[SWD] Love Tangle: Paul (capítulo 4)

Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais Love Tangle. Espero que gostem! :)

Timo & Paul – História Principal (Capítulo 4)
Vários dias se passaram desde que Timo e eu visitamos os golfinhos e encontramos Paul discutindo com aquele estranho. Essa noite, Paul e eu estamos jantando em Carlo’s, o restaurante possuído por um de nossos vizinhos, Carlo Mazza.
Paul: Depois dessa noite, nós teremos cumprido uma de nossas promessas.
Paul alegremente sorri para mim.
Julia: É mesmo. Nós prometemos um ao outro que comeríamos juntos em Carlo’s se chegássemos à Cidade Kaleido.
Eu fracamente sorrio de volta.
Carlo’s é famoso mundialmente, particularmente por sua lagosta grelhada a qual nós previamente concordamos que pediríamos. Entretanto, havia mais a essa promessa que simplesmente um jantar gourmet. Nós também tínhamos jurado nos tornarmos pesquisadores.
Julia: Obrigada por me convidar para jantar essa noite, Paul.
Paul: Não há de quê. Eu estive esperando pela chance desde que eu me mudei para Cidade Kaleido. É claro, eu nunca teria adivinhado que nós conheceríamos o dono e o chefe de cozinha pelo tempo que chegamos aqui.
Julia: Sem brincadeira. E não apenas isso, mas como um vizinho e bom amigo. Se alguém tivesse nos dito há três anos que isso iria acontecer, eu suspeito que nós não teríamos acreditado nele.
Paul: Com certeza.
Paul parece divertido por isso.
Paul: Você e eu fizemos várias promessas um para o outro, começando quando éramos crianças... ...e nós estamos lentamente conseguindo cumpri-las. Isso significa muito para mim.
Julia: Aham. Significa muito para mim também.
Paul: Nesse ritmo, eu estou realmente ansioso para me tornar seu noivo.
Julia: Eu pensei que nós concordamos que você não iria trazer isso à tona?
Paul: Você nunca disse que eu não poderia continuar te perseguindo, no entanto.
(Menino, ele nunca desiste.)
Paul: Não me dê esse olhar. Não parece natural que nosso relacionamento iria para essa direção?
Julia: Eu não estou pronta para pensar sobre noivado e casamento ainda. Não é por isso que eu vim para Kaleido.
Paul: Eu entendo isso. E eu respeito suas intenções. Eu também percebo que minha promessa é com seu pai. Além disso, eu estou acostumado a esperar.
Julia: Você faz soar como se tudo o que eu faço é te fazer esperar. ...Oops.
Eu tenho um repentino flashback de nós dois quando crianças.
Paul: Você se lembra, não é? Quando nós éramos crianças, eu constantemente esperei por você enquanto seu pai te levava viajando ao redor do mundo.
Julia: Paul—
Paul: Eu me lembro de lutar para não ter um ataque quando tive que te dar um beijo de adeus.
Paul sorri sugestivamente. Eu não posso me impedir de rir quando eu vejo a expressão séria em seus olhos.
Paul: Como você pode rir a isso? Você é horrível.
Julia: Eu sou horrível? Você pode não ter dado um ataque quando eu fui embora, mas eu me lembro de ouvir o quão chateado você ficou uma vez que eu tinha ido. E você se esqueceu do momento que eu deixei meu espelho de mão na sua casa e você o encheu com adesivos enquanto eu estava longe?
Paul: Ahaha... É mesmo. Como eu recordo, você não falou comigo por uma semana inteira depois daquilo.
Julia: Não. E se sua mãe não tivesse me explicado o quão solitário você estava enquanto eu estava longe com meu pai... ...Eu posso nem mesmo estar aqui agora mesmo.
Paul: Eu ainda me sinto mal sobre aquilo. Eu não tinha ideia que o espelho era uma lembrança de sua avó.
Paul toma minha mão na sua.
Paul: Você não tem ideia de quantas vezes eu me arrependi de ter feito aquilo depois que te vi chorar.
Julia: Eu espero que sim.
Paul: Não importa quantas vezes você fosse embora, eu nunca me acostumei à solidão enquanto você se foi.
Eu seguro minha respiração à expressão dolorosa em seus olhos.
Paul: Você está me dando aquele olhar de novo. Escute, eu não estou tentando te culpar. Eu só quero que você perceba que eu desejei estar com você desde que éramos crianças. Entendido?
