Seduce Me: James (parte 2)
Você: Frio. Estava realmente frio. A chuva se tornou
mais pesada àquela tarde, acompanhada pelos trovões de vez em quando. Os céus
escureceram, mesmo que eu não pudesse vê-lo por debaixo do guarda-chuva preto.
Não que eu estava olhando para cima. Na verdade, olhar para cima era o exato
oposto do que eu queria fazer. Eu encarei a grama debaixo dos meus pés, incapaz
de olhar para as pessoas chorando ao meu redor. Tudo o que eu podia ver era a
grama úmida debaixo dos meus pés. Apenas o monótono louvor que flutuou pelas
minhas orelhas me lembrou de que eu estava em um funeral. Foi apenas quando os
discursos acabaram que eu finalmente fui capaz de levantar minha cabeça. Uma
pequena reunião de pessoas mais composta por parentes que eu nem mesmo sabia
que eram meus parentes se reuniram ao redor de um pequeno e simples túmulo. Por
um momento, tudo o que eu ouvi foi o som das gotas de chuva nos guarda-chuvas.
Se não estivesse chovendo, tudo provavelmente estaria em um pesado silêncio. Eu
olhei para trás de mim, onde meu pai estava parado e segurando um grande
guarda-chuva preto para nossa pequena família de três. Sua face estava sem
emoção, uma estranha visão ao lado da minha mãe chorosa. Eu imaginei o que
estava acontecendo em sua mente. Depois de tudo, gravado na lápide levemente
cinza em nossa frente estava o nome de seu pai. Meu avô, aquele que cuidou de
mim como sua própria filha, faleceu aquele dia.
A cerimônia foi pequena; apenas
família íntima foi permitida vir. Lentamente, aliás, as pessoas começaram a ir
embora, deixando meu pai, mãe, e eu para trás no túmulo. Um homem vestido em um
limpo terno preto debaixo do uniforme guarda-chuva preto dos participantes do
funeral andou em nossa direção, introduzindo ele mesmo como o advogado do meu
avô. Ele tirou alguns poucos documentos de sua pasta, e começou a ler em voz
alta seu conteúdo.
Advogado: E agora, eu devo ler o último desejo e
testamento de Harold Anderson...
Você: Apenas meus pais e eu foram permitidos estar
presentes para o desejo de meu avô. Foi sob o pedido estrito de seu advogado. E
tinha uma razão por que.
Advogado: ... E para minha querida neta, eu dou minha
propriedade. Todos os móveis e decoração que residem na casa também devem ser
dados à minha neta.
Você: ... O quê?
Você: Eu não podia acreditar em meus ouvidos. Eu
herdei a propriedade da família? Aos 18? Aquilo era impossível, e ainda foi
escrito pela mão do meu próprio avô...
Sr. Anderson: Ele passou a propriedade de família a
ela... Por que não estou surpreso?
Sra. Anderson: Querido...
Sr. Anderson: Bem, ele disse alguma coisa sobre o que
será da posição de CEO e presidente da Companhia de Brinquedos Anderson?
Advogado: Não. É presumido que o Vice-Presidente sucederá
a posição.
Sr. Anderson: Heh...
Até mesmo no amargo fim ele não iria desistir. Que velho teimoso.
Você: Balançando sua cabeça, meu pai virou para
encarar minha mãe com uma expressão séria em sua face.
Sr. Anderson: Sobre essa propriedade... Nós devemos mandá-la
até lá para se acostumar com o edifício? Será um bom lugar para ela viver
depois do colégio.
Sra. Anderson: Você tem certeza de que nós devemos?
Sr. Anderson: Por que não? Isso será uma boa experiência
para ela.
Sra. Anderson: Querida, o que você acha?
Você: ...
Você: Eu realmente não tinha certeza do que dizer. Por
que meu avô pensou que eu era a herdeira apropriada para a mansão? Eu estava
realmente pronta para viver por mim mesma?
Sr. Anderson: Bem, parece que é isso. Nós vamos embora,
agora. Eu tenho certeza de que a pequena herdeira precisa de algum tempo para
se acostumar.
Sra. Anderson: David...!
