Seduce Me: Matthew (parte 7)

Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais Seduce Me! Espero que gostem! 😳


Abri os olhos e vi uma mulher me encarando com um sorrisinho bastante astuto no rosto. Abri a boca pra gritar de medo, mas uma mão rapidamente cobriu a minha boca.

???: Ah, ah, ah~! Sem gritar. É cedo demais, bobinha~

Só pude encarar a mulher acima de mim. Eu me sentia fraca, sem forças para me mover ou enfrentá-la. O que estava acontecendo e por que ela estava aqui?!

???: Hmm… Por que os rapazes gostam de você? Você é única, sim, mas não pode ser só isso que…

A raiva começou a consumir meu âmago novamente. Essa mulher, seja lá quem fosse, estava me deixando maluca. Ela deve ter percebido quando deixou outro sorrisinho surgir em seu rosto.

???: Aaah~ Você é corajosa. Essa poderia ser a razão…

Antes que eu pudesse morder a mão dela em raiva, ela removeu sua mão dos meus lábios, levantando e me encarando de sua posição ao lado da minha cama. Rapidamente me sentei e encarei, muito irritada, a invasora. Ela era belíssima, mas eu senti mais raiva do que espanto.

Mika: Quem é você e por que está no meu quarto?

A mulher começou a rir, aumentando a raiva dentro de mim. Eu queria socá-la, mas esperei a resposta dela.

Diana: Que tolice a minha. Esqueci que nós, demônios, não somos muito conhecidos no seu mundo. Você pode me chamar de Diana, humaninha~

Diana? … Demônio?

Mika: Você é um demônio?

Diana: Sim, mas sou muito mais do que um demônio qualquer.

Mika: O que você quer dizer?

Diana: Bobinha, eu sou uma súcubo.

Encarei a Diana em choque. Uma súcubo? Primeiro íncubos, e agora uma súcubo. Ótimo. Agora eu tinha conhecido os dois gêneros dos demônios do sexo. Diana cruzou os braços sob seus seios e olhou pro meu corpo.

Diana: Bem, você é bonita… Mas parece muito imprudente… Imprudente demais…

Eu me mexi e levantei da cama, ainda encarando a Diana.

Mika: Por que você está aqui?

Diana: Ah, eu só queria ver quem era minha concorrência.

Mika: Concorrência?

Diana: Pelos rapazes, é claro. Eles não pertencem a este lugar, mas aqui permanecem. Eu queria saber a razão e remediar esse probleminha.

Sério, aquela garota estava me irritando.

Mika: Problema?! Que problema?! Eles querem ficar aqui, então podem ficar.

Diana: Humana bobinha e ignorante. Você não entende os papéis importantes que esses rapazes desempenham nas Planícies Abissais. Você os mantendo aqui é praticamente aprisionamento.

Mika: Você tem dez segundos pra ir embora.

Diana: É uma ameaça? Que adorável. O que você vai fazer? Me matar?

Mika: E se eu matar, hein?

Diana: Você mal tem força para ficar de pé, humaninha. Eu posso arrancar o resto da sua energia e colocar você num coma. Você nunca mais acordará novamente~

Mika: Encoste em mim e eu vou—

Diana: Aproveitar cada minutinho disso~

Senti meu corpo congelar e esquentar a um quase doloroso torpor. Minha mente começou a ficar vaga quando a Diana se aproximou de mim e acariciou a minha bochecha.

Diana: Agora, você ouvirá tudo que eu falar sem nenhuma pergunta, entendeu?

Eu assenti.

Diana: Bom~ Eu planejo levar os rapazes de volta para as Planícies Abissais. Por quê? Para que eu possa tomar meu lugar como a Rainha do reino deles. Eles não têm nenhuma razão para ficar aqui nesse mundo bobinho, então eu vou garantir que eles voltem para casa. Entendeu, jujuba?

Eu assenti, mas rosnei. Minha raiva não podia ser escondida, apesar de eu estar sob contenção.

Mika: Sua… puta… maligna…

Diana: Hahaha! Pode me chamar de maligna o quanto quiser, queridinha. Eu não sou má; você é que está no meu caminho.

