Seduce Me: Erik (parte 4)

Oi, oi! Crys-chan voltou com mais Seduce Me! Espero que gostem! 😖


Eu estava sozinha de pé. A classe inteira estava cheia de risadas e conversas, mas continuei no meio dela, quieta e sozinha. Era estranho ver o mundo inteiro passar na minha frente enquanto eu continuava ali. Pelo lado bom, eu não estava envolvida em nenhum drama que poderia ter surgido—como rabiscar no papel de alguém por vingança ou chutar alguém com muita força. Era meio legal ficar para trás e observar as coisas passando e a vida seguindo em frente. Demorei até me convencer de que eu preferia ficar sozinha. Muitas vezes disse a mim mesma em encorajamento, “É. Quero ficar sozinha. Não tem ninguém de quem gosto mais do que eu mesma, então devo gastar mais tempo comigo mesma!”. Mas havia uma certa amargura que, junto ao estar sozinha, me fez sentir tão triste. Havia diferença entre estar sozinha e estar solitária. Eu só não percebi naquele momento. E mesmo depois daquele momento… Meu pai… Minha mãe… Não havia a quem recorrer. Eu estava tão solitária. Foi quando decidi. Eu iria visitar meu avô. Não me importei se o meu pai não iria me levar; eu iria caminhar até lá e ouvir o que ele tinha a me dizer sobre isso. Nunca o encontrei antes daquilo. Que hora melhor para vê-lo, então? Se ninguém me ajudasse com o que eu estava sentindo, deveria voltar pra ele. Então, depois da escola, resolvi andar até lá. Não fazia ideia de como chegar lá, e estava armada apenas com um pedaço de papel com o endereço rabiscado nele. Como uma garota de sete anos de idade, obviamente tinha ótimas ideias. Logo fiquei perdida. E como sempre fazia quando me sentia perdida, fiquei ali na calçada, minhas costas pressionadas contra a parede e meus olhos observando os desconhecidos passando. E como sempre, as pessoas continuavam passando e a vida continuava a seguir em frente. Eu estava mais triste do que nunca. Terminei na situação que originalmente estava. Nada tinha mudado. Pensei que fosse boba de pensar que poderia mudar as coisas com minhas próprias mãos. Até uma voz me trazer de volta pra realidade.

Avô: Mika… É você?

Olhei para cima e vi um rosto desconhecido. Mas era óbvio que quem quer que estivesse falando comigo sabia quem eu era. E a partir daquele momento, as coisas começaram a mudar. A vida começou a mover suas engrenagens enferrujadas e percebi que as coisas estavam se movendo de acordo. De repente, me tornei parte da multidão que se movia como um borrão. Eu não era mais alguém que ficava assistindo aos outros passarem. A vida tinha mudado. Eu tinha mudado. Porque a pessoa que me encontrou naquele dia… foi o meu avô. Eu tive a oportunidade de ajudá-los. Mas… ajudaria? Eu… queria, mas não tinha certeza se era a melhor ideia. Afinal, cinco demônios na minha casa não era exatamente o plano de vida que eu tinha imaginado quando me mudei. Havia a questão de garantir que ninguém descobrisse os poderes deles. Pensar neles sendo ratos de laboratório deixou meu estômago enjoado. E mesmo que eles se passassem por humanos, como eu explicaria os rapazes morando na minha casa? Imagine se minhas amigas visitassem… Elas pensariam que eu fazia parte de um harém ou algo assim. Ai, meus Deus, imagina se os meus pais visitassem… Acho que minha mãe desmaiaria. Quem sabe o que o meu pai faria? Acho que ele mandaria prendê-los aqui mesmo. Ai, era difícil. Talvez eu devesse ter escrito uma lista de prós e contras antes de ter que tomar uma decisão.

Avô: Não se preocupe muito com isso. Você tem bastante tempo para decidir. Além disso, deveria fazer o que te faz feliz também.

…Foi estranho lembrar o que o meu avô me disse quando eu era pequena. Mas isso meio que fazia sentido. Eles não estavam exatamente na mesma situação que eu estava antes, mas queria ajudá-los. Acho que aliviaria minha consciência e também me deixaria… um pouco feliz… dar uma ajuda a eles. Por mais estranho que pareça. Fechando minhas mãos em punhos, fortifiquei minha decisão para falar.

Mika: Bom, err… vocês poderiam…

Erik: O que foi, adorável moça?

Mika: É que, err…

Sam: Desembucha de uma vez!

Mika: Vocês poderiam ficar aqui comigo, se preferirem.

Assim que terminei minha frase, o cômodo ficou silencioso. Não tenho certeza do que se passou pelas cabeças deles por causa das minhas palavras. O silêncio no ar cortava como uma faca até que finalmente falei mais uma vez…

Mika: Pareceu que vocês precisavam de um lugar para ficar e acabei de me mudar pra essa casa gigante, então pareceu fazer sentido.

Ainda estava quieto no cômodo. Decidi continuar falando.

Mika: Mas se vocês preferirem ficar aqui, tem duas coisas que preciso que todos vocês obedeçam.

James: Sim?

Mika: Primeiro de tudo, vocês não podem usar seus poderes ou fazer algo que possa machucar a mim ou qualquer outro convidado que apareça. Bom, com exceção de inimigos, mas vocês me entenderam.