Você: Mesmo que ela elevou sua voz, meu pai em
silêncio começou a andar de volta ao carro, desinteressado.
Sra. Anderson: Não ligue para ele, querida. Eu acho que a
morte de seu avô realmente o afetou. Por que nós não voltamos para casa por
enquanto?
Você: Você pode ir à frente, Mãe. Eu acho que preciso de
um tempo sozinha com o vovô...
Sra. Anderson: Oh, claro! Leve todo o tempo que precisar.
Você: Ela me deu um rápido abraço e se apressou atrás
de meu pai. Eu olhei ao redor do terreno do funeral, cujo estava completamente
vazio, com exceção do túmulo soturno que estava à minha frente.
Você: Eu tenho certeza que se vovô estivesse encarregado
de organizar tudo disso, isso teria sido muito diferente.
Você: Isso era descaradamente óbvio que meu pai estava
encarregado do evento inteiro. Quem mais enterraria sua própria família no
mesmo dia que eles faleceram? Todos sabiam do amor do meu avô por brinquedos, e
ainda assim o túmulo era uma mera pedra posta no chão, vazia de qualquer
brinquedo de criança. Meu pai não se importou nem em colocar flores... Seu
desdém pelo meu avô era quase lamentável...
Você: Desculpe, Vovô...
Você: Eu tentei forçar algumas palavras, mas a única
coisa que saiu foi um soluço engasgado.
Você: Você me disse para ser forte... Mas, bem agora, eu
sou a mais distante disso. Como aquela vez, há muito tempo atrás...
(Hora das lembranças)
Você: Vovô!
Avô: Oh, é tão bom ver você novamente, querida.
Você: Eu fui pega num abraço de urso gigante, e nós
dois rimos enquanto ele me balançava ao redor como um avião. Era uma das minhas
coisas favoritas sobre ver meu avô; o jeito que ele me cumprimentava. Diferente
do meu pai, meu avô era amável e brincalhão, mesmo comigo ficando mais velha.
Você: Desculpa que Papai não possa estar aqui hoje. Ele
disse que não estava se sentindo muito bem de novo...
Você: Isso sempre foi assim. Papai perdia cada visita
até a casa do vovô, dizendo que ele estava ocupado com o trabalho ou que não
estava se sentindo bem.
Avô: É isso então... Bem, está tudo bem. Papai pode vir
da próxima vez. E você está aqui, certo?
Você: Mm, sim! Então o que nós vamos fazer hoje, Vovô?
Mamãe diz que tem um novo café de sobremesa aberto na cidade. Talvez nós
possamos ir?
Avô: Oh, eu amaria, mas eu tenho estado tão ocupado com a
companhia esses dias. Nós na verdade estamos trabalhando numa pequena coisa...
Você gostaria de ver?
Você: Sim! Ooh, isso é um brinquedo?
Avô: É sim. Eu estava planejando uma nova linha deles,
mas eu sinto que algo está faltando... Você não acha que poderia me ajudar,
poderia?
Você: Claro!
Você: Ele colocou o brinquedo em minhas mãos com um
sorriso, e eu inspecionei-o cuidadosamente. Ele era lindamente construído, e obviamente
muito trabalho foi posto nele. Tinha uma coisa, embora...
Avô: Então, o que você acha?
Você: Hmm... Eu acho que o coração em seu peito deveria
acender quando você o abraça. Vai parecer que está vivo, e ele pode ser como
uma pequena luz noturna antes de você dormir!
Você: Ele massageou seu queixo, considerando minha
sugestão enquanto assentia com sua cabeça. Depois de poucos momentos de
deliberação silenciosa, ele virou pra mim com uma risada.
Avô: ... Essa é uma ótima ideia! Eu vou mudá-lo imediatamente.
Você é sempre como meu pequeno amuleto da sorte, querida. Você sempre sabe o
que adicionar para fazer o brinquedo perfeito.
Você: Ahaha! Bem, eu espero que eu possa ser como você um
dia, Vovô.
Avô. Você quer fazer brinquedos também?
Você: Mmm, bem, fazer as pessoas felizes é o melhor
sentimento do mundo. Eu não sei se eu
quero fazer brinquedos quando crescer, entretanto.