Julia: Sim, eu entendo.
Paul: Ok então, vamos mudar de assunto. E, já que estamos em um encontro, trabalho está estritamente proibido. Você gostaria de ouvir sobre seu pai?
Paul pergunta, encarando calmamente em meus olhos.
Julia: Claro. É mesmo, você estava trabalhando com ele antes de vir para Kaleido, não estava. Como ele está indo?
Meu pai é considerado uma autoridade em ecologia animal. Como um veterinário, Paul conseguiu se conectar com ele em seu emprego anterior.
Paul: É. Ele está indo ótimo. E definitivamente ainda digno de seu status de herói.
Eu posso dizer do entusiasmo de Paul que ele honestamente respeita meu pai.
Julia: Eu imagino que isso nunca mudará.
Paul: Minha apreciação de seu trabalho não diminuiu nada desde os dias quando nós costumávamos encarar as imagens de seu escritório.
Julia: Eu me lembro disso. Nós nos esconderíamos debaixo do edredom com uma lanterna e passar toda a noite com esses livros, não iríamos.
Paul: É verdade. Eles eram tão cativantes, nós não podíamos abaixá-los. Nós tínhamos que nos esconder para não sermos repreendidos por ficarmos acordados além da hora de dormir.
Julia: Parece para mim que nós normalmente seríamos pegos de qualquer forma.
Paul: Eu lembro seu pai uma vez nos trazendo outro livro e nos dizendo, “Esse é muito mais interessante. Ele irá ampliar seu conhecimento”.
Julia: Oh é, eu tinha esquecido sobre isso! Depois, nós três sentamos lá passando por vários livros juntos.
Paul e eu passamos um bom tempo conversando sobre o passado. De vez em quando, nós olhamos um para o outro e sorrimos, e parece por um momento como se nós tivéssemos viajado no tempo. Seguindo um cuidadosamente satisfatório jantar em Carlo’s, nós decidimos trabalhar nossa refeição com um passeio junto ao porto.
Julia: Certamente está quieto. Tudo o que eu ouço é o som das ondas.
Paul: Você está certa. As estrelas estão realmente brilhantes essa noite, também.
Eu tiro o cabelo de meus olhos e encaro o céu noturno.
Julia: Uau, elas estão lindas. Tudo o que está faltando agora é uma estrela cadente ou duas. Kaleido é cercada por natureza uma vez que você sai da cidade. Eu imagino que isso ajuda a manter o ar limpo.
Paul: Aham. É um lugar maravilhoso para viver. Eu ainda não posso acreditar que meu sonho de me mudar para cá aconteceu tão rapidamente. E que você está aqui comigo.
Julia: Eu também.
Repentinamente, Paul para de andar e vira para me encarar.
Paul: Surpreende-me o quão linda você se tornou desde a última vez que nos encontramos.
Julia: Não diga tal coisa com uma cara séria.
Paul: Por que não? Porque isso te faz me ver diferentemente, talvez?
Julia: !
Essa abrupta virada em nossa conversa me deixa sem palavras. Então... ...seu aviso, Paul fica na minha frente, escondendo-me atrás de suas costas.
Paul: Você está invadindo nossa privacidade. Por favor, vá embora.
Ele grita bruscamente. Espiando na escuridão, eu vejo um homem sair das sombras. Ele está segurando uma câmera.
(Ele estava tentando tirar fotos escondido de nós? Há quanto tempo ele esteve lá?)
???: Oh. Boa tarde, Dr. Morgan. Que surpresa, esbarrando em você aqui.
(É ele!)
Eu percebo quando ouço sua voz, eu vi esse homem uma vez antes.
(Esse é o homem que Timo e eu vimos conversando com Paul na manhã que fomos ao centro dos golfinhos, não é. Como eu recordo, seu nome era Andrea Lee. Ele está seguindo Paul? Por que ele estaria fazendo isso?)
Andrea: Não há necessidade de ficar alarmada, Senhorita Julia Darwin.
Julia: !
(Por que ele sabe meu nome?!)
Paul: É melhor você não estar nos fotografando sem nossa permissão. Deixe-me ver sua câmera.
Andrea: Você realmente não acredita que eu entregaria minha confiável companheira simplesmente porque você pede, acredita?
Andrea zomba de volta.