Damien: Parece razoável.

Mika: Segundo, vocês precisam me ajudar com qualquer tarefa da casa. Esse lugar é meio grande, então… é.

James: Essa é uma oferta generosa, senhorita. Você tem certeza de que isso seria ideal? Não desejamos lhe atrapalhar mais do que já fizemos.

Mika: Está tudo bem, sério! Quero dizer, acabei de começar a viver aqui sozinha, então apreciaria uma ajuda nessa casa…

Erik: Uma ideia maravilhosa! Nós viveremos aqui e treinaremos enquanto ajudamos você com a residência! Servos para a adorável princesa!

Sam: Quê?! Você tá falando sério?!

Matthew: Shhh, fica quieto, Sam! Não durmo numa cama há dias!!

Damien: Heh…

Todos pareciam gostar da ideia, tirando o Sam, e olha, eu não detestava a ideia também, mesmo que eles fossem íncubos. Seria interessante ter cinco rapazes me ajudando a cuidar da casa, se eles seguirem as regras que acabei de anunciar.

Sam: Gahhh, tá bom. Mas não vamos ficar aqui pra sempre. Só até que a gente possa derrotar aquele grupo de pestes.

James: Acho que é um tempo-limite razoável para nossa estadia.

Matthew: Sim!! Isso é incrível!!

Erik: E também, beldade, se precisar de um companheiro de cama…

Mika: Err…

James: Erik. Pare com isso.

Fiquei feliz que eles concordaram. Talvez fosse porque não iria ficar solitária por um tempo. Talvez fosse porque eles precisavam de ajuda e minha vontade de ajudar as pessoas foi satisfeita. Nunca teria certeza.

Matthew: Então, o que estamos esperando?! Vamos celebrar e comer!

Sam: Finalmente!! Tô morto de fome!

Instantaneamente, o Matthew e o Sam começaram a se estufar com a comida na mesa. Percebi o olho do James tremer em irritação, então sufoquei minha risada crescente.

James: Sério, vocês dois?! Ambos estão agindo como porcos!

Erik: Ah, deixe eles terem um pouco de liberdade, James. Não é como se tivéssemos nos alimentado recentemente também. Tenho certeza de que eles estavam famintos.

James: Mas não é desculpa para estufar a cara como porcos de quintal.

Eu quase não conseguia segurar…

—Então… {+Damien}

—…Então não segurei. {+Sam, +Erik, +Matthew}

—… Mas segurei. {+James}

Mika: Hahahahahahahaha!!

Não consegui segurar minha risada. Enquanto eu ria, o Matthew e o Sam olharam na minha direção com as caras estufadas.

Matthew: Tem alguma coisa engraçada?

Sam: Do que você tá rindo?

Parei para respirar. Inclinei sobre a mesa e peguei um pouco de ar antes de responder.

Mika: Vocês dois são tão engraçados!

Ambas suas faces ficaram levemente rosadas antes de olharem pra longe de mim e engoliram a comida em suas bocas.

Sam: C-Cala a boca! Não somos engraçados! Estamos com fome!

Matthew: B-Bem, estamos felizes que te fizemos rir…

Sam: Cala a boca, Matthew!!

Matthew: O quê?! Só tô falando!!

Mika: Hehe…

Erik: Viu, James? É entretenimento para ela!

James: …

Eles eram engraçados pra mim. Pelo menos, gostaram da comida. Enquanto eu assistia, peguei dois pedaços de comida pra mim e coloquei no meu prato antes de comer também. Eventualmente, todos jantamos juntos. Era estranho comer só com rapazes, mas eles eram agradáveis de manter perto. Eles me fizeram sentir como parte da família deles enquanto comíamos juntos. Mas nossa paz logo foi perturbada.

Mika: Hein? É a minha mãe… Com licença… Alô?

Sra. Anderson: Oi, querida! Como você está? Sinto muito que não pude te ver sair.

Mika: Oi, mãe. Está tudo bem. Na verdade, tô jantando agora.

Sra. Anderson: Ah! Que bom. Então, tinha comida aí. Bem, seu pai queria que eu ligasse e conversasse com você para dar uma festa em casa amanhã à noite, para celebrar sua nova residência e tudo mais.

Mika: Uma festa em casa? Amanhã à noite? Tão cedo?

Sra. Anderson: Seu pai insiste… Você sabe como ele fica com eventos…

Eu sabia exatamente o que ela queria dizer. Ele não gostava de longos períodos de relaxamento entre eventos importantes. Era levemente bagunçado. Esperavam que eu agisse numa corda bamba, me mudar imediatamente no dia depois de um funeral para a casa do meu avô e agora organizar uma festa.

Mika: Eu sei… Bom, já que não tenho vocês dois aqui pra me ajudar, vou precisar de um tempo pra preparar as coisas.

Sra. Anderson: Ah, está tudo bem. Quero dizer, a Suzu e a Naomi podem ajudar. Eu tenho trabalho e você sabe como seu pai é…

Mika: Eu sei. Preciso fazer isso sozinha. Ele não vai me ajudar.

Sra. Anderson: Tenho certeza de que será incrível, querida. Tenho fé em você.

