Ghost Love: Parte 6

Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais Ghost Love. Espero que gostem! :)

Quando nós chegamos, Vincent já estava esperando na porta.
Vincent: Eu... uh... uau.
Christine: (Vincent, também...?! Não para dizer que eu não estou um pouco feliz com essa reação...) Você esperou muito?
Vincent: D-de jeito nenhum. Eu consegui uma reserva, de qualquer forma.
De algum jeito, vendo-me toda arrumada pega Vincent de surpresa.
Kyle: Vê? Ele acha que você está incrível, também.
Christine: Ha, ha...
Então nós movemos para dentro, para a mesa que Vincent reservou. Vincent e eu sentamos. Kyle flutua ao meu lado, sussurrando em minha orelha.
Kyle: Aqui está a parte onde você elogia a aparência do cara.
Christine: O que eu digo...?
Kyle: Bem, apenas olhe para ele e pense em alguma coisa.
É então que eu percebo quão bonito Vincent parece esta noite. Eu percebo que ele não está usando óculos desta vez, então seus olhos estão amáveis e gentis. Seu cabelo está perfeitamente arrumado. Ele deve ter passado – ele deve ter passando muito tempo nele. Não para mencionar seu terno bem-ajustado. Isso o faz parecer uma pessoa completamente diferente. Se eu não soubesse quem ele era, eu estaria intimidada demais para falar com ele.
Christine: Um, você está bem bonito, Vincent.
Vincent: O-obrigado. Você, também.
...O momento falha.
Kyle: O que foi isso?! Seja mais específica!
Christine: Ok, ok!
Eu limpo minha garganta e tento novamente.
-“Essa é uma camisa nova?” {Escolhido.}
-“Você parece bom sem seus óculos.”
Vincent: Uh, essa é a camisa que eu uso para trabalhar o tempo todo.
Christine: Oh. Haha! Certo...
Kyle: Suave, Christine.
Christine: ...É, é.
Vincent: Christine, você sabe... Eu acho que, você também — Eu quero dizer — Eu acho que você está, um...
Ele evita contato visual e trêmulo sorri ao menu em sua frente.
Christine: Ei... você pode relaxar, sabe. Nós apenas estamos aqui para nos divertimos, lembra-se?
Vincent: Heh... Eu sei. Mas de algum modo, eu não consigo evitar...
Ele sorri para mim apologeticamente.
Christine: Qual é, vamos apenas fingir... digamos, nós não somos colegas de trabalho, então. Como isso seria?
Ele enruga suas sobrancelhas por um momento antes de rearranjar sua postura. Ele respira fundo e sorri.
Vincent: Então... você vem muito aqui?
Ele parece tão sério que eu não consigo evitar explodir em risadas. É claro, ele ri, também. Com isso, o clima gradualmente fica mais leve. Vincent e eu pedimos comida e agimos como se não conhecêssemos um ao outro. De certo modo, é refrescante. Eu consigo fingir ser outra pessoa.
Vincent: Então qual é a sua profissão?
Christine: Bem, eu achei que era uma editora, mas sou basicamente uma serva em meu trabalho.
Vincent: Hmph... bem, eu sou basicamente uma babá no meu.
Christine: Você nunca acreditaria quão severo meu parceiro de mesa é.
Vincent: E você nunca acreditaria quão desorganizada a minha é...
Kyle: Vocês são tão estranhos.
Kyle arqueia uma sobrancelha e balança sua cabeça.
Christine: Ei, funciona, não é?
Parece que Vincent e eu fazemos melhor quando eu não estou tomando o conselho de Kyle. Nós divertidamente jogamos farpas um ao outro, mas é tudo em boa diversão. De vez em quando, no entanto, um momento me acerta. Eu começo a ver pequenas peculiaridades sobre Vincent com novos olhos. Como o modo que ele suavemente arruma seu cabelo, ou o modo que ele sorri, mas tenta esconder... E esse modo sincero que ele olha diretamente a você...
Christine: (Espere, Christine. Agora NÃO é a hora de estar sonhando acordada assim! Nós somos apenas amigos. Certo?)
Mais e mais, no entanto, eu começo a pensar...
-Nós realmente somos apenas amigos. {Escolhido.}
-Talvez nós possamos ser mais que amigos.
Isso é divertido, mas eu sei que não é o tipo de encontro que estou procurando. Kyle parece observar de longe agora, estudando meu olhar.
Kyle: Parece que vocês podem lidar com isso sozinhos, huh...? Eu acho que vou ao banheiro. Divirta-se, ok?
Christine: Ah, claro. Leve seu tempo.
Quando ele passeia para longe, eu poderia jurar que ele estava corando.