Andrea: Bem, eu estou indo. ...Da próxima vez, eu terei que me esconder mais cuidadosamente.
Paul: Espere!
Paul parece pronto para perseguir Andrea, mas para depois de virar para me olhar. Ele então envolve seus braços ao redor de meus ombros com força.
Paul: Eu sinto muito. Isso deve ter sido assustador. Mas não se preocupe, você está segura comigo.
Julia: Obrigada.
(Ele desistiu de perseguir Andrea quando viu o quão preocupada eu estava, não foi. A grande questão é, o que está acontecendo aqui que eu não sei sobre?)
Paul: Aquilo meio que acabou com o clima de nosso passeio. Eu vou chamar um carro pra gente.
Julia: Ok.
Paul imediatamente puxa seu telefone e começa a discagem. Com sua mão livre, ele continua a gentilmente esfregar a parte superior das minhas costas. Eu acho seu calor incrivelmente reconfortante. Vários minutos depois que Paul desliga, o mesmo carro no qual eu o vi mais cedo chega. Nós dois entramos e logo quando estamos começando a relaxar, o telefone de Paul toca.
Paul Aqui é Morgan. ...Oh, olá, Josh. ...É isso mesmo, nós estamos fora no momento.
(É Josh? Eu me pergunto o que ele quer?)
A expressão de Paul fica séria, fazendo-me ficar preocupada.
Paul: Obrigado, Josh. ...Sim, eu irei.
A conversa permanece curta, e quando ele desliga novamente eu imediatamente pergunto...
-O que aconteceu? (+Timo)
-O que Josh disse? (+Paul)
Preocupada, eu agarro o braço de Paul.
Julia: O que Josh disse?
Paul: Parece que há um monte de repórteres na frente de Lilac Court procurando por mim. Josh queria que eu soubesse que eu possa não querer voltar para casa ainda.
Julia: Você acha que eles são amigos daquele homem que acabamos de ver?
Paul: Eu não tenho ideia. Eu nem mesmo tenho certeza do por que aquele homem está tão interessado em um veterinário como eu.
Paul encara inexpressivamente à frente e solta um suspiro.
Paul: Devemos encontrar algo para fazer por um par de horas?
Julia: Ok.
(Deve haver alguma razão pela qual esses repórteres estão o seguindo. Ele realmente está sendo honesto quando diz que não sabe?)
Eu olho para Paul. Ele puxou seu telefone e parece estar usando-o para procurar por algo.
Paul: Talvez eu possa encontrar um bar que é aberto até tarde. Não... embora eu não me importe com mais alguns drinques, eu imagino que você está cansada depois de tudo o que aconteceu. Vamos pegar um quarto de hotel. Desse modo nós podemos abaixar a guarda e relaxar. Isso também nos dará uma chance de conversar.
Quando ele murmura essa última sugestão em minha orelha, meu coração começa a bater forte. Paul termina nos levando ao mais renomado hotel em Kaleido. Eu passo um momento olhando nosso quarto em admiração.
Julia: Quando você mencionou pegar um quarto, eu nunca imaginei que você pegaria esse lugar.
Paul: Não me diga que você não gosta?
Julia: Apenas o contrário. É fantástico. Mas, eu estou surpresa que você escolheu isso do nada.
Paul: Você está surpresa?
Julia: Sim.
Paul: É uma surpresa agradável?
Paul se inclina mais perto e sorri, e minhas bochechas imediatamente começam a queimar.
Julia: É claro que é uma surpresa agradável. Apesar de que eu não tenho certeza de quão apropriado isso é agora mesmo.
Paul: Você está certa. Essa provavelmente não é a melhor hora para surpresas agradáveis. Mas, pelo menos você pode relaxar agora, certo?
Ele quietamente descansa sua mão em meu ombro.
Paul: Bem, eu imagino que esses repórteres desistirão em algumas horas. Como nós devemos passar o tempo?
Um sorriso travesso sobre aos seus lábios enquanto ele encara em meus olhos.
Paul: É claro, eu não me importo em ficar aqui a noite toda.
Julia: Como você pode brincar numa hora dessas?
(Ele tem que saber algo sobre o que está acontecendo. Eu tenho que descobrir.)
Eu endireito minhas costas e o encaro.
Julia: Paul, eu preciso saber, por que tudo isso está acontecendo?
Paul: Eu gostaria de saber também.
Julia: Honestamente?
Suas respostas me levam a...