Avô: Não se preocupe tanto sobre isso. Você tem muito
tempo para decidir. Além disso, você deveria fazer o que te faz feliz também.
Você: Isso faz sentido. Papai não pensa nisso do mesmo
jeito, contudo...
Avô: Seu pai... Eu tenho certeza que ele apenas quer o
melhor para você.
Você: Eu não tenho tanta certeza sobre isso.
Avô: Querida, olhe para mim.
Você: Ele se ajoelhou para me olhar no mesmo nível,
com uma expressão séria no rosto.
Avô: Por mais que seu pai diga algo que não faz sentido
agora, você deve lembrar que ele está sempre pensando sobre você. Ele te ama.
Não há dúvida sobre isso. E você precisa amá-lo igualmente.
Você: Eu não odeio o Papai. Eu realmente o amo... Eu não
sei por que ele está assim.
Avô: ... Seu pai e eu tivemos algumas dificuldades com o
outro no passado. Mas não é nada que você deveria se preocupar.
Você: Eu ouvi alguns pedaços disso da minha mãe e
várias outras pessoas. As únicas pessoas que se mantiveram quietas foram meu
pai e meu avô - ambos absteram-se de falar uma palavra sobre o assunto, mas era
claro que o que quer que aconteceu pôs uma parede entre eles.
Você: É difícil, mesmo assim. Tentando fingir como se
nada estivesse errado.
Avô: Contudo, não importa o quê, você precisa ser forte.
Você já é uma garota, e, bem, chegará o dia quando parecerá que é você contra o
mundo. Mas sempre lembre que sua família e amigos estarão lá com você. Papai,
Mamãe, suas amigas do colégio, eu... Nós ficaremos juntos para atravessar isso.
Você: ... Como você pode ter tanta certeza disso?
Avô: Porque nós estaremos bem aqui... E aqui.
Você: Ele apontou seu dedo para minha cabeça,
primeiro, e então apontou para meu peito.
Avô: Então seja forte... Promete?
Você: Por um momento ele pareceu quase triste,
implorando. Mas tão rapidamente quanto veio, a expressão desapareceu de sua
face, e ele estava todo sorrisos mais uma vez.
Você: Prometo.
Você: Ouvindo isso, Vovô soltou uma grande gargalhada
e levantou.
Avô: Certo então, chega disso. Que tal eu lhe alegrar com
uma sobremesa especial feita à mão? Eu sei que não posso acompanhá-la a esse
novo café, mas nós com certeza podemos conversar e comer enquanto eu cozinho e
faço a papelada.
Você: Sobremesa feita à mão? Eu vou te passar na corrida
até a cozinha!
Avô: Ei, vá devagar. Eu não sou mais como antes,
hahaha...
(Fim das lembranças)
Você: Você me deixou a casa em que eu te amava ver... Por
quê? Por que você pensaria eu estaria pronta para tê-la? Especialmente depois
disso...?
Você: Uma onda de raiva borbulhou em mim, mas eu
rapidamente a engoli. Não adiantava nada ficar com raiva, especialmente quando
a pessoa em questão não estava mais aqui.
Você: Eu sinto muito. É difícil ficar calma quando você
me deixou com tantas perguntas. Especialmente sobre o que aconteceu entre você
e papai... Ha... O que eu estou fazendo? Conversando com um túmulo...
Você: Minha visão ficou turva, e de repente eu percebi
que estava chorando. Meu rosto esquentou enquanto as lágrimas rolavam pelas
minhas bochechas.
Você: Eu vou trazer algumas flores para você mais tarde.
Eu... Eu sinto sua falta, Vovô... Eu tentarei meu melhor para cumprir minha
promessa que lhe dei, mesmo se o mundo for virado contra mim.
Você: Eu deixei o túmulo, limpando minhas lágrimas
apressadamente para que assim meus pais não vissem.
(No carro...)
Sra. Anderson: Bem, é hora de voltar para casa. Eu vou
cozinhar sua lasanha favorita quando chegarmos em casa, okay?
Você: Obrigada, Mãe...