Mika: Obrigada, mamãe.

Sra. Anderson: Certo. Preciso ir. Eu te amo, querida.

Mika: Eu te amo também, mamãe. Ótimo… Agora, como vou fazer isso…?

Erik: Há algo errado?

Damien: Ela tem que organizar uma festa em casa para os seus pais.

Mika: Hein? Como você— ah… certo. Leitura de mentes.

Damien: Heh.

Mika: Mas sim. Devo fazer isso logo ou meus pais ficarão desapontados. Terei que ficar acordada e organizar tudo esta noite…

Matthew: Ei, por que não te ajudamos? É por isso que estamos aqui, certo?

James: Não vejo por que não.

Sam: Eu posso dar algumas razões de por que nós não deveríamos.

James: Sam.

Sam: Nem vem!

James: Nós tomaremos conta de tudo, senhorita. Deixe tudo conosco.

Aquilo foi surpreendente. Não pensei que os rapazes iriam oferecer ajuda assim de repente. Não pude evitar sorrir. Na verdade, estava muito agradecida agora que eu os deixei ficar. Agora não preciso fazer tudo sozinha. Enquanto pensava nisso, não pude evitar um bocejo.

Erik: Sentindo-se um pouco cansada aí, princesa?

Mika: Sim, haha… Foi um longo dia. Pelo menos amanhã é fim de semana, então posso dormir até tarde…

Então, me atingiu.

Mika: Espera! Onde vocês vão dormir?!

James: Nós encontramos alguns quartos de visita no lado oposto da casa a partir da suíte máster. Tenho certeza de que vão servir.

Mika: Ah. Entendi. Certo, então, vou ao meu quarto para estudar e dormir. Acho que verei todos vocês amanhã?

Erik: Tenha uma boa noite~

Mika: É claro! Vocês também!

Com aquilo, saí da sala de jantar e fui ao meu quarto.

James: Erik. Não.

Erik: O quê? Eu não ia fazer nada.

Damien: Sim, ele ia.

Erik: Shh!

Assim que cheguei no meu quarto, uma onda de exaustão me atingiu.

Mika: Por que me sinto tão cansada de repente? Acabei de acordar daquele cochilo.

Eu me arrastei até a cama e puxei uma das minhas bolsas. Abri e peguei meu livro de economia, sabendo que, não importa o quão cansada estava, eu tinha que estudar ao menos uma página ou duas antes de dormir. As palavras na página se embaralharam na minha mente enquanto as lia, mas depois de duas ou três tentativas, dei um jeito de entender o assunto da página.

Mika: Equações… Afe…

Finalmente, decidi vestir meu pijama e me dirigir à cama. Hoje foi um longo dia e precisava descansar.

Mika: Amanhã será melhor, espero eu. Três dias seguidos de surpresas iria me matar.

Com aquele pensamento na cabeça, eu adormeci, abraçando a escuridão do sono.

???: Hehehehehahahahaha!!! Seus malditos meninos bonitos pensam que são tudo isso, hein? Bem, diga isso para a boca da minha pistola!

Mika: Hein?! O que está acontecendo?!

Eu não conseguia mover meu corpo. Senti como se estivesse amarrada e não podia ver nada mais do que a escuridão que me cercava. Ainda assim, podia ouvir os sons de uma acalorada discussão de todas as direções.

???: HAHAHAHAHAHA!!! Só um passo e ela leva!

Matthew: Solta ela!!

Mika: Matthew?!

Sam: Vamos, merda de galinha! Luta contra a gente feito um homem de verdade!

???: Como se tu me assustasse, Sam!! VEM CÁ! Dá um passo. Eu te DESAFIO…

Mika: Por que não consigo enxergar?!

James: Fique longe dela, Malix!

Malix: E o que tu vai fazer, CDF?!

Repentinamente me senti puxada pra um lado e braços se envolveram ao redor do meu corpo pra me proteger.

Erik: Eu te peguei, não se preocupe.

Mika: H-Hein?! Erik?!

Enquanto me seguravam num abraço apertado, senti o mundo ao meu redor mais uma vez se estabilizar num cantarolar baixo e pacífico. A hostilidade do sonho anterior sumiu num breu enquanto os braços ao meu redor me ninaram confortavelmente. Mas, lentamente, meus olhos se abriram e olhei pra pessoa que me segurava.

Mika: D-Damien?

Encarei nos olhos do Damien. Seu rosto expressava preocupação e inquietação, e sabia que ele devia ter visto o meu sonho. Por que será que sonhei com o Erik me abraçando?

Damien: Você não pode controlar seus sonhos.

Mika: Ah, bom, acho que você está certo.

Damien: Você está bem?

Mika: Sim, estou bem. Obrigada. Que horas são?

Damien: São nove da manhã. O James e eu estávamos fazendo o café da manhã quando eu… Bem…

Mika: Você não consegue controlar sua leitura de mentes?

Damien: Não. Ainda não, pelo menos. Mas espero aprender eventualmente.

James: Está tudo bem?

Mika: Hein? Sim, estou bem.

James: Que bom. Estou assumindo que você teve um pesadelo?

Mika: Sim. Sinto muito por atrapalhar vocês dois.