Christine: (...Espere, fantasmas precisam ir ao banheiro?)
Vincent e eu conversamos juntos um pouco mais e terminamos nossa comida em tempo recorde. Vincent alcança por sua carteira, mas eu digo a ele que podemos dividir a conta.
Christine: Já que não é um encontro de verdade, eu posso pagar por mim mesma.
Entretanto, o rosto de Vincent repentinamente congela. Ele parece absolutamente chocado.
Christine: O quê? Você realmente quer pagar tanto assim?
Mas não é isso. Ele não responde. Ele encara algo do outro lado do recinto, então eu sigo seu olhar para encontrar... Uma mulher misteriosa?
Mulher: Olá, Vincent. Que surpresa agradável.
A mulher se aproxima, um certo balanço em seus passos. Vincent imediatamente parece envergonhado, mas não desvia seu olhar.
Vincent: Laura... Eu não esperava ver você aqui.
Ela dá um sorrisinho, e eu percebo que ela é extremamente linda.
Laura: ex-namorada de Vincent. Idade: 27. Altura: 1,70m.
E ainda assim algo parece... obscuro sobre ela. E frio. Embora pareça jovem, ela tem um ar confiante de uma mulher mais velha nela.
Laura: Esse era nosso restaurante favorito. Você não pensou que eu ainda gostaria dele?
Vincent: Eu acho que não pensei que você voltaria...
Ela se inclina para mais perto e coloca uma mão no ombro de Vincent.
Laura: Mas foi você quem voltou, não foi?
De repente, Kyle reaparece. Ótimo timing, como sempre.
Kyle: Uh... quem diabos é ela?!
Eu coloco um dedo na frente de minha boca para silenciá-lo. Todo o tempo, Vincent está gaguejando, tentando encontrar palavras, mas obviamente parece abalado. Parece que ele completamente esqueceu minha presença.
Laura: Você sentiu minha falta?
Vincent: Eu... um...
Laura: Você ainda não consegue dizer a verdade, não é?
Vincent: Eu estou... isso é...
Laura: Você é fofo, Vince. Mas ainda não é um homem.
Laura ri como se fosse uma piada engraçada. Mas eu estou em choque ao quão corajosa — e malvada — ela é.
Kyle: Que idiota?!
Laura: Então, quem é essa garotinha com você? Ela não pode ser seu encontro, é? Conhecendo você, eu aposto que você nem mesmo teve uma namorada desde que eu fui embora.
Impulsivamente, eu me encontro dizendo algo para defender Vincent.
-“Eu sou a namorada dele.”
-“Ele teve várias namoradas.” {Escolhido.}
Laura: É? E quem é você? A próxima dele?
Christine: Bem... é apenas nosso primeiro encontro. Então, um, quem sabe?
Laura ri novamente, e eu fico vermelha. Eu provavelmente apenas me fiz de boba...
Laura: Isso me faz sentir melhor saber que eu sou a melhor mulher que você já teve, Vince.
Vincent: Isso é...!
Ele parece zangado, mas não consegue dizer uma palavra.
Laura: Apenas tenha cuidado, ou esse passarinho pode voar para longe, também.
Ela assente para mim, e os olhos de Vincent se arregalam.
Kyle: Que diabos? Você não pode apenas deixá-la dizer algo assim!
Kyle está certo... qualquer passado que esses dois possam ter, não há desculpa para ela ser tão rude.
Christine: Com licença, eu acho que nós precisamos ir.
Eu me levanto e pego o braço de Vincent.
Christine: Eu deixarei você saber que Vincent está muito mais feliz sem alguém tão rude quanto você.
Eu sussurro na orelha de Vincent.
Christine: Querido, vamos apenas ir. Agora.
Ele assente fracamente, mas se estabiliza. Depois de pagar o cheque, ele vira de volta a Laura uma última vez.
Vincent: Sabe... agora eu me lembro porquê nunca nem mesmo senti sua falta.
Com isso, nós a deixamos. Eu posso sentir Vincent tremendo. Mas nós conseguimos chegar em seu carro.
Vincent: Eu... sinto muito sobre isso. Eu lhe levarei para casa.
O ar está tenso e silencioso enquanto nós dirigimos de volta à estrada. Kyle senta no banco de trás, me dando uma expressão confusa. Eu balanço minha cabeça, tentando pensar em algo para quebrar o desconfortável silêncio.
Vincent: Oh! Espere!
Christine: O quê?! O que é?
Vincent: Eu esqueci de pegar o manuscrito de minha casa... Eu deveria deixar com você.
Então Vincent é quem se esquecendo por uma mudança. Pelo menos ele quebrou o silêncio.
Vincent: Está tudo bem se nós apenas voltarmos e o pegarmos?