Senti a Diana se inclinar na minha orelha e sussurrar, me fazendo estremecer inconscientemente de prazer e irritação.

Diana: Agora, seja uma boa humaninha e vá dormir. Eu vou garantir que eles tenham ido embora antes de você voltar da escola amanhã, então tenha certeza de dizer adeus pela manhã.

Senti meu corpo se mover por conta própria para deitar na cama e cobrir com os lençóis. Encarei a Diana na ação inteira. A Diana riu da minha futilidade.

Mika: Eu vou… pegar… você…

Diana: Ah, por favor, faça isso~

De repente, a voz dela afundou e tornou-se fria e demoníaca, mandando um violento arrepio assustado descer pelas minhas costas. Os olhos vermelhos dela iluminaram a escuridão do meu quarto enquanto me encarava.

Diana: Me dê um motivo para fazer da sua vida um inferno na Terra~

Eu trinquei meus dentes, tentando lutar contra o controle. Ela não poderia ser tão durona assim. Ela precisava de energia para sobreviver, né? Eu tinha certeza de que ela não tinha o suficiente para me controlar eternamente. Então, a Diana riu e voltou ao “normal”.

Diana: Ah, e certifique-se de não contar aos rapazes que eu estive aqui. Quero que a minha visita seja uma surpresa~

Senti o controle no meu corpo desaparecer, permitindo que eu me sentasse e rosnasse de raiva pra Diana.

Mika: O que está me impedindo?!

Diana: Tsc tsc tsc, então você não deve se importar com as suas amigas e sua família tanto quanto se importa com os rapazes~

Eu parei e encarei. O que ela queria dizer com aquilo? Era uma ameaça à minha família? A Diana deu um sorrisinho para mim, sabendo da confusão por trás dos meus olhos.

Diana: Vamos só dizer que, se você contar aos rapazes sobre mim, eu garantirei que NINGUÉM vai se importar com você e estará totalmente sozinha nessa casinha até o dia de sua morte~

Senti o medo rastejando em mim. Sozinha? Como ela poderia fazer aquilo? A palavra “demônio” reverberou na minha cabeça, lembrando-me de que eu estava enfrentando algo supernatural. Uma coisa era uma humana com um escudo contra um diabo. Outra coisa era uma humana por conta própria contra um demônio.

Diana: Tenha uma boa noite~

E, com aquilo, a Diana afundou no chão através de um pentagrama mágico roxo, que desapareceu assim que a cabeça dela evaporou no chão. Eu não conseguia acreditar. Eu tive um problema e agora tenho outro. Em vez de um diabo psicótico e louco que queria matar os rapazes e eu, havia uma súcubo querendo arruinar minha vida e levar os rapazes embora. Podia a minha vida ficar AINDA PIOR? Não. Não vou deixá-la ganhar.

Mika: Ela não é tão poderosa quanto parece. Sei disso.

Eu tinha que confirmar isso mentalmente. Ela não iria vencer. Os rapazes queriam ficar comigo. Soltei um suspiro antes de fechar os olhos, confirmando meu plano de ação. Não importa o que ela faça, eu vou derrotá-la. Eventualmente, a manhã chegou e o sol gritou para que eu acordasse. Acordei antes do meu alarme de novo, o que era legal. Me espreguicei e me vesti, ficando pronta pra escola. Ela espera que eu diga adeus aos rapazes. Vou dizer bom dia e os verei quando voltar.

Mika: De jeito nenhum que vou dizer adeus.

Peguei minha mochila e fui ao andar de baixo pra sala de jantar, vendo os rapazes já comendo uma deliciosa seleção de comida. O aroma fez meu estômago roncar enquanto a visão da comida me fez entrar mais no cômodo.

James: Bom dia, senhorita. Você dormiu bem?

Antes que eu pudesse mentir e esconder o incidente no fundo da minha mente, o Damien franziu as sobrancelhas e parou de comer.

Damien: Ela está aqui.

Os rapazes olharam pro Damien em confusão enquanto eu amaldiçoava sua habilidade silenciosamente.

Matthew: Err… Damien, o que você tem? É claro que ela está aqui. Ela é meio que a dona da casa.