-...responder que eu sinto que há algo que ele não está me contando. (+Timo)
-...dizer a ele que eu quero acreditar nele. (+Paul)
Paul: O quê? Você acha que eu estou escondendo algo de você?
Julia: Eu quero acreditar em você, Paul--
Ele cobre minhas bochechas com suas mãos.
Paul: Então eu desejo que você faria.
Julia: Mas, você sabe de alguma coisa, não é?
(Eu gostaria de dizer que posso dizer só de olhar para ele, mas eu nunca fui capaz de perceber quando ele está mentindo.)
Ele encara fundo em meus olhos e levemente balança sua cabeça. Bem quando seu olhar começa a me cativar... ...ele pressiona seus lábios em minha testa.
Paul: Bem, eu estou feliz por seu interesse, se é por preocupação, ou desconfiança.
Ele sussurra enquanto me puxa para mais perto.
Julia: Paul, eu não estou desconfiada de você. E eu não posso imaginar por que você estaria feliz se eu estivesse. Primeiro, por que você pensaria isso? Há alguma razão pela qual eu deveria estar desconfiada?
De repente, eu percebo que Paul e eu estamos a poucos centímetros de distância.
Paul: Vê? Você não pode manter sua mente longe de mim, pode.
Julia: O quê?!
Ele parece divertido quando se pressiona ainda mais perto de mim, forçando-me a sentar na cama quando eu tento recuar.
Paul: Eu amo você, Julia. E eu posso te trazer felicidade como nenhum outro homem no mundo pode.
Ele murmura afetuosamente enquanto firmemente segura meus ombros.
Julia: Oh!
Ele me empurra para a cama, então se inclina sobre mim. Eu fico tensa quando os lençóis fazem barulho abaixo de nós.
Julia: Vamos, Paul! Deixe-me levantar!
Eu tento me contorcer, entretanto, eu não sou forte o suficiente para me libertar de seu abraço.
(Espere!)
Meu melhor amigo tinha repentinamente aparecido, dizendo que ele queria ser meu noivo. Eu nunca imaginei que ele iria me confrontar com tal forçada exibição de suas emoções.
Paul: Julia, eu quero você.
Ele afasta meu cabelo e pressiona seus lábios em meu pescoço. A paixão em seu toque mandou um arrepio por mim. Quando seus lábios viajam para minha clavícula, todos os pensamentos de escapar rapidamente começam a desaparecer. Então, logo quando eu fecho meus olhos em antecipação...! ...um celular toca, trazendo-me de volta aos meus sentidos. Parece como se eu tivesse acabado de acordar de um sonho.
Julia: Paul, Paul! Seu telefone está tocando. Pode ser Josh. Você não gostaria que ele se preocupasse, não é?!
Eu grito empolgadamente enquanto empurro contra o ombro de Paul.
Paul: ...
Ele hesita por um momento, então levanta e estica a mão para seu telefone.
(Ufa.)
Eu sento novamente. Agora que seu calor se foi, o ar parece frio contra minha pele. Meu coração está prestes a explodir. Eu respiro profundamente esperando acalmá-lo enquanto uso minhas mãos para endireitar meu cabelo.
(Eu sei que não estou pronta para aceitar Paul... ...e ainda, eu não posso completamente rejeitá-lo também. Por que é isso? Eu teria alegremente ido com suas afeições sussurradas de agora.)
Paul vira para olhar para mim enquanto fala ao telefone.
Paul: Timo?
Timo: Paul? Darwin está com você?
Paul: É. Ela está aqui.
Timo: Desculpe por te ligar. Eu não tenho o número de telefone dela. Você poderia me deixar falar com ela?
Paul: Certo.
Paul bruscamente responde, então me entrega o telefone.
Timo: Darwin? Eu ouvi de Josh que havia algum problema. Você está bem?
Julia: Oh, aham. Eu estou bem. Não me diga que você estava preocupado?
O tom destacado na voz de Timo é calorosamente tranquilizante, e antes que eu saiba, meu coração parece estar batendo calmamente de novo.
Timo: Eu só quis ter certeza que você não terminará perdendo nenhum trabalho.
Ele solta um leve suspiro pelo telefone.
Julia: *Risadinha* Obrigada, Timo.
Timo: Na verdade, eu também tenho algo para discutir com você. É... urgente, e um pouco complicado para explicar pelo telefone. Há alguma chance de você vir ao laboratório agora mesmo?