Você: Entretanto, meu pai não falou nada o caminho
inteiro para casa. Eu queria conversar com ele, mas depois de seu momento no
funeral, eu não tinha certeza se era uma boa ideia...
Sr. Anderson: Já era hora de tirarmos essas lúgubres
roubas pretas.
Você: Juntando minha coragem, eu decidi então que era
hora de conversar.
Você: ... Pai, posso te perguntar uma coisa?
Sr. Anderson: Vá em frente.
Você: Por que você queria que eu me mudasse para a
propriedade tão cedo?
Sr. Anderson: Eu pensei que tinha sido claro. A faculdade
perto da casa de seu avô é bem conhecida por seu programa de negócios. Você
ESTÁ planejando se formar em negócios, sim?
Você: ...
Sr. Anderson: Logo após você graduar do colégio, você
apenas viverá lá e pode facilmente ir e voltar do colégio. É perfeito para
você.
Você: Mas... É tão repentino. Você apenas decidiu tão
rápido bem depois do funeral.
Sr. Anderson: Não seja tão sensível. Se você está assim
no mundo real, você será destruída.
Você: Eu apenas estou dizendo que talvez nós possamos falar
um pouco mais sobre meu futuro.
Você: Em resposta, meu pai massageou suas têmporas e
suspirou quietamente.
Sr. Anderson: Depois de você graduar da faculdade, você
trabalhará na Brinquedos da Família Anderson. Eu tenho conexões, desde que eu
sou parte do conselho administrativo, então você terá um lugar garantido. Isso
é sobre o que nós falamos antes, sim?
Você: Mas... E se...
Sr. Anderson: Pare de resmungar.
Você: Mas e se eu não quiser trabalhar lá?
Sr. Anderson: Não seja boba. É a companhia da família. Nossa
companhia. Eu não vou apenas entregá-la a algum Vice-Presidente incompetente.
Você ...
Você: Ele se aproximou de mim e sua face suavizou.
Sr. Anderson: Olhe, isso é tudo para o melhor, okay? Você
pode não saber disso agora, mas irá apreciar depois.
Você: Por alguma razão, quando eu ouvi-o dizer isso,
alguma coisa quebrou em mim. Eu não tinha muita certeza do que era... Mas isso
fez me sentir tão brava...
Você: ... Você ao menos se importa com a morte do vovô?
Sr. Anderson: Claro que sim.
Você: Bem, tudo parece legal e elegante para você. As
coisas não poderiam estar melhores.
Sr. Anderson: Com licença? Eu não gosto do seu tom,
jovenzinha.
Você: É como se nada tivesse acontecido. Como você apenas
ignorou o fato que ele não está mais aqui!
Sr. Anderson: NÃO eleve sua voz para mim!
Você: O que ele te fez para merecer isso?
Você: Meu pai, sua face mais dura, cruzou os braços e
explodiu numa risada raivosa.
Sr. Anderson: Ha! Você com certeza o pôs num pedestal.
Como se ele fosse algum tipo de deus venerado ou algo assim. Isso me enoja.
Você: É isso? Você tá feliz vendo o Vovô morto? Enquanto
todo mundo estava de luto, você estava se segurando para não rir na cara de
todos? Você se sentiu um pouquinho feliz vendo-o deitado no cemitério?!
Você: Um lampejo de raiva atravessou seu rosto, e ele
bateu as costas de sua mão contra minha bochecha.
Sr. Anderson: Você não sabe NADA! Abrindo sua boca como
se, de algum jeito, você soubesse de tudo que aconteceu, quando você é apenas
uma garotinha que não sabe como ficar calada! Você NÃO conhecia meu pai! Você
não sabia do que ele era capaz!
Você: ...
Sra. Anderson: Está tudo bem? O que aconteceu?
Você: ... Nada. Eu não estou com fome. Eu acho que vou
apenas subir.
Sra. Anderson: Q-Querida? Espere!
Você: Eu rapidamente virei e corri pelas escadas até o
meu quarto, batendo a porta atrás de mim. Minha respiração veio em curtos
suspiros, e por um momento eu apenas me apoiei na porta do meu quarto,
eventualmente escorregando para sentar contra ela.