James: Você não nos atrapalhou, senhorita. Além disso, preferimos ter certeza de que você está bem antes de qualquer coisa.

Mika: A-Ah. Obrigada…

James: Agora, por que não vem ao andar de baixo conosco e come o café da manhã? Tenho certeza de que uma boa comida vai lhe distrair do seu sonho.

Era constrangedor ser a dama em perigo mais uma vez, mas me senti muito feliz que o James e o Damien estavam preocupados comigo, apesar de só me conhecerem há pouco tempo. Não tinha certeza se era só por cortesia ou se eles estavam genuinamente preocupados. Não sabia ler suas mentes.

Mika: Certo.

Os dois rapazes me levaram de volta à sala de jantar, onde o aroma de bacon e ovos dançava pelo ar. O aroma saía da cozinha e chegava até este cômodo, fazendo meu estômago roncar de fome.

Mika: O café da manhã cheira tão bem!

Damien: Devemos terminar o café da manhã logo. Se você quiser sentar à mesa, fique à vontade.

Assenti antes de me sentar. Mas assim que me sentei, minha mente voltou ao sonho que tive. Aquela sensação de hostilidade ao meu redor fez meu corpo tremer mesmo que soubesse que aquilo não era real. Entretanto, assim que meus olhos fecharam, senti uma mão no topo da minha cabeça, me tirando de meus pensamentos.

Mika: Hein?

Sam: Bom dia. Você tá bem?

Mika: Sim. Estou bem.

Sam, o dono da mão na minha cabeça, levantou uma sobrancelha pra mim antes de bagunçar meu cabelo e se afastar para sentar à mesa. Ele gritou na direção da cozinha, onde o James estava trabalhando.

Sam: EI! A COMIDA NÃO TÁ PRONTA AINDA?! TÔ FAMINTO!

James: Não há necessidade de gritar, Sam!!

Sam: VOCÊ TÁ GRITANDO TAMBÉM!

James: Não discuta comigo!!

Atrás de mim, o Erik apareceu e sentou ao meu lado, massageando suas têmporas em óbvia irritação.

Erik: Podemos não gritar tão cedo de manhã? Não é como se estivéssemos no castelo.

Mika: CASTELO?!

Por alguma razão, quando ouvi a palavra “castelo”, não pude evitar gritar em surpresa. Esses caras tinham um castelo?! O Sam me olhou e deu um sorrisinho pela minha reação.

Sam: É, nós tínhamos um castelo lá em casa. Nossa sala de jantar era dez vezes maior do que essa daqui.

Erik: Então, não seria lógico NÃO gritar?

Sam: Pff. Tanto faz.

Logo, o James e o Damien apareceram, com as mãos cheias de pratos que carregavam bacon, ovos, torradas, e waffles. Eles colocaram os pratos em cada assento antes de se sentarem.

Erik: Mmmm! Meu favorito!

Sam: Finalmente…

Mika: Obrigada pelo café da manhã! Parece incrível!

James: O prazer é nosso.

De repente, meu celular começou a tocar, me apressando pra tirá-lo do meu bolso e atender.

Mika: Alô?

Naomi: Oi! Bom dia!

Suzu: Aaaaaadivinha quem tá na sua porta AGORA MESMO?!

No mesmo momento, houve uma batida na porta da entrada. Meu coração parou. A Suzu e a Naomi estavam aqui.

Matthew: Eu atendo!

Meu coração rapidamente começou a bater no meu peito. Matthew estava na entrada e ele chegaria à porta primeiro. Pulei da minha cadeira e corri para fora da sala de jantar. Logo que passei pelo arco entre a sala de jantar e a entrada, vi o Matthew alcançar sua mão para a maçaneta de bronze da porta, fazendo o mundo ativar a câmera lenta.

Mika: Matthew, não!!!

Mas antes que minhas palavras pudessem chegar aos seus ouvidos, Matthew já tinha aberto a porta e revelado as faces surpresas da Naomi e da Suzu.

Matthew: Err… hmm…

Suzu: …

Naomi: …

O mundo ao meu redor parou enquanto a Suzu e a Naomi fixaram seus olhos no Matthew, que encarou de volta em medo e constrangimento. Pude sentir o ar passar de quente a gelado em questão de segundos.

Suzu: …

Naomi: …

Matthew: Err… O-Olá?…

Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Como vou explicar isso?! Essa semana já estava ruim o bastante! Pra piorar as coisas, eu estava travada no lugar. Por favor, pelo amor de Deus, alguém faça outra coisa além de ficar parado aí!

Naomi: …

Matthew: …

Suzu: Quem… é você?

Mika: S-Suzu, deixe-me explicar!

Naomi: O que está acontecendo aqui???

Erik: Quem está na porta, Matthew—? Ah.

Logo os outros íncubos apareceram na entrada conosco. Essa situação não estava ficando boa. Eu precisava pensar RÁPIDO!!

—Eles são meus irmãos!

—Eles estão na sua cabeça!

—Eles são visitantes!

Naomi: Então, por que um deles abriu a porta?

Suzu: É, não faz nenhum sentido.

Mika: Err…

Era inútil! Não havia tempo pra mentir pra elas. Me senti desamparada. Então, senti uma mão no meu ombro e a tensão em meu corpo quase sumir. Virei minha cabeça para ver o James sorrir pra mim antes de passar na minha frente.

