Ghost Love: Parte 7
Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou
com mais Ghost Love. Espero que gostem! :)
Christine: Uh, você sabe que pode
me dizer qualquer coisa, certo?
Kyle: Bem, sim, mas eu apenas não
sei como expressar isso... É um pouco estranho.
Ele se aproxima um pouco de mim e
meu coração começa a bater forte.
Christine: (O que é isso?)
Kyle: Eu... ...Eu apenas não
consigo falar.
Christine: O quê? O que você quer
dizer?
Ele dá de ombros e dá um meio
sorriso.
Kyle: Christine, eu sinto que você
apenas não está sendo completamente honesta comigo. Algumas vezes eu sinto que
você está carregando algum tipo de fardo, mas não está me deixando saber. Então
eu não lhe direi meu segredo a menos que você me diga o seu.
Ele sorri e eu balanço minha
cabeça.
(...Como ele sempre sabe?)
-Tente
negar.
-Admita
estar escondendo algo. {Escolhido.}
Christine: Você me pegou... Eu não
sei como, mas você adivinhou.
Kyle: Você me subestima, Christine.
Nós somos amigos desde sempre. Vai ficar tudo bem. Você pode me dizer. Eu
prometo que não será tão estranho quando o que eu tenho a dizer.
Eu olho para ele e tento deixar sair,
mas apenas não consigo.
(O que eu diria a ele? “Eu te
amei”? “Foi minha culpa que você morreu”? Como eu poderia dizer isso sem
estragar tudo?)
Eu paro com um suspiro.
Christine: Kyle, eu quero te dizer.
Eu realmente quero. Eu apenas não sei se é o momento certo.
Ele assente, mas ainda parece cauteloso.
Kyle: Christine, se você tem que
esperar pelo momento certo, ele pode nunca vir. Algumas vezes você tem apenas
que agir.
Ele está certo. Eu estive me
dizendo isso minha vida inteira. Então desta vez, eu nem mesmo penso. Eu me
viro para encará-lo e tiro o cabelo de meus olhos.
Christine: Então eu irei.
Eu me empurro para frente e...
eu... beijo-o. O mundo parece congelar quando eu me inclino para ele, um
momento preso no tempo. Suavemente, nossos lábios partem tão rapidamente quanto
se encontraram. Julgando por sua expressão, eu posso dizer que pegou Kyle
completamente de surpresa. Ele está chocado em silêncio, de boca aberta.
Christine: (É, eu esperei esse tipo
de reação... Mas depois de tanto tempo... pelo menos eu finalmente fui capaz de
ser honesta.)
Kyle abre sua boca para dizer
alguma coisa, mas nada sai. Ele parece congelado em lugar, incerto do que
fazer. Então eu o mando um sorriso como se nada estranho tivesse acontecido.
Christine: Vamos para casa, ok?
Eu ando um pouco mais rápido,
fazendo meu caminho adiante dele. Ele me segue por trás até nós alcançarmos o
apartamento. Nenhum de nós faz um som. O que aconteceu esta noite? Eu tento não
pensar muito. Talvez de algumas maneiras, nós estamos mais próximos que
nunca... Mas de outras maneiras... nós ainda estamos separados por mundos. Eu
estou viajando num caminho solitário e enevoado. Acompanhando-me está um lindo
gato branco em minha esquerda e um lustroso gato preto em minha direita. Nós
viajamos juntos por milhas, movendo adiante lado a lado... até alcançarmos uma
encruzilhada. O gato branco pega a estrada da esquerda e o gato preto pega a
estrada da direita. Os dois gatos param e me encaram, insistindo para eu ir com
eles, silenciosamente me pedindo para escolher. Eu olho desesperadamente da
esquerda para a direita, não sabendo qual lado pegar... Eu quero pegar o...
-Caminho
esquerdo com o gato branco. {Escolhido.}
-Caminho
direito com o gato preto.
Parece tão familiar e caloroso. Eu
não posso evitar querer ir... mas... Antes de eu mover meus pés, ambos os
caminhos começam a desaparecer... junto com ambos os gatos preto e branco.
Christine: Não vá!
Eles não conseguem me ouvir
enquanto somem na luz.
Christine: Espere! Não me deixe!
Kyle:
Christine, Christine! Você está bem?
Christine:
H...huh?
Eu abro meus olhos ao som da voz de
Kyle.
Kyle: Christine... você está
acordada. Você estava gritando alguma coisa em seu sono. Teve um pesadelo?
