[BTS] To the Edge of the Sky: Numa Missão (Cinco)

Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais histórias curtas de TTEOTS. Essa é com Cinco (V/Kim Taehyung). Espero que gostem! :)

Escrito por Ajané J.K. Celestin. Baseado no iminente jogo To the Edge of the Sky.
Eu viro a esquina, mal evitando de colidir com um homem. Ele olha para cima ao meu rosto como se quisesse dizer alguma coisa.
Mas seus olhos ficam arregalados ao invés.
Como esperado~
Eu empurro meus óculos por meu nariz e dou um assentir ao homem. Ele olha para meu rosto um segundo demais antes de assentir de volta e continuar seu caminho.
Eu volto a admirar as paredes de painéis de madeira. Eu nunca vi paredes como estas antes. Eu gostei de olhá-las pelos últimos dias.
Elas são lindas, e parecem tão calorosas.
Tão calorosas para a fria coisa que estou prestes a fazer.
Há um fraco aroma de algo ancião aqui... não, algo antigo. Talvez sejam todos os velhos móveis de couro... Mas de algum modo, eu realmente gosto disso.
Eu olho para fora da janela enquanto passo pelos corredores. É noite agora e eu acho que aquele homem era o último trabalhador de escritório aqui.
Todos exceto por um.
Eu não gosto da palavra alvo.
Não é muito legal... Essas são pessoas, afinal. Humanos têm sentimentos.
Eu sei disso. Então é por isso que é errado...
Eu os chamo de amigos.
Por um tempo, eu me torno amigo deles. Não é como se não fôssemos ser amigos se eu não tivesse esse emprego.
Então eles são amigos.
Faz sentido, certo?
...Soa melhor que alvo, de qualquer forma.
Eu abro a pesada porta de madeira, abrindo o caminho para uma livraria muito velha e muito vasta.
Bem como o corredor, é lindo aqui. Ainda mais. Apenas entrar no grande espaço me faz sentir que passei por uma porta mágica para outro tempo.
Eu suspiro quando vejo a mulher trabalhando sozinha na mesa.
Cabelo castanho-claro.
Um vestido verde. Um pouco simples para os meus gostos.
Óculos frios que parecem tão antigos quanto este lugar.
...E um sorriso gentil.
Essa esteve sendo minha amiga pelos últimos dias agora.
Eu deslizo no assento ao lado dela, um sorriso genuíno em meu rosto. Ela olha para cima, de início em reconhecimento, e então em admiração quando seus olhos param em meu rosto.
Como esperado~
Eu a cumprimento. Eu digo a ela alguma coisa, algo metade verdade que invento do nada. Talvez seja algo sobre como estou aqui para pesquisa, ou talvez seja apenas que eu queria ver seu rosto.
Realmente não importa o que era desta vez. Ela parece feliz o bastante para aceitar.
É tão fácil que é quase entediante.
Seus ombros tensos começam a relaxar, sua postura curva um pouco, seus olhos ficam mais brilhantes. Ela desliza o livro que estava lendo. É um livro de história, sobre uma viagem para a lua. Ela fala empolgadamente sobre o que foi encontrado lá.
Eu assinto, não realmente ouvindo as palavras, mas gostando de sua companhia de qualquer forma.
Eu me senti... solitário, esta noite. Então estou realmente feliz de falar com esta nova amiga.
Não importa sobre o que seja, de qualquer forma. Por um tempinho, eu posso fingir que tudo está bem.
Como se eu não fosse dormir sozinho esta noite, também.
Eu sorrio de volta para ela e ela desvia o olhar. Seu rosto parece vermelho mesmo na luz quente.
Não vai demorar muito agora.
Eu começo a deslizar perguntas. Uma ou duas sobre coisas inocentes aqui e ali. Ela parece satisfeita.
Eu tento não pensar sobre como é apenas meu rosto que ela gosta de ver, apenas minha voz suave que ela gosta de ouvir.
Eu tento não pensar sobre como é apenas quem eu estou fingindo ser que ela gosta...
E como ela não vê a “mim”.
Ela timidamente coloca sua mão na minha e eu encaro-a, um sorriso inexpressivo em meu rosto.
É hora.
Eu olho diretamente em seus olhos, ainda sorrindo.
“Você... precisa de uma carona para casa?”
Ela me encara em surpresa, mas há suspeita, também.
“Eu... Eu acho que não...”
Eu sorrio ainda mais brilhantemente, mas há um estranho sentimento em meu peito.
Ou talvez seja a falta de sentimento, como um buraco vazio que ficou ainda maior desde a última vez.
“Você confia em mim?”
A realidade borra apenas suavemente, as cores sangrando para fora dela quando eu foco meus aumentos nela. Os olhos da mulher arregalam momentaneamente por minha aparência antes dos feromônios atingirem.
Ela relaxa e eu alcanço e toco sua mão. Ela olha para baixo à minha mão na sua por apenas um momento.
Então ela olha para cima para mim e assente, um sorriso bêbado caindo em seu rosto.
Eu levanto, ainda segurando sua mão, e ajudo-a a levantar. Ela se inclina em mim, seu corpo fraco. Uma mão toca sua têmpora, mas eu continuo sorrindo enquanto saímos ao corredor.
É quase o fim. Eu sentirei falta deste lugar.
Eu não hesito quando abro as pesadas portas de madeira, ainda apoiando o peso dela. Ela começa a murmurar para si mesma.
Nós saímos para o corredor frio e opaco. O som da porta se fechando ecoa pelo espaço vazio.
Eu foco em meus aumentos novamente. Desta vez, são diferentes.
“Minha amiga precisa de uma carona para casa.” Eu digo brilhantemente. “Ela está cansada.”
A mulher olha para cima a mim em confusão e eu sorrio calorosamente de volta a ela. Aquele vazio em meu coração parece doer, naquele momento.
“Recebendo confirmação da aquisição do alvo. Estarei aí em trinta segundos. Quatro fora.”
Ninguém escuta a voz além de mim.
“Eu pensei que você estava me levando...?” A mulher diz. Eu posso ver stress tomar controle de sua face.
Mas é tarde demais agora.
“...Eu quero. Mas esse não é o meu trabalho.”
Isso é tudo que eu digo antes de começar a descer o corredor. O sorriso está colado em meu rosto enquanto eu a deixo para trás.
“Onde você está ind—ugh!”
Eu não olho para trás. Eu não preciso.
Gianna Ricci, nascida Gianna Palermo.
Codinome: Ibis.
Idade: 35.
Procurada por assassinato de vários agentes da PHASe.
Essa é quem ela era...
Mas por um curto tempo...
Ela era apenas minha amiga.
...
Eu abro a porta para fora.
Ela era uma pessoa ruim... certo?
“Eu...”
O ar noturno parece realmente bom em minha pele.
Foi Quatro. Não foi minha culpa.
“Eu...”
Eu chamo um táxi. Eu tenho que pegar meu voo esta noite.
Eu apenas estava fazendo o que fui mandado a fazer.
“...Eu sinto muito.”
Este é o final da missão do Cinco. Até a próxima! :)

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