Em meu desespero para escapar a tensão entre Paul e eu, o pedido de Timo imediatamente chama minha atenção.
Julia: Absolutamente. Eu estarei aí assim que puder!
Timo: Eu estarei esperando.
Ele imediatamente desliga uma vez que tem sua resposta. Parece-me um pedido incomumente vago para Timo. Ainda, eu não hesito.
(Perdoe-me, Paul.)
Julia: Paul, eu tenho que ir. Timo precisa de mim no laboratório.
Paul: Espere um segundo, Julia.
Julia: Eu sinto muito.
Eu entrego a Paul seu telefone, então corro do quarto de hotel.
(Eu não pude resistir aos avanços de Paul, e ainda, eu ainda não estou pronta para aceitá-lo como meu noivo. Eu sei que não é justo. Eu sinto muito.)
Enquanto eu continuo a correr, eu não posso parar de imaginar o quão triste Paul deve estar. Quando eu chego ao laboratório, Timo me agarra pelo braço e começa a andar. Nós terminamos na área dos leopardos.
Timo: Dados estão desaparecidos. Acima disso, parece que alguém abriu a jaula dos leopardos Kaleido. Relutante em perder tempo, ele começa a me explicar enquanto continuamos a andar.
Julia: Você não acha que alguém roubou os dados, não é?
Timo: Talvez, talvez não, mas nós definitivamente tivemos um intruso.
Os leopardos Kaleido estão em extrema necessidade de proteção, fazendo os dados de pesquisa do laboratório sobre eles muito preciosos. Nós imediatamente começamos a verificar que todos os leopardos estão ainda em sua jaula.
Julia: Graças a deus. Eles estão todos aqui.
Eu solto um suspiro de alívio. Timo também parece relaxar um pouco.
Timo: Desculpe, Darwin.
Julia: Pelo o que você está se desculpando? Eu sou tão responsável pelos leopardos quanto você é. Você teve toda razão para me chamar—
Timo: Exceto, no fim, nada aconteceu com eles. Claro, nós tivemos um intruso, mas isso não é uma razão boa o suficiente para te chamar aqui. Eu me sinto mal por interromper você e seu noivo.
Julia: Paul não é meu noivo.
No momento que eu o ouço mencionado, eu começo a corar. Entretanto, isso não me impede de corrigir Timo.
Timo: Ele não é?
Sem aviso, Timo dá um passo em minha direção.
Timo: Você estava com ele essa noite quando eu liguei, certo?
Julia: Bem, sim... mas, isso não tem nada a ver com ele sendo meu noivo.
Timo: Então ele não vai ficar chateado...
Eu olho para Timo quando ele começa a surgir sobre mim.
Timo: ...se eu fosse fazer algo assim?
Julia: Timo?
Ele coloca suas mãos contra a parede atrás de mim, encurralando-me entre seus braços, então começa a se inclinar em minha direção. Meu coração começa a bater alto em meu peito enquanto a distância entre nós continua a encolher.
Timo: Darwin.
(Devagar—)
Com o rosto de Timo agora a centímetros do meu, eu fecho meus olhos novamente. Então eu o ouço sussurrar suavemente.
Timo: Eu estou brincando.
Julia: O quê? Isso foi uma brincadeira? Bem... não foi muito engraçado. Eu estava prestes a ter um ataque cardíaco!
Timo: Você quer dizer, seu coração estava batendo erraticamente?
Julia: !
Eu dou uma olhada na expressão calma de Timo e imediatamente afundo meu rosto em minhas mãos.
(O que poderia possuí-lo para fazer isso?)
Timo: Eu ouvi o quão divertido é provocar você e tinha que tentar por mim mesmo.
Julia: Quem no mundo te disse isso?
Aborrecida, eu começo a fazer beicinho. Só então, eu sinto algo bater contra minha perna. Eu olho para baixo e descubro que um leopardo decidiu se juntar a nós.
Timo: Uh-oh, nós teremos que terminar isso depois.
Julia: Terminar o quê depois?
Timo: Atchim! Não é você— Atchim, atchim!
De repente, Timo não consegue parar de espirrar. Ele aponta seu dedo ao leopardo que senta lá encarando de volta a nós.
(O que está acontecendo?)
Timo ama todos os animais, não apenas os leopardos Kaleido. E ainda, aqui ele está, espirrando descontroladamente enquanto tenta afastar a criatura invasora.
