele gentilmente me colocou no chão antes de sair andando quietamente, desaparecendo nas sombras da sala escura.

Matthew: Ah, oi!

De repente, um menino que parecia ter a minha idade, ou mais jovem, pulou na minha direção. Ele parecia vagamente familiar… ah, espera…

Mika: Ah, você é o Matthew, né?

Matthew: Aham! Sou eu. Você está se sentindo melhor agora? Ficamos todos preocupados quando você desmaiou de repente.

Mika: Estou bem.

Matthew: Sério? Seu rosto está meio vermelho. Você se sente mal?

Mika: N-Não, eu tô bem! Tenho certeza!

Devo ter ficado corada quando o Damien estava me carregando para o andar de baixo… Que vergonha.

Matthew: Bom, se você diz. Espero que o Sam e o Erik não te deixem chateada…

Mika: Tudo bem. Afinal, eu bati no Sam depois do que ele fez, e sobre o Erik, só queria que vocês provassem o que diziam. Suponho que os íncubos são… reais, então.

Refleti como exatamente me coloquei nessa bagunça. Primeiro o meu avô, depois uma discussão com o meu pai, bate-boca com a Lisette… e agora isso? Eu tinha um talento especial de me colocar em situações pegajosas.

Matthew: Hmm… ah, tenho uma ideia!

Ele enfiou suas mãos em seus bolsos com um sorriso sapeca no rosto.

Matthew: Espera, espera…

…Ele está tentando fazer um truque de mágica?

Matthew: Tcharam!!

Mika: Err, o que… é isso, exatamente?

Ele sorriu pra ignorar, mas quando abriu seus olhos e viu o que estava segurando, seu rosto congelou em choque.

Matthew: Espera um segundo… O que eu acabei de fazer?! I-Isso é…

Mika: …

O que ele produziu de seus bolsos foi um boneco de aparência bizarra.

Matthew: AAAAH! O QUE É ISSO?!

Mika: E-Eu não tenho certeza…

O rosto dele ficou pálido e ele derrubou no chão, afastando-se pra longe freneticamente.

Matthew: A-Afasta isso de mim! Deve estar possuído por um demônio ou algo assim!

Mika: …

…Mas ele próprio não é um demônio…?

Matthew: Não era isso que eu queria fazer! Só queria te surpreender com um animal estufado ou coisa assim para te alegrar… Mas parece que saiu direto de um filme de terror…

Ele deixou os ombros caírem e olhou pros seus pés.

Mika: Ahh, tá tudo bem. Não precisa ficar tão abatido. Quero dizer, é único…

—Acho que vou ficar com ele. {+Matthew}

—Você pode ficar com ele.

Matthew: Mas parece tão bizarro!

Mika: É a intenção que conta, né? Você quis me alegrar, afinal.

Eu peguei o boneco e olhei-o bem de perto. Claro, parecia bem estranho à primeira vista, mas poderia ser fofo se visto de outro ângulo. Dei a ele um pequeno sorriso.

Mika: Obrigada.

Matthew: Haha, não há de quê. É bom te ver sorrindo. Mesmo que essa coisa que eu fiz ainda me assuste… De qualquer jeito, você deveria vir junto comigo pra sala de jantar! Estamos quase terminando com a comida e, bom, não quero me gabar, mas somos ótimos cozinheiros.

Mika: Parece ótimo. Mostre o caminho! Mmm, alguma coisa cheira bem…

Meu estômago roncou de acordo. Eu estava morrendo de fome…

Sam: Ah, a garota tá acordada.

Mika: Com licença. Eu tenho um nome, sabia!

Sam: Devemos mesmo nos importar?

James: Sam, vou assar essa língua para o jantar se ela não parar de balançar nessa sua boca idiota.

Sam: Psh. Tanto faz.

James: Peço desculpas pela atitude dele.

Mika: A-Ah, tudo bem.

James: Heh, bom. Espero que você goste da refeição que preparamos para você.

Mika: Refeição?

Por um segundo, minha mente não entendeu o que o James disse. Talvez fosse o boneco pegando a minha cabeça e me distraindo. Ah, é mesmo! O Damien e o Matthew mencionaram que estavam fazendo o jantar como pedido de desculpas.