Quando Kyle se inclina sobre o lado
de minha cama, seus olhos estão cheios de preocupação genuína.
Christine: Bem, não exatamente...
Foi apenas um sonho estranho. Desculpe por lhe preocupar.
Kyle: Hmm... certo. Estou feliz que
foi apenas um sonho, então.
Seu rosto preocupado derrete num
sorriso brincalhão.
Kyle: Além disso — eu nunca lhe
deixarei, Christine, então não se preocupe.
Christine: O quê? Quem disse que o
sonho era sobre você?!
Kyle sorri, flutua de volta e sai
do quarto.
Em toda honestidade, eu sou sortuda
de tê-lo em minha casa esses dias, porque desde que ele apareceu, eu nunca me
senti sozinha. Eu não posso evitar pensar, no entanto... quanto tempo nós
realmente temos juntos? De qualquer forma, depois daquele estranho e assombroso
sonho, eu não tenho certeza se quero voltar a dormir.
Christine: (Eu me pergunto o que
significou...)
Eu olho para o relógio do meu
celular, que diz 7:45. Se eu já estou acordada, eu acho que poderia começar a
me preparar para o dia. Eu deslizo em roupas casuais e me levanto para lavar
meu rosto. Depois que fico pronta, eu faço o café da manhã com Kyle e nós vamos
ao sofá para assistir desenhos animados. É nossa pequena tradição nas manhãs de
sábado agora, pelo bem da nostalgia.
Kyle: A propósito, você não deveria
limpar este lugar se Vincent está vindo?
Christine: Eh... ele só vai
entregar uma coisa. Provavelmente não vai demorar mais que cinco minutos.
Depois de nosso encontro de
brincadeira, Vincent tinha me mandado uma mensagem de desculpas. Ele pareceu
bem envergonhado sobre o que aconteceu com sua ex-namorada da última vez.
Vincent mencionou que ele queria me dar algo para compensar. Eu honestamente
não pensei que ele precisava compensar por nada, mas ele insistiu.
Christine: Depois que ele vir, nós
teremos o dia inteiro para limpar este lugar, se você quiser.
Kyle: Hm, ok. Talvez seja o melhor.
Christine: Por quê?
Kyle: Bem, há uma coisa sobre a
qual eu queria te perguntar hoje — sozinhos. Pode mudar tudo.
Christine: O que é?
Kyle: Bem, eu não posso te dizer
agora! Não é a hora certa.
Christine: O que você quer dizer?
Ele sorri. Eu sou deixada sentada
lá, confusa. Desde quando Kyle era tão enigmático? Enquanto o som dos desenhos
animados enche o silêncio entre nós, eu não posso evitar me sentir inquieta. O
que Kyle quer me dizer? Depois de aproximadamente duas horas, a campainha toca.
Eu me levanto para abrir a porta. Kyle flutua ao meu lado, olhando para fora
curiosamente.
Vincent: Ei, Christine.
Christine: Oi, Vincent!
Eu percebo que Vincent ainda está
um pouquinho desconfortável.
Christine: Vincent, você está...
bem?
Vincent sorri apologeticamente.
Vincent: Não se preocupe comigo.
Christine: Bem, entre por um pouco!
Eu posso lhe fazer um chá.
Kyle: Eu pensei que você disse que
ele não iria entrar?
Christine: ...Shh.
Vincent: Se estiver tudo bem com
você, isso seria ótimo.
Então eu o deixo entrar.
Christine: Heh... desculpe pela
bagunça.
Vincent: Se esse fosse seu local de
trabalho...
Christine: Mas nós não estamos no
trabalho. Aqui, vamos sentar ali na cozinha.
Kyle: Eu te disse. Sabia que você
deveria ter limpado.
Christine: ... Cale-se.
Vincent: O que foi isso?
Christine: Uh, eu estou apenas...
apenas falando comigo mesma. De qualquer forma, você prefere chá verde ou chá
cítrico?
Vincent: Chá verde para mim.
Com isso, nós nos movemos para a
cozinha. Eu começo a ferver água num bule e Vincent puxa um pequeno envelope.
Vincent: Não é muito, mas eu apenas
quis dar isto a você.
Christine: Você realmente não
precisa!
Vincent: Heh... apenas se
certifique de abrir mais tarde, ok?
Suas bochechas coram levemente.
-“Eu
prometo.”
-“Por
quê?” {Escolhido.}
Vincent: Por quê? Bem, ah... é meio
que uma surpresa, eu acho.