James: Nós lhe devemos desculpas, senhoritas. Sabemos que essa situação deve ser confusa para todos. Vamos à sala de jantar e nós explicaremos tudo.

Eu encarei o James com olhos arregalados. Ele iria contar a elas quem eles eram? Tudo pareceu surreal. Antes que soubesse, fui levada pra sala de jantar junto com a Suzu e a Naomi e sentada em frente aos seus olhares confusos. Assim que a Naomi e a Suzu se sentaram, o Erik e o Matthew colocaram seus pratos intocados de comida na frente delas, surpreendendo suas visitas.

Suzu: Uau! Isso parece incrível!

Naomi: Obrigada!

Erik: É nosso prazer, senhoritas. Esperamos que vocês aproveitem suas refeições.

Matthew: Tenha certeza de comer tudo!

Olhei pra Naomi e pra Suzu assim que elas começaram a comer, aproveitando cada mordida que colocavam em suas bocas. Espero que a comida alivie suas mentes para a revelação do James. Enquanto a Naomi e a Suzu comiam suas refeições improvisadas, o James e os outros rapazes ficaram atrás da minha cadeira, fazendo-me ficar ainda mais vermelha no rosto.

Suzu: Então, Anderson, vai nos dizer o que está acontecendo?

Mika: Bom… Veja, err…

Gentilmente, o James colocou uma mão no meu ombro de novo, sinalizando-me só pra comer minha comida. Assim que comecei a comer, ele falou com a Naomi e a Suzu.

James: Nós somos os empregados da senhorita Anderson. Fomos contratados por seu falecido avô para ajudá-lo com a mansão, mas já que ele faleceu, agora ajudamos a senhorita Anderson a morar sozinha.

Naomi: Faz sentido. É uma casa enorme!

Erik: Uma casa enorme para uma maravilhosa princesa, tal como a senhorita Anderson, merece os melhores empregados para cuidar dela.

Suzu: Mas por que vocês estão vestidos tão casualmente e tal? Os empregados não deveriam ter uniformes ou sei lá?

Matthew: B-Bom, a senhorita Anderson nos permite ficar confortável enquanto trabalhamos, então ela nos deixa usar roupas casuais.

Sam: …É. Algo assim.

Damien: Sentimos muito se deixamos a situação desconfortável mais cedo.

James: Nós temos certeza de que a senhorita Anderson também está se acostumando a nos ter como seus empregados. Seria bem difícil de explicar após apenas um dia.

Naomi: Acho que sim.

Erik: Então, se me permitem perguntar, o que traz as duas senhoritas aqui?

Naomi: Bem, nós queríamos ver como nossa amiga estava. Já que é o final de semana e tal, geralmente saímos juntas e nos divertimos.

Suzu: É! Tipo ir pro fliperama e coisas assim.

Naomi: Ou o Café Dama Rosa.

Matthew: Tem um fliperama?!

James: Hm. Faz muito sentido, senhoritas. Bem, não desejamos atrapalhar vocês mais do que já fizemos, então sairemos e começaremos a preparar a casa.

Naomi: Hein? Preparar para quê?

Sam: Nós temos que preparar a casa pra algum tipo de festa de inauguração.

Erik: Os pais de nossa princesa pediram uma festa de inauguração para ser realizada aqui em breve.

Mika: E em breve, eles querem dizer hoje à noite.

Suzu: Ah, bom, acho que a gente pode ajudar ou algo assim, né, Naomi?

Naomi: Pensei que você quisesse ir para o fliperama?

Suzu: Essa coisa de inauguração é mais importante!

James: Não é necessário. Nós podemos cuidar disso. Se você preferir, senhorita, pode sair com suas amigas enquanto cuidamos das coisas aqui.

Sam: …Sério?

Damien: Sam, agora não.

Mika: Bom, eu…

Eu queria ajudar, mas ao mesmo tempo, queria sair com as minhas amigas. O James me deu um olhar de compreensão, deixando-me saber que se eu saísse, tudo estaria bem. Eu tinha que tomar uma decisão.

—Vou com Suzu e Naomi. {+Suzu e Naomi}

—Vou ficar e ajudar. {+Íncubos}

Matthew: Você tem certeza?

Mika: Eu tenho. Além disso, é a minha festa de inauguração. Devo ajudar também.

Suzu: Quer que a gente ajude também?

Mika: Acho que temos tudo sob controle. Obrigada mesmo assim, garotas.

Naomi: Certo. Nós vamos embora, então, para não ficarmos no caminho!

Mika: Desculpem, meninas! Sairei com vocês logo!

Suzu: Tá tudo ótimo, Anderson! Com certeza viremos pra essa festa de inauguração esta noite!

Mika: Obrigada.