Julia: Timo, você está bem?
Timo: É. Não é nada novo. Atchim! Meu remédio deve ter parado de funcionar.
Julia: Seu remédio? Não me diga que você tem alergias?
Timo: Sim. Eu reajo a praticamente todos os animais.
Julia: Todos os animais? Você está brincando comigo?
A explicação de Timo é tão inesperada que eu não sei imediatamente como responder.
Timo: Eu posso controlá-las com remédio para não impedir meu trabalho.
Ele continua a espirrar enquanto fala.
Timo: Por favor, não diga a ninguém.
Julia: É claro que não. Será nosso segredo.
Timo: Aham – Atchim! Obrigado. Atchim!
(Quem imaginaria que alguém com tal amor profundo por animais pode ser alérgico a eles? Que desafortunado. E ainda, ele ainda quer trazer felicidade a eles. É por isso que ele escolheu esse trabalho, não é.)
Timo puxa algo de seu bolso que parece remédio e o estoura em sua boca.
Timo: Desculpe, todos vocês. Vocês podem parar de se preocupar agora. O remédio deve começar a funcionar bem rápido.
Ele então se dirige aos leopardos reunidos, tudo enquanto mantém uma distância segura deles. Eu posso sentir sua preocupação com eles sobre ter sua tranquilidade perturbada pelo intruso.
(Ele está mais preocupado com eles que está com si mesmo.)
Eu fico parada ao lado de Timo, observando os leopardos.
Timo: De todas as coisas, por que o intruso teria tentado ir atrás dos leopardos? Isso é brusco demais para um caçador, e é preocupante quando combinado com o possível ladrão de dados.
Julia: Eu vou dizer. Eu tenho uma sensação incômoda sobre isso.
Timo: Eu também. Como uma espécie ameaçada, eles são alvos de algumas pessoas bastante desprezíveis... ...entretanto, invadir nosso laboratório é ir um pouco longe. Entre isso e o ferido, é tudo horrível.
Julia: Especialmente quando você considera que essas criaturas estão em extrema necessidade de cuidado humano. Eu me tornei uma pesquisadora a fim de apoiar a sobrevivência dessa espécie, e eu vou ter certeza que ela permaneça protegida.
Timo: Deixe-me adivinhar. Seu objetivo de longa data é trabalhar no TAM, o centro de pesquisas do Grupo de Tutela Animal Mundial.
Julia: Sim. É verdade. E você, Timo?
Timo: Eu gostaria, mas é bem um grupo elite de pesquisadores. Eu duvido que poderia ser contratado lá.
Quando eu ouço sua modéstia, parece que eu estou pegando Timo em um momento excepcionalmente sem proteção.
Julia: Então parece que você e eu estamos perseguindo o mesmo sonho.
Eu continuo a olhar os leopardos quando respondo.
Timo: De fato... Entretanto, enquanto isso, é importante nós protegermos esses leopardos.
Seu comentário encorajador consegue atingir uma corda comigo, e a paixão que eu tenho por meu trabalho.
Timo: Julia, vamos salvar esses leopardos.
Julia: Combinado.
(Ele acabou de me chamar de Julia?)
Nós viramos para olhar um para o outro, então ambos firmemente assentimos. Timo e eu terminamos de lidar com do intruso, e pelo tempo que conseguimos voltar a Lilac Court já é de manhã. Nós encontramos Carlo e Paul sentando no sofá do café, esperando por nosso retorno.
Carlo: Bem-vindo para casa, vocês dois. Não me diga que vocês estiveram trabalhando a noite inteira?
Paul: Julia, eu estou feliz que você está finalmente em casa.
Julia: Oi, Carlo. Paul, não me diga que você esteve acordado esse tempo todo?
(Eu não consigo olhá-lo nos olhos.)
Quando eu abaixo minha cabeça, Paul levanta do sofá para se juntar a mim.
Carlo: Bem, eu acabei de voltar do trabalho. Eu estive acordado a noite inteira preparando para essa tarde. Quando eu passei pela porta, encontrei Paul se remexendo, nervosamente esperando por você, Julia.
Paul: Eu não estava me remexendo.
Carlo: Parecia isso para mim. De qualquer modo, nós estivemos sentando aqui tomando café.
Paul pisa à minha frente e pega minha mão.