Eu decido não pressionar o
problema. Com isso, eu coloco o envelope em meu bolso. Quando o chá está
pronto, ele toma um gole cuidadosamente.
Vincent: Então onde você mantém as sacolas
de lixo?
Christine: Perdão?
Vincent: Se nós vamos limpar este
lugar, nós precisamos de sacolas de lixo.
Ele rola suas mangas para cima com
um sorrisinho maligno.
Christine: (Talvez foi um erro
trazer este louco por limpeza aqui...) Uh... você não disse que apenas ficaria
por alguns minutos?
Vincent: Eu não tenho nenhum plano
hoje. Eu posso fazer um tempo para isso.
Christine: Nós realmente não
precisamos—
Vincent: Sim. Nós precisamos.
Agora ele parece cheio de energia.
Ele toma outro gole de chá e fica de pé.
Vincent: Vamos, eu estou lhe
fazendo um favor.
Todo o tempo, Kyle ri de mim.
Christine: Certo, certo! Só não
faça essa cara, está meio que me assustando.
Nós começamos a trabalhar
imediatamente, e eu estou quase impressionada demais para estar envergonhada.
Ele joga o lixo, varre o chão e organiza minhas prateleiras... Eu
desajeitadamente tento acompanhá-lo, mas sou lenta demais.
Christine: Aaagh, como diabos você
sabe como fazer isso?
Vincent: O que eu posso dizer? Eu
preciso que as coisas estejam limpas antes que possa focar. Passe-me aquele
livro.
Christine: Aqui, Vincent. Você é
tão estranho.
Vincent: Não é mais estranho ter
uma casa tão bagunçada?
Eu cruzo meus braços indignada.
Christine: Eu apenas estou focada
em coisas mais importantes.
Vincent: Mm-hm, tipo o quê?
Eu olho para Kyle, quem também está
esperando por minha resposta. Eu balanço minha cabeça e viro de volta a
Vincent.
Christine: Você, uh, não
entenderia. É complexo demais para você.
Vincent simplesmente sorri.
Vincent: Claro, claro. Entregue-me
o outro livro.
Eu obedeço, envergonhada. Minutos
se transformam em horas, e meu apartamento está impecável.
Christine: (Eu sinto muito, Kyle...
Eu sei que você queria conversar, mas de algum modo, Vincent tornou isto num
projeto...)
Ele não parece chateado, mas eu
posso dizer que ele esteve querendo dizer alguma coisa por um tempo. Porém, nós
dois estamos impressionados pelo trabalho que foi feito aqui.
Christine: (Isso apenas deixa mais
um cômodo...)
Vincent: E sobre seu quarto?
Christine: (Eu estava esperando que
ele não iria perguntar sobre esse.) U-uh, isso está bem? Há, sabe, coisas de
garota...
Vincent: Eu tenho uma irmã mais
velha. Já vi tudo isso.
Christine: Você já fez tanto. Tem
certeza que não está cansado?
Vincent: Você sabe que eu nunca
deixo um trabalho inacabado.
Christine: É só que... Eu não quero
que você me julgue.
Eu sorrio timidamente, colocando
uma mão sobre a porta. É o quarto mais bagunçado da casa. Eu não iria querer
dar um ataque cardíaco a Vincent.
Vincent: Eu não vou te julgar,
prometo. Honestamente, me ajudaria a me sentir melhor sabendo que você tinha um
quarto limpo para viver.
Christine: Bem...
Vincent: Quero dizer, se eu estou
invadindo sua privacidade, eu não quero me intrometer.
Christine: Não, não, não é isso. Eu
só... não quero que você surte.
Vincent: Eu não vou surtar, sério.
Christine: ...Se você insiste.
Eu abro minha porta e o queixo de
Vincent cai. Ele não diz uma palavra, mas eu já posso ler a expressão em seu
rosto.
Kyle: Eu te disse que estava ruim.
Christine: Heh...
Em minha defesa, não foi sempre assim
tão bagunçado. Depois que Kyle chegou, eu estava preocupada com o trabalho e
sua aparição. Kyle não era exatamente o cara mais arrumado, também. Com o tempo
eu parei de usar meu guarda-roupa para guardar roupas e Kyle virou minha
estante de livros pelo avesso. Eu nunca me incomodei para tirar as sacolas de
salgadinhos depois que a lixeira se encheu. ...E talvez nós fizemos um par de
fortes de lençóis enquanto isso.
Vincent: Acho que nós iremos... começar
a trabalhar imediatamente.
Ele pega a sacola de lixo com um suspiro,
dando-me um certo olhar.