Eu as levei de volta pra entrada e acompanhei-as até as portas, abrindo pra elas com um sorriso de gratidão. Ambas me deram abraços antes de caminhar até o carro da Naomi, que estava estacionado na entrada da garagem. E com isso, elas foram embora. Eu estava feliz que elas quiseram ajudar, mas tinha que fazer isso sozinha. Isso não era trabalho delas, então não queria forçar só porque elas eram minhas melhores amigas. Nós tínhamos o dia inteiro para trabalhar. A festa era hoje à noite e tínhamos que fazer tudo o que podíamos para deixar tudo certo. Nós sentamos e conversamos sobre o que era necessário antes da festa acontecer naquela noite. Cada rapaz foi designado a uma parte diferente da festa para fazer e, logo depois do almoço, começamos a trabalhar. Já que tudo estava sendo cuidado por pelo menos um íncubo, o James me disse que eu poderia ajudar um deles. A questão era: quem?

—James com o jardim. {+James}

—Erik com a sala de jantar. {+Erik}

—Sam com o quintal da frente. {+Sam}

—Matthew com a cozinha. {+Matthew}

—Damien com a entrada. {+Damien}

Eu fiquei na sala de jantar, sabendo que a mesa tinha que virar uma mesa de buffet. Enquanto olhei ao redor do cômodo cuidadosamente, percebi que o chão precisava ser encerado e as superfícies da mesa precisavam de muita limpeza. O Erik se aproximou de mim, colocou no chão um esfregão e um balde que tinha trazido e rolou suas mangas mais pra cima nos seus braços antes de olhar pra mim com uma sobrancelha arqueada.

Erik: Você tem certeza de que quer trabalhar comigo para limpar este lugar? Terá muita limpeza e arrumação. E temos que mover as cadeiras para o canto.

Balancei a cabeça, enrolando minhas mangas e indo pra mesa, agarrando uma cadeira.

Mika: Acho que dou conta de levantar e mover algumas cadeiras.

O Erik sorriu pra mim com uma risadinha suave antes de me acompanhar. Eventualmente, nós tínhamos movido todas as cadeiras para o canto do cômodo e tínhamos começado a limpar a sala e a mesa. O silêncio consumiu o ar enquanto nos concentramos na limpeza. Decidi começar a esfregar o chão, mas quando andei até o balde, o meu pé se prendeu num objeto pequeno e macio, me fazendo escorregar.

Mika: AHH!

Mas antes que eu atingisse o chão, acabei nos braços do Erik, encarando-o num mergulho de dança enquanto agarrava a camisa dele. O seu rosto tinha muita preocupação enquanto me segurava e me olhava de cima.

Erik: Você está bem, princesa?

—Empurrá-lo e levantar-se.

Mika: Estou bem, Erik. Vamos continuar trabalhando.

Eu continuei meu caminho até o balde e comecei a passar esfregão no chão em silêncio. Erik não falou novamente e continuou a limpar também até termos terminado de limpar a sala.

—Apenas assentir. {+Erik}

Tudo que podia fazer era assentir enquanto encarava o Erik. Ele estava genuinamente preocupado. Não havia flerte ou sorrisinho no seu rosto. Foi fofo ver um novo lado dele. Erik soltou um pequeno suspiro de alívio.

Erik: Isso é um alívio. Você não torceu seu tornozelo, torceu?

Mika: N-Não, estou bem.

Gentilmente, senti o braço do Erik debaixo dos meus joelhos para que ele pudesse me levantar igual uma noiva. Agarrei mais forte na sua camisa antes de ele me sentar na mesa e se ajoelhar para olhar os meus pés.

Mika: E-Eu estou bem mesmo!

Erik não falou enquanto gentilmente observou meus tornozelos, levemente massageando-os para testar qualquer dor. Não senti dor nenhuma. Senti prazer. Mordi meu lábio enquanto Erik gentilmente massageou seus dedos na minha pele. Já tive massagens de pé antes, mas o Erik tinha habilidade incrível. Cada toque e pressão mandou uma onda de prazer correndo pela minha coluna. Tive que lutar para segurar um gemido. Mas o rosto do Erik não mudou para travessura ou sedução. Permaneceu bastante preocupado. Ele era cheio de surpresas. Eventualmente, ele terminou de observar meus pés e sorriu de alívio. Ele lentamente se levantou e sorriu seu sorriso habitual para mim com uma risadinha.

Erik: Você estava certa, princesa. Você estava bem.

Erik gentilmente me levantou da mesa e me colocou no chão antes de colocar um beijo ligeiro na minha testa e continuando seu trabalho. Fiquei parada por um momento antes de lentamente andar até o balde e limpar também. Meu coração continuou a bater forte enquanto terminamos a limpeza daquela sala. A hora da festa em casa havia chegado. Na minha mente, continuei verificando duas ou três vezes os essenciais pra festa. Conhecendo meu pai, ele convidou seus parceiros de negócios e os executivos da Companhia Anderson pra me exibir. Fiquei na frente do espelho no meu quarto, encarando minha silhueta enquanto um milhão de pensamentos corriam na minha cabeça. Era só uma festa de inauguração, mas ao mesmo tempo não era. Era a minha chance de mostrar ao meu pai que eu estava acima de suas expectativas. Era uma chance para ver meus pais como uma mulher. Era meu teste para ver se realmente estava pronta para viver sozinha. Bem, não sozinha de verdade. Eu tenho os íncubos para agradecer, mas mesmo assim. Não tive meu pai para me guiar ou minha mãe para me ajudar a viver sozinha. Uma batida na porta quebrou meus pensamentos, me surpreendendo.

Mika: Quem é?