Christine: Claro, está bem.
Ele sorri um pouco e estou surpresa em quão facilmente seu humor mudou. Ele estaciona seu carro na frente de sua pequena casa e me lidera para dentro. Enquanto nós andamos para sua casa, eu pego um brilho de preto do canto de meu olho — aquela era Ophelia? Eu continuo andando e Kyle flutua de trás de mim. Então ele me guia para dentro para sua sala de estar.
Vincent: Sente-se no sofá. Eu pegarei o manuscrito.
Ele sai do quarto e eu obedeço. Kyle, entretanto, dá um pulo.
Kyle: Christine, se eu fosse você, eu teria REPREENDIDO aquela senhorita!
Christine: Eu sei, eu sei... Eu deveria ter dito algo mais.
Kyle: Bem, eu ainda estou orgulhoso de você, sabe... Eu apenas não pude aguentar ouvi-lo falar sobre você assim.
Ele parece compreensivo, e eu sorrio.
Christine: Obrigada, Kyle.
Vincent volta ao recinto com as páginas.
Vincent: Aqui está.
Mas então ele senta no sofá comigo.
Vincent: Então... Eu acho que lhe devo uma explicação. ...Pelo que aconteceu lá.
Christine: Eu quero dizer, você não tem que me dizer se não estiver confortável.
Vincent: Não. Eu quero lhe dizer. Você me salvou lá, afinal.
Christine: Certo. Então eu estou ouvindo.
Vincent: É... meio que uma longa história. Então tenha paciência comigo.
Ele vira para mim e começa a falar, lentamente no começo.
Vincent: Minha... mãe e pai eram realmente rigorosos comigo, crescendo. Eu tinha que ser o menino perfeito. Eu tinha que tirar boas notas, sempre estar em minha melhor conduta. Eu fui para contabilidade comercial como um curso. Não foi divertido, mas foi lucrável. E eu era bom. Eles nunca confiaram em mim para fazer qualquer coisa sozinho... Era sempre de acordo ao plano deles.
Christine: (Eu me pergunto o que isso tem a ver com Laura?)
Vincent parece ler minha mente quando continua.
Vincent: Eu conheci Laura no meu primeiro ano da faculdade. Ela era mais velha. Uma terceiranista. E conhecê-la foi a primeira vez que eu me senti livre.
Seus olhos parecem brilhar no início, falando sobre ela. Mas o brilho se transforma em escuridão.
Vincent: Eu mergulhei direto naquela relação. Mas eu não sabia no que estava me metendo. Eu era tão... ingênuo, cego, até. Eu achei que estávamos apaixonados. Então eu fiz tudo em meu poder para cuidar dela. Eu fiz tanto por ela. E cada vez que ela me machucava, eu achava que era minha culpa. Eu confiei nela com tudo.
Ele para com um suspiro, balançando sua cabeça.
Vincent: Eu... então, eu consegui um trabalho bastante bem remunerado bem fora da escola. Laura estava radiante. Ela disse que queria que morássemos juntos. Eu achei que aquilo significava... você sabe, que talvez nós iríamos nos casar. Então eu era jovem e estúpido, e comecei a trabalhar horas extras, economizando para um anel. Mas um dia, eu saí do trabalho cedo, e queria surpreendê-la com flores. Então eu cheguei em nosso apartamento — sem resposta —, mas a porta estava destrancada, então —
A voz de Vincent começa a tremer, mas ele parece cheio de decisão.
Vincent: Outro cara estava lá. Um homem mais velho. Ela esteve me traindo por meses. Eu não acho que ela planejou me contar. Tudo que eu achava que sabia desabou. Ela até mesmo levou o apartamento. Estava assinado sob seu nome.
Vincent parece de coração partido novamente. Eu quero confortá-lo, mas não tenho certeza como.
Vincent: Eu não podia aguentar voltar ao meu trabalho depois daquilo. Meu desempenho sofreu... e eventualmente eu tive que ir embora. Meus pais estavam chateados, mas eu não tinha nada a perder. Eu poderia seguir minha paixão. E o resto é passado.
Christine: Que história... Você passou por tanto, Vincent.
Ele se reclina no sofá, cruzando seus braços.
Vincent: Heh... não é um grande problema. De certo modo, foi minha culpa por confiar tanto nela.
Eu me pergunto se Laura é o motivo de ele ter dificuldade em confiar nas pessoas.
Christine: Isso não é verdade. Não foi mesmo sua culpa. Como você disse antes. Não foi sua culpa que ela te machucou. Mas confiar em alguém é respeitável. Corajoso, até. Você estava fazendo seu melhor.
Vincent parece um pouco surpreso a isso. De olhos arregalados, ele para pra pensar.