Christine: S-sim.
Primeiro nós jogamos fora o lixo.
...Então, Vincent começa a fazer perguntas.
Vincent: O que é isso? Você precisa
disso?
Ele segura um velho ursinho
estufado.
Christine: Sim! Sr. Fofinho! Eu
estava me perguntando onde ele estava!
Kyle: Você ainda tem o Sr. Fofinho?
Kyle me dá um olhar incrédulo. Eu
alcanço e pego o urso das mãos de Vincent e o coloco gentilmente em minha cama.
Vincent alcança debaixo de minha cama e tira uma estátua de sapo.
Vincent: E isso? Você precisa
disso?
Christine: Uh... talvez não. Eu nem
mesmo sei por que eu tenho isso.
Vincent dá de ombros e o coloca no
lixo. Com isso, ele continua cavando debaixo da cama. Mas quando eu o observo
tirar item após item, eu percebo algo. Debaixo da cama... Eu imaginei que
ninguém iria olhar lá.
Christine: (Espere... e se ele
encontrar...)
Vincent: O que é isso...?
Oh, não. Vincent tira um pacote de
cartas, amarradas juntas com um par de elásticos. Eu sinto meu coração cair
assim que as vejo. Em cada envelope está o endereço feito à mão: Para Kyle. São
as cartas — Eu tinha completamente me esquecido delas. Aquelas que eu escrevi
cada ano desde a morte de Kyle. Minha boca fica seca quando eu me lembro das
palavras que tinha escrito. Meus sentimentos, minha culpa, meus medos... todas
as coisas que eu queria dizer a Kyle, mas não poderia.
Christine: Oh, não é nada...
a-apenas coloque-as de volta debaixo da cama—
Vincent: Quem é Kyle?
-“Eu,
um... ele era... meu velho amigo.”
-“Ele
era...” {Escolhido.}
Eu imediatamente olho para Kyle,
medo brotando em mim. Seu rosto fica vermelho e sua boca se abre.
Christine: (Ele não pode saber
sobre essas cartas!)
Mas é tarde demais agora...
Christine: Eu...
Para minha surpresa — e horror —
Kyle sorri gentilmente, sussurrando em minha orelha.
Kyle: Está tudo bem, Christine. Eu
já sei.
Christine: Você... você sabe?
Ele sabia sobre as cartas? Quanto
ele tinha lido? Tudo?
Vincent: Christine, você está bem?
Eu posso colocá-las de volta. Você está tremendo.
Christine: Eu... Eu estou bem.
Eu alcanço adiante e pego o pacote de
cartas de Vincent. Ele automaticamente parece arrependido. Mas eu mal consigo
focar nele agora. Uma torrente de pensamentos começa a correr por minha
mente... Kyle sabia o tempo inteiro? Que eu escrevi para ele por anos? Que eu o
amava por tanto tempo? ...Que eu fui responsável por sua morte?
Christine: (Talvez isso fosse o que
ele queria me dizer hoje... que ele leu as cartas. Eu tenho certeza que ele me
odeia agora...)
Eu deveria saber que isso tudo não
iria durar.
Kyle: Christine. Acalme-se. Eu
queria falar com você sobre isso—
Christine: Kyle, eu sinto muito. Eu
sinto tanto.
Eu achei que teria tido o tempo
para realmente falar com ele. Mas como sempre, eu fui indecisa. Eu demorei
demais. E agora a escolha foi feita para mim.
Vincent: Christine. O que está
acontecendo?
Kyle: Christine, olhe para mim. Eu
não estou zangado com você.
Christine: Eu não sei mais o que
fazer... Eu fui tão horrível, segurando isso de você esse tempo todo...
Lágrimas começam a brotar em meus
olhos. Eu não sei o que fazer.
Kyle: Christine, você entendeu tudo
errado. Eu...
Christine: Eu sei, eu não estava
sendo mesmo uma boa amiga. É tudo minha culpa.
Eu soluço em minha manga, virando
para longe dele. Mas Vincent alcança e me agarra pelos ombros.
Vincent: Christine, o que está
errado? Quem é Kyle?
Ele me faz encará-lo, e eu olho para
cima aos seus olhos arregalados.
-“Você...
não entenderia.”
-“Kyle...
esteve aqui esse tempo inteiro.” {Escolhido.}
Christine: (O que eu estou dizendo?
Eu pareço uma pessoa louca! Vincent nunca acreditaria nisso...)
Tudo parece estar tombando tudo de
uma vez.