Você: Como as coisas ficaram assim?
Você: Minha bochecha ainda doía, e eu tentativamente
levantei e olhei para o espelho para examiná-la.
Você: Espero que não tenha ferido... Hah, o que eu estou
dizendo...?
Você: Lágrimas se formaram nos cantos de meus olhos
mas eu pisquei-as de volta rapidamente. Eu não poderia chorar pela segunda vez
hoje... Eu tenho que ser mais forte do que isso...
Sra. Anderson: Você está bem? Seu pai me disse que nada
aconteceu, mas você conhece seu pai...
Você: Estou bem. Eu apenas perdi meu apetite.
Sra. Anderson: A lasanha está pronta, enfim! E eu não
quero você pulando refeições. Você tem certeza?
Você: Sim. Não se preocupe comigo, Mãe. Eu descerei mais
tarde para comer.
Sra. Anderson: ... Você não está me contando a história
toda.
Você: E-Eu só não quero comer agora.
Sra. Anderson: Por favor, querida... Diga-me o que está
acontecendo. Eu desejo que você me conte por que você está sendo assim...
Você: ...
Você: Eu queria dizer a ela. Uma parte de mim estava
gritando para dizê-la o que Papai fez. Ao mesmo tempo, eu sabia que ela não
poderia consertar nada. Aliás, eu estava me mudando independentemente. Eu
permaneci silenciosa, deixando o evento ficar no passado.
Sra. Anderson: Bem... Eu vou deixar sua comida na mesa se
você quiser comê-la depois.
Você: Finalmente minha mãe me deixou sozinha. Era
estranho pensar que ela estava a poucos centímetros longe de mim, apenas
separada por uma única porta de madeira... Eu realmente não sabia o que fazer.
Eu precisava fazer algo - qualquer coisa - para tirar minha mente do que acabou
de acontecer. Qualquer coisa seria melhor que pensar mais sobre a dor ainda
radiando da minha bochecha. Eu estava indo me mudar para a casa do meu avô
amanhã. Eu deveria provavelmente empacotar minhas coisas assim eu estaria preparada
para amanhã. Sim. Isso era uma boa ideia.
Você: Eu deveria começar a empacotar.
Você: Eu abri meu guarda-roupa, vasculhando por um
tempo antes de eu finalmente encontrar duas grandes bolsas. Colocando-as no
chão do meu quarto, eu então comecei a esvaziar minhas gavetas e gabinetes
assim eu poderia trazer todas as minhas coisas comigo. Eu não tinha muito pra
levar, com exceção de apenas roupas e alguns artigos de higiene pessoal. Era
meio bizarro que eu não tinha tantos pertences pessoais. Não era como se minha
bagagem era completamente vazia deles, mas eu certamente não tinha tantas
coisas no meu quarto que eu sentiria falta se eu repentinamente deixasse a
casa. Eu balancei minha cabeça para me livrar desses pensamentos. Se isso fosse
ser minha nova casa, ela deveria parecer como uma. De um jeito ou de outro...
Eu iria fazer dela uma casa. Logo quando eu estava empacotando minhas coisas,
meu celular começou a tocar e vibrar em meu bolso. Eu deslizei meu celular para
fora do meu bolso e atendi enquanto lentamente relaxei na minha cama. Quem
poderia possivelmente estar ligando?
Suzu: Ei! Anderson! Você tá aí?
Naomi: Tá tudo bem? Nós estávamos preocupadas com você,
então nós decidimos ligar.
Você: ...
Naomi: Olá?
Você: Eu realmente estou muito feliz que vocês ligaram.
Você: Minha voz deu um jeito de sair, mesmo que foi
apenas um sussurro.
Naomi: O que aconteceu? Você tá bem?
Você: Bem...
Você: Eu lentamente comecei a dizer a elas sobre o
funeral dessa tarde. Um pequeno silêncio seguiu quando eu terminei de recontar
o que aconteceu, e para meu alívio, Naomi finalmente falou.
Naomi: Eu não posso nem imaginar como você deve estar se
sentindo agora... Eu sinto tanto. Você quer que a gente vá até aí agora?
Você: Não, tá okay. Meu pai não tá de bom humor, então...