Naomi: Ei, você está bem aí dentro? Seus pais devem chegar logo, então você deveria se apressar e ficar pronta.

Mika: Bom, eu tô pronta, mas—

Suzu: Mas o quê? Tenho certeza de que você parece bem, Anderson. Só saia!

Mika: Certo…

Assim que abri a porta pro corredor, observei as faces de Naomi e Suzu se transformarem de sorrisos para olhares completamente boquiabertos.

Mika: O-O quê?

Suzu: Cara, você tá tão gostosa.

Naomi: É! Você está incrível!! Onde conseguiu esse vestido?

Mika: Já tinha há um tempo. Só que nunca tive a chance de usá-lo. Pensei que deveria vesti-lo agora.

Saí do meu quarto e fechei a porta atrás de mim. Enquanto descia o corredor para a entrada principal, os íncubos ficaram esperando por mim lá embaixo, vestidos com esmero como empregados apropriados.

Naomi: Uau!! Eles realmente sabem como se vestir bem, não sabem?

Mika: É…

Eu estava levemente balançada por quão belos os rapazes eram de uniforme. Cada um tinha uma pose de perfeito cavalheiro, até o Sam. Lentamente comecei a descer os degraus com a Suzu e a Naomi atrás de mim. Os rapazes observaram enquanto descia as escadas um passo de cada vez, como cavaleiros esperando pela sua princesa. Senti meu rosto corar de leve, mas balancei minha cabeça para tentar organizar meus pensamentos. Assim que alcancei o último degrau, o James ofereceu sua mão pra mim e me desceu daquele último degrau, sorrindo.

James: Tão bela quanto uma princesa, senhorita.

Mika: Obrigada.

James: Então, você está preparada para esta noite?

—Tão pronta quanto eu nunca estarei.

—Para ser honesta… Não.

—Sim. Eu estou pronta.

Eu tinha que ser confiante em minhas habilidades. Meu pai já esperava muito de mim. Se eu vacilasse nessa festa, quem sabe o que ele pensaria de mim. Tive que me assegurar em cada palavra que saiu da minha boca que estava pronta. Os outros rapazes sorriram tranquilizadores para mim, o que me fez sentir um pouco melhor. Olhei pro meu celular e marquei o tempo. Quase na hora exata, a campainha soou. Engoli em seco. Podia sentir a aura de meu pai por trás da porta. O Sam e o Erik se apressaram e abriram as portas duplas amplamente para revelar os meus pais, ambos vestidos em seu melhor.

Mika: Oi, mamãe. Oi, papai.

Sra. Anderson: Minha nossa! Não sabia que a sua herança vinha com empregados…

Sr. Anderson: Deve ter sido negligenciado. Além disso, quem recusaria um bom serviço?

Estava completamente chocada. Meus pais não duvidaram dos rapazes? Não pediram verificação ou algo assim?? Olhei para os rapazes e percebi o Sam e o Erik encarando os meus pais. Estavam usando seus poderes neles? Tinham que estar. Sem chance que eles estariam de bem com isso, caso contrário.

Sr. Anderson: Acho que os empregados contam como pertences da residência.

Minha mãe se apressou até mim e me deu um grande abraço. Eu a abracei de volta, inalando seu perfume. Só tinham se passado dois dias, mas viver longe daqueles que me criaram era difícil. Minha mãe logo me soltou e olhou minha roupa.

Sra. Anderson: Linda. Você está tão adorável. David, olhe para sua filha e diga a ela que estou certa.

Olhei para meu pai, que estava olhando ao redor da entrada como um inspetor. Eu mantive meu chão, esperando ele me olhar. Quando o fez, ele deixou um pequeno sorriso enfeitar seus lábios.

Sr. Anderson: Sua mãe está certa. Você parece totalmente crescida.

O mundo ao meu redor parou enquanto meu coração batia forte em meu peito. Meu pai acabou de… me elogiar? Por vontade própria? Minha mãe estava sorrindo de orelha a orelha pelas palavras dele. Eu estava sem palavras.

Mika: Obrigada, papai.

Mas sua expressão fria retornou enquanto ele começava a analisar o espaço mais uma vez.

Sr. Anderson: Eu assumo que você está pronta, então, para impressionar o resto dos convidados, correto?

Mika: O que você quer dizer?

Sr. Anderson: O conselho inteiro da Brinquedos Anderson vai comparecer nesta noite. Até mesmo o filho do Vice-Presidente virá. Todos estarão medindo seu potencial.

Mika: Meu potencial?

Sr. Anderson: Para se tornar CEO da empresa.

Eu sabia. Alguma coisa estava errada esta noite e agora essa festa se tornou muito mais do que tinha antecipado. Engoli em seco, mas assenti em resposta. Olhei para os íncubos, mas eles continuavam sendo “empregados” pra aprovação do meu pai. Olhei pra trás e vi a Naomi e a Suzu levantarem seus polegares pra mim em encorajamento. Soltei um pequeno suspiro antes de sentir meu corpo aceitar a situação. Senti um peso em minha garganta, mas tinha que esconder. Como se o tempo tivesse acelerado, de repente, o corredor principal da entrada estava cheio de convidados. Homens e mulheres em trajes formais ou de negócios surgiram para me conhecer e ver minha nova residência. Não esperava que tantos viessem, mas fui novamente surpreendida naquela noite. Eu apertei as mãos de vários membros oficiais e executivos, usando a expressão profissional que o meu pai me treinou para usar. Senti-me sobrecarregada, mas escondi atrás de um pequeno sorriso e um aperto de mão. A maioria até mesmo me fez perguntas. Tentei o meu melhor para responder de modo maduro. Tinha que lembrar: fale o que eles querem ouvir, não o que você quer falar.