Paul: Nós precisamos conversar. Eu estava preocupado depois que você correu daquele jeito.
Julia: Paul, eu...
(Eu não tenho a coragem para encará-lo sozinha agora mesmo.)
Quando eu hesito, Timo abruptamente pisa à minha frente, tomando o espaço entre Paul e eu.
Timo: Darwin está em extrema necessidade de sono. O que quer que seja que você queira conversar, não pode esperar? Ela esteve acordada a noite inteira. Mostre um pouco de consideração.
Paul: Por que você estava acordada a noite inteira?
Paul calmamente sorri, e faz questão de me perguntar, em vez de Timo.
Julia: Um, porque...
(Eu devo mencionar o intruso? Carlo está aqui, e provavelmente deve ser mantido confidencial.)
Timo também parece cauteloso da presença de Carlo.
Timo: Nós terminamos alguns detalhes relacionados ao trabalho, então conversamos um pouco sobre nossos sonhos. Antes que soubéssemos, era manhã.
Paul: Sonhos? Você chamou Julia ao laboratório no meio da noite para falar sobre sonhos?
O tom de voz de Paul firmemente fica mais forte.
Timo: Eu a chamei lá por trabalho, nada mais. ...E agora, eu acho que ela precisa descansar.
Paul: Trabalho, huh? E ainda você acabou de me dizer como a teve lá a noite inteira falando sobre seus sonhos. Se você realmente estava sendo atencioso, você teria a trazido para casa mais cedo, não acha?
Os dois discutem com raiva de um lado para o outro. Paul pausa para olhar para mim e sorri.
Paul: Então, diga-me sobre esses sonhos. Você jogou quaisquer promessas que gostaria de mencionar?
Quando eu escuro isso, meu coração para uma batida.
(Paul acha que Timo e eu estávamos conversando sobre sonhos de casamento ou algo similar, não é.)
Julia: Paul, espere... você está enganado. Os sonhos sobre os quais nós estávamos falando não foram nada assim.
Paul: Oh? Então que tipos de sonhos eram? Agora eu realmente quero saber. Por que você não os explica para mim no meu quarto.
(Esse sorriso está me assustando!)
A intensidade de emoção que eu sinto vindo de Paul faz meu coração começar a correr. Eu deixo Paul parado lá sem dar uma resposta a ele. Se ele pensa que eu estive conversando com outro homem – com Timo – sobre nosso futuro...
(Eu não posso culpá-lo por estar chateado.)
Julia: Escute, Paul, não é o que você está pensando. Timo e eu compartilhamos os mesmos objetivos como pesquisadores. Isso é tudo.
Paul: Hmph. Eu não estou convencido.
(Talvez seja porque ele não está tentando.)
Logo quando eu começo a me perguntar se Paul pode estar discutindo intencionalmente... ...Timo começa a discutir de volta a ele.
Timo: Não importa o que nós discutimos. Ela e eu compartilhamos o mesmo sonho—
(Timo, não traga isso à tona agora!)
Paul: Com licença, Timo, mas eu não estava te perguntando.
Carlo: Você está falando sobre querer fazer o mesmo emprego, ou ter os mesmos objetivos de carreira, certo?
Carlo faz uma careta e rapidamente interrompe. Ele percebe que Timo está apenas adicionando à confusão. Eu imediatamente tomo vantagem da abertura que ele fornece.
Julia: Exatamente!
Timo: Que outros sonhos existem?
Timo encara Paul com uma expressão confusa.
Timo: Olhe, nós estamos saindo da trilha. A coisa importante é que Darwin precisa dormir.
Por consideração por mim, Timo teimosamente mantém seu chão entre Paul e eu.
Paul: Timo, eu estou tentando manter uma conversa com Julia. Eu apreciaria se você ficasse fora disso.
Eu vejo Carlo dar de ombros em exasperação quando Timo e Paul encaram um ao outro.
(Eu concordo, Carlo. Desculpe sobre tudo isso.)
Carlo: Parece que você conseguiu uma verdadeira batalha de três vias aqui. O que você vai fazer, Julia?
Julia: Eu?
Carlo: Parece que você pode ou falar com Paul, quem esteve esperando a noite inteira, ou levar Timo em sua consideração e ir para cama. Eu duvido que qualquer um deles esteja saindo até que você escolha um.
Em resposta à sugestão de Carlo, eu...
Esse é o fim do capítulo 4. Até a próxima! :)

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