???: Ou está finalmente se
encaixando?
O quarto se enche com uma forte luz
e eu olho para cima. A janela está aberta. Ophelia está de pé acima de todos
nós com uma expressão gentil em seus olhos. E uma voz ecoa acima de nós,
badalando em minhas orelhas.
Ophelia: Você esteve correndo em
círculos na escuridão por tempo demais. A verdade finalmente virá à luz.
Ela pula para cima e toca a cabeça
de Vincent com sua pata.
...!
Vincent esfrega seus olhos, gemendo
suavemente.
Christine: (O que aconteceu? Eu
ainda estou sonhando?) Vincent...?
Vincent: Eu...
Ele estreita os olhos, olha para cima
para mim, e vira sua cabeça ao redor do quarto. De repente, ele para bem na
frente de Kyle, olhos arregalados.
Vincent: Quem... quem é você?!
Vincent mal consegue conter seu
choque.
Christine: Bem... Sim... Quero
dizer...
Meu coração começa a correr
nervosamente em meu peito. O que eu deveria dizer?
Vincent: Christine, você pode
explicar isso? O que está acontecendo?
Vincent estreita seu olhar, seus
olhos afiados e acusativos. Kyle se vira para mim também, com uma expressão
complexa em seu rosto. Minhas mãos começam a tremer incontrolavelmente. Eu nem
mesmo sei por onde começar...
Christine: Eu... Eu sinto muito!
Antes que eu perceba, eu me levanto
num pulo, viro ao redor— e corro para fora da porta. É meu instinto natural,
não é—? Apenas fugindo... como sempre...
Kyle:
Christine!
Vincent:
Christine! Espere!
Eu começo a suar frio quando saio de
minha casa, correndo mais e mais rápido. Eu quero voltar... mas não posso. Eu
corro e corro até me encontrar no lado de uma estrada aberta. Lágrimas amargas borram
minha visão e eu nem mesmo tenho mais certeza do porquê estou chorando.
Christine: (Eu sou tão idiota... O
que eu estou fazendo? Eu sempre fui assim?)
Eu deixei a morte de Kyle controlar
minha vida por tanto tempo. Eu sempre carreguei esse fardo, a responsabilidade
pelo o que aconteceu. Eu sempre me senti tão culpada, sabendo que era minha culpa
que Kyle não poderia crescer. Mas no fim, eu estava apenas guardando dor em meu
coração. Mas... esses últimos meses foram tão diferentes. Eu finalmente comecei
a avançar... com um novo trabalho, um novo apartamento, uma nova perspectiva...
e... ...e com Vincent, também... Eu tinha finalmente começado a mudar. Eu não
poderia finalmente tornar as coisas diferentes?
???: Christine! Christine!
A voz de um homem ecoa em minha
direção e o tom familiar badala em minhas orelhas. É definitivamente Vincent.
Assim que eu percebo, ele corre ao meu campo de visão.
Christine: (Eu não posso falar com
ele agora!)
Eu quero dizer a ele que explicarei
tudo... que ficará tudo bem... Mas eu sou uma covarde. Eu não estou pronta.
Minhas pernas estão me dizendo para correr. Então eu viro na direção da
estrada, minha visão borrada por lágrimas.
Christine: (Eu sinto muito...)
Vincent: Christine, não!
Eu ignoro suas palavras e continuo.
Eu corro na direção da estrada aberta ao pior momento, um carro acelera em
minha direção numa perigosa velocidade...
Vincent: Christine! Pare!
Por alguma razão, essa cena parece
familiar demais. Parece uma câmera lenta quando eu viro minha cabeça na direção
dele.
Vincent: Christine!!
Eu pisco as lágrimas para ver
Vincent investir adiante para mim.
Christine: (O quê?)
Mas num único momento, ele me
empurra para longe. E para meu horror — eu percebo que já vi tudo isso antes.
Christine: VINCENT!
É tarde demais para pensar. Tarde
demais para agir. O carro está dirigindo na direção dele, e ele está à sua
mercê.
Christine: Vincent, eu—!
O guincho dos freios atinge os céus
como um grito. Mas não será o suficiente. Eu fecho meus olhos ao terrível
momento do impacto.
Esse
é o fim da parte 7. Até a próxima! :)
Comentários
Postar um comentário
♥Por favor, seja educado(a) e gentil ao comentar.
♥Compartilhe sua opinião sem maldades.
♥Não tenha medo de perguntar sobre as traduções.
♥Eu leio todos os comentários, mesmo se não responder! :)