Aqui começam as perguntas cronometradas. Seja rápido(a) para respondê-las.

Convidada: Então, como você se sente ao viver sozinha numa idade tão jovem?

—É difícil ser independente. Eu queria ainda estar vivendo com meus pais.

—Ehh, está sendo bom, eu acho.

—Está sendo muito bom, na verdade.

—Estou fazendo meu melhor. {Melhor}

—Poderia ser melhor, para ser honesta.

—Bom, eu, err, me sinto bem?

Convidado: Sinto muitíssimo pela morte de seu avô. Aquilo realmente nos atingiu com força.

—Obrigada por suas condolências. {Melhor}

—Desculpe, mas não quero falar sobre isso.

—Com licença, preciso ir.

—É…

—Bem… Eu…

—…

Convidada: Você tem planos para a faculdade?

—Eu tenho? Err…

—Pfft, faculdade. Não preciso disso.

—Está meio no ar. Veremos.

—Eu vivo no presente, então não é muito preocupante para mim.

—Sim, eu tenho. {Melhor}

—Há uma possibilidade.

Senti que as perguntas vinham uma depois da outra. Era difícil responder algumas delas porque não eram sobre mim. Eram sobre a empresa.

Convidada: O que você pensa que acontecerá com a empresa agora que o seu avô faleceu?

—Eu realmente não me importo.

—Ela voltará aos trilhos em breve. {Melhor}

—É difícil dizer. Não sou uma executiva ou algo assim.

—…

—Isso depende de quem vai administrá-la, eu acho.

—Não me pergunte, não tenho a mínima ideia.

Convidado: O que você pensa da política filantrópica da empresa?

—Estou com sede.

—É… OK.

—Se fosse por mim, estaria mais preocupada em fazer lucro.

—Eu não prestei atenção nisso.

—É uma política que reflete meus próprios valores, pessoalmente acho que é ótima. {Melhor}

—…

Convidada: Você acha que a empresa deveria expandir além dos brinquedos?

—É uma companhia de brinquedos. Por quê?

—E-Eu, err…

—Não acho que isso faz sentido.

—Eu vou embora agora.

—Hmmmmm… Não?

—É uma possibilidade. {Melhor}

Eventualmente, as perguntas pararam e voltei a ser eu mesma. A Naomi e a Suzu estavam misturadas na multidão e os íncubos estavam fazendo seus trabalhos, então estava completamente sozinha num lugar cheio de estranhos. Era enervante pensar nisso, mas pelo menos não estava mais sendo questionada por todo lado. Mas de repente, minha mãe forçou seu caminho pela multidão até mim, trazendo com ela alguém que eu não conhecia.

Sra. Anderson: Querida, gostaria de te apresentar a alguém! Esse gentil cavalheiro é o filho do Vice-Presidente.

Com minha mãe havia um homem que parecia ser apenas dois anos mais velho que eu. Ele sorriu e estendeu a mão para mim, silenciosamente pedindo a minha.

Andrew: Olá, eu sou Andrew Lewis. É um prazer lhe conhecer, senhorita Anderson.

—Simplesmente assentir para ele.

—Colocar sua mão na dele.

Assim que coloquei minha mão na dele, ele a elevou para seus lábios e beijou por cima de minhas articulações. Senti meu rosto queimar levemente pelo gesto. Andrew sorriu para mim antes de soltar minha mão.

Andrew: Estou honrado por ter sido convidado.

Minha mãe sorriu para nós dois, que me deixou levemente preocupada. Por que ela estava tão empolgada pra me apresentar ao Andrew?

Andrew: Então, err… você organizou esta festa muito bem, senhorita Anderson.

—….

—Obrigada.

Andrew: Não há de quê. Elogios são bastante merecidos.

O Andrew riu nervosamente, levando um punho aos seus lábios para cobrir sua risada antes de sorrir pra mim.

Andrew: Sinto muito se pareço um pouco apressado, haha. Estava empolgado para conhecer a neta do Harold Anderson.

Mika: Hein? Por quê?

Andrew: Ele costumava falar de você o tempo todo no escritório, de como você ajudou-o a refinar seus brinquedos. Apenas participei de reuniões e ouvi todas as histórias. Você ajudou bastante com o sucesso da empresa sem nem ter trabalhado lá, haha!

Mika: Ah, uau. Eu não sabia que ele falava de mim…

Isso explicaria a fascinação de todo mundo comigo e suas perguntas muito pessoais. Olhei pro Andrew, que tinha uma expressão gentil. Alguma coisa nele parecia distante e não sabia o que era. Ele parecia estar escondendo alguma coisa. Fosse bom ou ruim, eu não era capaz de descobrir.

Esse é o fim da parte 4! Até a próxima, pessoal! 😎

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