O Damien olhou para mim, querendo que eu explicasse no lugar dele. Mas as ameaças que a Diana me deu na noite passada me avisaram para manter a minha boca fechada.

—Evitar.

—Diana.

O Damien pressionou seus lábios numa linha fina. Os outros rapazes olharam para mim com uma sobrancelha levantada.

Mika: Uma garota chamada Diana veio aqui na noite passada…

Erik: Diana? Ela é importante?

Sam: Ela tentou te machucar??

Mika: Ela é uma… súcubo.

Aquela única palavra fez os rapazes pararem e me encararem. Eu olhei para cada rapaz, incerta do que estava passando em suas mentes. Eu deveria ter evitado esse assunto?

James: Então… ela veio tentar nos levar de volta…

Matthew: Ela deve estar muito desesperada.

Erik: Bem, o que devemos fazer agora?

Sam: Nada. Ela vai acabar desistindo.

James: Vai mesmo?

Os rapazes continuaram a me olhar como se eu soubesse a resposta daquela questão. Droga, Damien.

Mika: Ela me disse que se eu contasse pra vocês, ela faria da minha vida um inferno… Não tem como ela fazer isso, né? Ela não é um diabo.

James: Não, não é… Mas ela é um demônio muito poderoso.

Erik: Ela é uma mestre da manipulação mental e recebeu treinamento em ilusões. Diferente dos outros demônios que usam a força para ter poder, ela usa o carisma.

Damien: Ela tem o poder de fazer exércitos se curvarem para ela e obedecerem cada um de seus desejos. É por isso que ela é tão obcecada com a gente.

Mika: O quê? O que você quer dizer?

Matthew: Bom… ela meio que tem laços familiares com a gente… Ela foi prometida a casar com um de nós em troca de receber mais poder.

Sam: Ela é só uma puta batida que não sabe como fechar as pernas. Não é uma ameaça de verdade.

Diana: Ah, sério? Estou ofendida.

Os rapazes e eu olhamos ao redor do cômodo, imaginando de onde veio aquela voz. Senti um suor frio descer pela parte de trás do meu pescoço pelo medo, lembrando do tipo de poder que ela tinha. Por fim, nós vimos Diana na entrada da cozinha, fazendo malabarismos com uma única maçã em sua mão enquanto se inclinava contra a arcada. Os rapazes rapidamente me cercaram, encarando a invasora.

James: Então, você tomou um nome humano também.

Diana: Belíssimo nome, não é? Bem, para um nome humano.

Sam: Que merda tu quer?

Diana: Levar vocês de volta, é claro! Mas vocês não deveriam saber que eu viria. Eu me esqueci completamente dessa pequenina habilidade de ler mentes. Erro meu.

Diana se afastou da arcada e veio em nossa direção, fazendo os rapazes se aproximarem mais de mim num círculo protetor. A Diana riu.

Diana: Ora, ora, ora. O que estes mundos se tornaram? Um grupo de demônios protegendo uma garota humana? Direi a vocês agora, ela não é tão bonita assim e, pelo que posso ver, ela ainda é virgem.

Meu rosto ficou vermelho de raiva e vergonha. Como ela se atreve?!

—…

—Ah, porra NENHUMA.

Passei pra frente, gentilmente empurrando os rapazes para ficar cara a cara com a Diana. Eu estava furiosa e ela estava prestes a sentir a minha ira.

Mika: Você está na MINHA casa. É uma INVASORA. Você não tem NENHUM poder aqui.

Diana: Ah, é sério? Eu tenho que te lembrar do poder que eu tenho, querida?

Com um estalar de seus dedos, minha mente repentinamente se trancou e me senti em branco. Conseguia ver o mundo ao meu redor, mas perdi o controle do meu corpo. Os rapazes rapidamente se reformaram ao meu redor e o James agarrando o pulso da Diana, com raiva.

James: Você irá embora neste instante.

Diana: Ou o quê? Você vai me matar? Eu DESAFIO você.

Sam: Deixa que eu faço isso. Vai ser um bom exercício.

Damien: Não.

Os rapazes olharam para Damien enquanto a Diana deu um sorrisinho ao meu estado vazio. Eu queria lutar contra esse controle, mas o poder dela me segurava.