Mika: A-ah, espera, vocês não precisavam!!

James: Nós insistimos. Aliás, é impossível “desfazermos” nossa comida, mesmo que você nos comande para fazer isso.

Mika: Bem, então… obrigada!

Matthew colocou o último prato na mesa e se curvou a mim com exagero, gesticulando pra mesa com um movimento circular.

Matthew: Ahh, aqui estamos! O jantar está servido!

A mesa estava completa de comidas variadas de uma seleção eclética de pratos. Uma porção da mesa estava cheia de comidas asiáticas elegantemente postas e a outra porção tinha sobremesas de aparência deliciosa. E ainda havia mais e mais pratos que nunca poderia imaginar.

Mika: Uau! É muita comida. E tudo parece tão bom!

Erik: Esperamos que você goste, meu docinho.

Mika: O-O quê? Docinho? Eu?

James: Já basta, Erik.

Erik: Hmph, você não é divertido, James.

James: Não preciso ser divertido, Erik. Senhorita, por favor, siga-me.

Não sei o que me deu, se foi sua educação ou talvez seu poder, mas não pude evitar aceitar seu braço. James parecia gentil e inteligente, mas além disso, tinha algo que o separava de seus irmãos. Sem mencionar que ele não parecia ter muita apreciação por eles.

James: Senhorita, preciso perguntar, por que você vive sozinha?

Mika: Ah, bom, é uma longa história…

James: Sou todo ouvidos, se você quiser me contar.

—Claro. {+James}

—Não.

Mika: N-Não precisa. Talvez outra hora.

James: Muito bem. Aqui está o seu assento, então.

Erik: Deixe-me pegar uma cadeira para você, adorável senhorita.

Mika: Ah! Err…

Erik era muito charmoso e seu sorriso mexia com o meu coração. O jeito que ele continuava flertando comigo designava-o como o mais encantador dos demônios, mas havia uma pequena distância em seus olhos.

Erik: A propósito, sinto muito pelo meu comportamento de mais cedo, roubando o seu segundo beijo assim…

Mika: Hein?

Ah é, quando não acreditei que eles eram íncubos…

Mika: E-Está tudo bem, eu acho. Quero dizer, você não roubou um beijo sem razão.

Erik: Não sou apressado, diferente do Sam, haha.

De repente, Erik se inclinou e sussurrou no meu ouvido.

Erik: Mas não vou mentir… Adorei beijar você e sentir você derreter nos meus braços…

Eu estava indecisa entre bater nele ou tentar manter a calma.

—Fique calma. {+Erik}

—Bata nele!

Erik: Gah!!… Isso vai ficar marcado.

Mika: D-Desculpe. Entrei em pânico.

Erik: Não, eu estava esperando por isso.

Direcionei minha atenção de volta aos pratos. Eu estava ao mesmo tempo intrigada e levemente assustada pela quantidade de comida que eles fizeram. Vendo minha expressão, o Erik inclinou-se para frente e sorriu com orgulho, gesticulando para todos os pratos com um movimento dramático de seu braço.

Erik: Eu fiz quase todos estes pratos sozinho!

Humoradamente, o Matthew olhou-o com uma expressão chocada, como se tivesse sido traído. Sua expressão mudou para uma carranca.

Matthew: E eu sou a rainha do Nilo!

Erik: O que isso deveria significar?

Matthew: Eu, você, e o James fizemos o trabalho juntos, idiota!

James: É “Você, o James e eu”, Matthew…

Erik: Menininhos sempre vão cometer erros.

Matthew olhou pro James em descrença, provavelmente por ter ficado do lado do Erik, e virou de volta irritado pro Erik para confrontá-lo.

Matthew: Não sou um menininho! Sou só um ano mais novo do que você!

Erik: Bem, você não age como tal!

Mika: Hahaha.

Não pude evitar uma risada. O Matthew parecia bastante com uma criança. Ele era adorável! Mas não pude evitar pensar que, de algum modo, ele era muito mais maduro do que os outros, especialmente o Erik.

Matthew: H-Hein? Tem algo engraçado?

Mika: Haha! Não, não, não é nada, na verdade! Obrigada pela refeição, pessoal.

Matthew: Ah, ahaha! Não há de quê, senhorita!