Nós podemos apenas continuar conversando no celular desse jeito?
Naomi: Claro! Nós vamos ficar no celular até o raiar do
dia, certo, Suzu?
Suzu: É! Nós sempre estaremos aqui se você precisar.
Depois de tudo, nós não seríamos o incrível Trio Ameaça Tripla sem você, certo?
Você: ... ahaha, é.
Naomi: Trio Ameaça Tripla? Parece o nome de uma gangue...
Suzu: É! Quero dizer, nós todas vamos dominar o mundo
juntas! Nós temos que soar alguma coisa assustadora, ou ninguém vai nos levar a
sério.
Naomi: O que há com você e nomeando coisas?
Suzu: Você tem que intensificar seu jogo, Naomi. Caindo
atrás das garotas legais como Anderson e eu, tsk tsk.
Naomi: Ei! Eu sou uma garota legal! Se alguma coisa, eu
diria que você teria que intensificar seu jogo.
Você: Nós conversamos alegremente sobre todos os tipos
de coisas. Bem cedo eu esqueci sobre os eventos daquele dia e fui comprometida
numa conversa sobre o show de TV favorito da Naomi - um programa chamado
Herlock. Nós todas concordamos que o ator interpretando o personagem principal
certamente teve um visual bem distinto sobre ele, com aquele longo sobretudo e
cachecol enrolado ao redor de seu pescoço. Nós tivemos muitas discussões sobre
quem nós pensávamos ser o personagem mais legal.
Você: Ahaha, é, ele realmente tem maçãs do rosto bem
altas. E os olhos dele são lindos. Mesmo assim, eu tenho que dizer que eu
prefiro Jatson. E como bônus, o ator dele é tão atrevido.
Você: Eu olhei para o relógio pendurado na parede e
percebi o quão tarde era.
Você: Whoa, já são uma da manhã?! Desculpa por manter
vocês acordadas até tão tarde... Eu acho que eu vou cair na cama por hoje. Vejo
vocês no colégio amanhã!
Você: Eu deveria provavelmente tomar banho e ir pra
cama. Eu não posso acreditar que eu fiquei até essa hora apenas conversando com
minhas amigas...
Você: Mas... Foi realmente legal... Bem, para o banheiro
eu vou!
Você: Eu tomei um banho relaxante; nada derrota água
quente e o sentimento de estar limpa. Depois de me secar, eu prontamente me
vesti em meus pijamas e rastejei pra cama.
Você: Aah, um bom banho quente depois de um longo dia. Eu
estou tão feliz de finalmente estar na cama.
Você: Foi realmente um longo dia. Eu sabia que
eu estava desejando por algo para mudar antes na sala de aula mas eu certamente
não estava esperando nada das coisas que aconteceram hoje.
Você: E eu ainda tenho que voltar pra escola amanhã...
Ugh.
Você: Eu me encolhi de lado e fortemente enrolei meus
lençóis ao me redor. Eu realmente não estava no clima pra retornar ao colégio,
mas meu pai provavelmente me faria ir só pro bem disso.
Você: É hora de ir dormir...
Você: Eu alcancei o abajur na minha cabeceira para
desligar as luzes. Entretanto, minha mente estava não perdida pela morte do meu
avô e o pensamento de herdar algo tão grande que isso assombrou minha mente a
noite inteira até a próxima manhã...
Você: ... Nnn...
Você: Eu balancei minha cabeça para clarear a
sonolência pra longe de mim em vão. Eu realmente não tive muito sono noite
passada.
Você: Já é hora de acordar? Espera, colégio...
Você: Logo que eu percebi que eu precisava ir ao
colégio, eu escorreguei da cama e olhei para o espelho de maquiagem.
Você: ... Isso é um alívio.
Você: Com sorte quase não havia um machucado na minha
bochecha - você teria que se esforçar para na verdade vê-lo. Eu duvido que
alguém vá realmente perceber a menos que eles cheguem bem perto. Soltando um
suspiro, eu me vesti, peguei minha mochila, e subi no ônibus para ir ao
colégio.
Esse é o fim da parte 2! Até a
próxima! :)
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