Vincent: Eu... bem... obrigado, Christine. Talvez você esteja certa.
Ficando vermelho, Vincent parece um pouco envergonhado — e ainda assim, aliviado.
Vincent: Quero dizer... Eu estou feliz que fui capaz de confiar em você agora mesmo. De algum modo, é apenas tão fácil falar com você.
Christine: Heh... obrigada. Significa muito para mim, sabe.
Vincent: Para mim, também.
Eu dou a ele um sorriso tranquilizador, e sua expressão suavizou. Depois que nós compartilhamos um momento de reflexão, Vincent se levanta.
Vincent: Apenas um momento. Eu preciso pegar algo da cozinha.
Enquanto isso, Kyle me cutuca na direção da porta.
Kyle: Christine, nós temos que ir.
Christine: O quê? Por que agora?
Kyle: Um... Ophelia está aqui. Eu quero falar com ela enquanto tenho a chance.
Christine: Mas...
Kyle: Se você não está vindo, eu vou voltar primeiro, ok? Não se preocupe, eu vou apenas esperar por você em casa.
Eu começo a levantar para ir com Kyle. Isso poderia ser uma jogada idiota? Mas então, a voz de Vincent chama da cozinha.
Vincent: Então, um, Christine... Eu não sei se você tem tempo, mas... Você quer ficar para um café?
Ele sai da cozinha com duas canecas.
Christine: Oh! Eu...
-“Eu preciso ir, na verdade.” {Escolhido.}
-“Eu ficarei um pouco.”
Christine: Desculpe, eu preciso ir, na verdade.
Vincent: Ah, está bem. Eu já lhe atrasei o bastante. Você precisa de uma carona de volta?
Christine: Não, está tudo bem! Minha casa é bem próxima, e eu gostaria de caminhar.
Vincent: Se você tem certeza que é seguro, então... certo.
Ele anda para a porta e a segura aberta para mim.
Vincent: Boa noite, Christine. Obrigado por hoje. Você foi... uma amiga incrível para mim.
Christine: Boa noite. E o mesmo para você — obrigada. Eu tenho certeza que tivemos drama o suficiente hoje para escrever nosso próprio romance.
Vincent ri a isso e fecha a porta atrás de mim. Kyle e eu saímos para a estrada, Ophelia trotando ao nosso lado.
Kyle: ...Obrigado, Christine.
Kyle parece um pouco envergonhado, mas mantém seus olhos direto para frente.
Christine: Por que me agradecer? Era urgente, não era?
Kyle cora um pouco e olha de volta para mim.
Kyle: Apenas um pouco.
Nós caminhamos juntos, sem falar muito. O ar noturno flutua ao nosso redor. Está um pouco mais frio do que eu gostaria.
Christine: Então, você não disse que queria falar com Ophelia?
Kyle: Sim, isso é verdade. Mas eu não sei se quero falar com ela na frente de outras pessoas?
Ele sorri timidamente.
Kyle: Ok, isso é só uma desculpa. Agora mesmo eu só quero aproveitar essa caminhada com você. Quem sabe, talvez será minha última?
Por alguma razão, essas palavras perfuram direto em meu coração. Isso me faz lembrar de nosso “último momento” há cinco anos.
Christine: (Eu fui tão cruel com você... Você não se lembra disso?)
Eu me pergunto por que ele traz à tona últimos momentos agora, no entanto.
Christine: Você — você acha que esse será seu último?
Kyle: Bem, não, você sabe o que eu quero dizer. Eu apenas quero apreciar o tempo emprestado que tenho com você. Eu não sei quando isso pode apenas sumir.
Ele me dá um sorriso brilhante.
Kyle: Além disso, se isso significa conseguir te roubar de Vincent novamente, vale a pena qualquer coisa.
Christine: Ei! O que isso deveria significar?
Kyle: Haha! Eu posso ser egoísta, também! Ele conseguiu uma tarde inteira com você. E eu?
Christine: Então esse foi seu plano durante todo o tempo?
Kyle: Bem, apenas uma pequena parte dele... heh.
Eu balanço minha cabeça em nojo fingido. Mas sério, eu não posso evitar me sentir um pouco... lisonjeada? A minha eu colegial teria matado para ouvir Kyle dizer isso.
Christine: (O modo como ele está agindo, eu me pergunto se Kyle... na verdade...)
Nah... Ele não teria sentimentos por mim. Eu sei que ele apenas me vê como uma amiga.
Kyle: Sabe, Christine... ultimamente, eu estive pensando sobre algumas coisas. Mas de algum modo, é realmente difícil de dizer.
O quê? Sobre o que é isso?
Esse é o fim da parte 6. Até a próxima! :)

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