Erik: Que moça jovem e bem educada. Linda por dentro e por fora.

Matthew: Erik, deixa disso.

Em concordância com o Matthew, o Sam balançou a cabeça e encarou o Erik.

Sam: Sério. Você está ficando MUITO irritante com essa encenação puxa-saco.

Era óbvio que o Sam era o badboy do grupo. Ele tinha essa grande atitude durona e era óbvio que ele era fisicamente mais forte do que o resto dos rapazes, mas havia algo a mais nele além disso?

Erik: Só estou tentando ser cavalheiro! A jovem garota já passou por muita coisa, ela merece um bom tratamento.

James: Há uma diferença entre ser cavalheiro e ser um paquerador desagradável.

Matthew: Hahaha! Corrigido até mesmo pelo James! Você vai precisar de água fria pra essa queimadura!

Sam: Hehehe.

Damien: Hehe…

James: A propósito, não acho que sabemos o seu nome, mesmo que você saiba cada um dos nossos.

Mika: Ah, eu sou Mika.

James: É um prazer finalmente saber o seu nome.

Matthew: Ahã! É um nome legal!

Eles estavam confortáveis ao meu redor, apesar da situação estranha na qual estávamos. Era como se fosse natural para eles estar perto dos humanos. Acho que era como os íncubos funcionavam. Mas ainda estava curiosa sobre uma coisinha…

Mika: Com licença.

Eles me olharam todos juntos. Não sabia o motivo, mas todos eles olhando para mim assim me fez sentir… meio importante. Como uma rainha ou algo assim.

James: O que foi, senhorita?

Mika: Eu queria agradecer pela comida, mas ainda quero saber por que todos vocês vieram aqui. Acho que não entendi direito.

Entender? Sim, como se ouvir que um bando de íncubos apareceram na sua casa fosse perfeitamente compreensível.

Matthew: Ah, err… Como vamos explicar…?

Sam: Fomos atacados. Viemos aqui pra nos curar. O que é tão difícil de entender?

Erik: Agora você só está sendo rude, Sam.

Sam: Só tô falando! Como isso é difícil de entender?!

Mika: Não. Quero dizer, o que aconteceu especificamente.

James: Bem… veja, estamos viajando há um bom tempo. Apenas recentemente chegamos nessa cidade, mas fomos surpreendidos por esse bando de… arruaceiros. Então, para escapar e nos curar, entramos aqui para ter um abrigo. Novamente, nós nos desculpamos pela bagunça que fizemos.

Mika: Está bem, eu acho. Então, vocês estão melhores agora, né?

Matthew: É! Tudo graças a você!

Mika: Hein? Eu?

Erik: Veja, beldade, nós nos alimentamos de energia sexual, mas não a pegamos beijando adoráveis moças tal como você. Podemos simplesmente tocar a mão de alguém para obter energia sexual. Todo mundo carrega energia sexual, sabe.

Eu ainda estava chocada com os poderes deles. Não eram só os beijos que lhe davam poder, e sim qualquer coisa física. Não é de se admirar que eu fiquei desacordada por tanto tempo. Esses íncubos me deixaram intrigada, mas ao mesmo tempo quase podia ouvir uma sirene de aviso na minha cabeça.

James: Há algo mais que você deseja saber?

Mika: Bem… O que vocês planejam fazer agora?

Matthew: É, o que vamos fazer agora, James?

James: Essa é uma ótima pergunta. Acabamos de chegar aqui e, certamente, seremos caçados se formos embora.

Sam: Podemos acabar com eles. Facilmente.

Erik: Não sem mais treinamento, Sam. O resultado foi claramente evidente no nosso último encontro com eles…

Naquele momento, não sei o que deu em mim, mas de repente me senti mal por eles. Eles não poderiam sobreviver lá fora. Se não sabiam que era ilegal invadir as residências das pessoas, provavelmente não sabiam de muitas outras coisas. Eles causariam caos por toda a cidade. Ou por outro lado, poderiam ser pegos para interrogatório e examinados como ratos de laboratório para pesquisas. Aquilo era bem pior. Mas mais que tudo, eles me lembravam de mim mesma… de antes…

Esse é o fim da parte 3. Até a próxima, pessoal! 😊

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