Matthew: E por que não?

Damien: Ela quer que nós a matemos. Se ela morrer, então a guerra civil começará no mundo dos demônios…

Diana: Ahahahaha… muito bom, docinho.

Erik: O que acontece no mundo dos demônios não nos preocupa mais. Nós vivemos aqui, agora.

Damien: …Os demônios virão para o mundo humano e nos caçarão antes de atacarem uns aos outros…

Os demônios… virão… para o mundo humano? Tudo por causa dela?

Sam: Sua puta sorrateira!

Com outro estalar dos dedos de Diana, fui libertada de seu controle, quase me curvando aos joelhos.

Diana: Bem, vocês vão mudar de ideia? Eu asseguro a vocês, é tudo para o bem maior.

Esperei que os rapazes dissessem não. O que ouvi foi um completo silêncio. Nenhum dos rapazes respondeu a Diana, que me deixou nervosa e temerosa do motivo. A Diana inclinou sua cabeça para trás um pouquinho, surpresa por uma razão diferente.

Diana: Não? Bem… Entendo…

Aquele silêncio era a rejeição deles para ela? Olhei pros rapazes e vi a desobediência em seus olhos, dando-me minha resposta. Senti meu coração palpitar, especialmente quando meus olhos pousaram no Matthew. Ele se manteve perto de mim, encarando furioso pra Diana. Senti que ele estava completamente decidido para ficar. Não sei o que era, mas estava incrivelmente feliz de saber que ele queria ficar. A Diana suspirou e pressionou um dedo em sua têmpora, massageando-a gentilmente.

Diana: Ou todos vocês estão jogando um jogo difícil de conseguir bastante convincente… ou devem estar fora de si…

Diana olhou para mim, trancando seu olhar com o meu para me ler. Senti que ela queria que eu fizesse alguma coisa, mas os rapazes iriam impedi-la, então olhar era sua única ação disponível. Depois de um momentinho de silêncio, a Diana lambeu seus lábios antes de quebrar a batalha de olhares e sorriu para os rapazes ao meu redor.

Diana: Muito bem. Acho que vou embora agora.

Quê? Vai embora? Ela estava séria? Os rapazes ao meu redor se endireitaram e tinham expressões confusas em seus rostos enquanto a Diana recuava pra longe da gente com uma pequena reverência, exibindo o seu decote. Sem mais palavras, um pentagrama roxo-escuro apareceu debaixo de seus pés e o corpo de Diana afundou no chão. Assim que sua cabeça desapareceu, o pentagrama sumiu. Juntos, os rapazes relaxaram e retornaram aos seus lugares na mesa, cada um deles muito pensativo.

James: Ela voltará… mas não vai nos matar. Ela precisa de nós vivos.

Matthew: Tanto faz. Vamos continuar dizendo não! Ela não pode nos forçar a voltar.

Sam: Ela não pode fazer nada além de nos irritar. Vai desistir alguma hora.

Erik: Essa é a esperança, de qualquer maneira…

Mika: Espero que sim…

O Matthew veio até mim e segurou a minha mão gentilmente, olhando pra mim com um sorriso.

Matthew: Vai ficar tudo bem. Eu prometo!

Eu assenti, sentindo que ele estava falando a verdade ou pelo menos algo esperançoso e reconfortante, e sorri de volta. O Matthew gentilmente se inclinou e beijou a minha bochecha, me fazendo corar e esquecer o que estava pensando. O som de risadas coletivas e brincalhonas atravessou o ar, me fazendo corar ainda mais, mas as risadas pararam quando o Sam soltou uma exclamação depois que um objeto macio colidiu com o seu rosto. Olhei pra cima pra ver que o Matthew estava encarando os seus irmãos, segurando uma pelúcia bonitinha. Ele e eu nos afastamos assim que o som do carro da Naomi surgiu. Rapidamente comi minha comida, acenei pros rapazes e saí, confiante de que nada iria acontecer. Nunca, nunca mesmo, diga que nada vai acontecer antes do dia terminar.

Esse é o fim da parte 7. Até a próxima! 😌

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