Bad Boys Do It Better: Rei (Final Depois da Aula)

Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais Bad Boys. Espero que gostem! :)

Ryoji bate com seu punho brutalmente. O som denso alcança minhas orelhas.
(Rei...)
Rei: Seu pequeno...
Ryoji: Nem mesmo pense nisso, sem estúpido—
*BATE*
Ryoji: Oof... Seu pequeno...
Sakura: Parem com isso, vocês dois!
Colega de Classe 1: Faça isso! Acabe com ele!
Colega de Classe 2: Pegue ele! Pegue ele!
(Eles não vão me ouvir daqui...)
Sakura: Movam-se! Por favor, deixe-me passar!
Colega de Classe 1: Chute a bunda dele, Ryukai!
Colega de Classe 2: Não perca, Todo!
Yu: Vocês dois façam seu melhor!
(Só um pouco mais... Se eu conseguir atravessar essa linha, então vou...)
Ryoji: *huff* *puff*
Rei: ...
Ryoji: O que há com esse olhar?
Rei: Seu cuzão... Eu não vou te deixar ficar entre mim e Sakura...
Ryoji: Uma coisa do caramba para dizer agora... Depois de ter ficado com outra garota e machucado Sakura.
Ryoji levanta seus punhos mais uma vez.
Sakura: Parem com isso!
Ryoji: ...?!
Rei: Sakura?!
Sakura: Pare com isso, por favor. Não bata em Rei.
Ryoji: Mas ele—
Sakura: Você está errado! Você está absolutamente errado! Rei nunca iria a um hotel com ela!
Ryoji: ...
Sakura: Eu... Eu confio nele.
Rei: Sakura...
Ryoji: ... Droga.
Ryukai abaixa seus punhos.
Ryoji: Então e aí, Rei? Qual é a verdade?
Rei: ...
Ryoji: Você ainda tem vontade de dizer “não é da sua conta”? Ou só vai deixar Sakura falar por você?
Rei: ...
Ryoji: Todo...
Mas Rei não responde. Ao invés, ele anda direto em minha direção.
Rei: Vamos.
Sakura: O quê? Onde?
Rei: Não importa.
A parede de pessoas separa, fazendo um caminho para nós. Ele atravessa direto com um ar de majestade. Tudo enquanto me segura pela mão como se não fosse nada fora do ordinário. É o primeiro dia em minha vida que eu cabulei uma aula. Nós passamos o dia inteiro deitados na grama no parque juntos.
Sakura: Eu me pergunto se ele vai ficar zangado.
Rei: Pelo quê?
Sakura: Por cabular aula.
Rei: Está tudo bem. Você não vai morrer por cabular só um dia.
Sakura: Eu acho que você está certo. Você está sempre cabulando, não é?
Rei: Cale-se.
Sakura: *risadinha*
Rei: Ei...
Ele abruptamente se senta.
Rei: Você realmente confia em mim? Digo, sobre o rumor... Que eu não fui ao hotel.
Sakura: Eu confio em você.
Rei: ...
Sakura: É claro, eu confio em você.
Rei: Entendo.
Eu o ouço bocejar.
Sakura: Você está cansado?
Rei: Sim.
Sakura: Você pode dormir?
Rei: Como eu poderia fazer isso?
Sakura: ... Você quer deitar em meu colo?
Rei: ...
Sakura: Rei?
Rei: *Zzz... Zzz...*
Sakura: ... Imaginei.
Eu olho ao céu com meus braços estendidos na minha frente. Uma luz ofuscante vem da ponta de meus dedos. Por alguma razão, eu tenho um impulso esmagador para chorar. Agora está de noite.
Sakura: *bocejo*
(Isso é estranho. Tudo o que fiz foi deitar o dia inteiro, mas ainda estou realmente cansada.)
Sakura: !
Ryoji: Ei...
Sakura: Oi...
Ryoji: Você tem um minuto? O que aconteceu depois que você foi embora?
Sakura: Oh, bem... Eu só passeei pelo parque.
Ryoji: É isso?
Sakura: Aham.
Ryoji: Com o Rei?
Sakura: Sim.
Ryoji: ...
Sakura: ...
(O que eu deveria fazer? O ar aqui está tão denso. É tão desconfortável. Que sensação estranha. Oh, eu sei!)
Sakura: Oh, obrigada por me defender sobre aquele rumor.
Ryoji: !
Sakura: Você percebeu, não foi? Como eu me sentia...
Ryoji: Oh, uh, bem...! De qualquer forma, aquele pequeno punk explicou o que aconteceu a você?
Sakura: Não...
Ele nunca me disse nada. Ele apenas me perguntou se eu confiava nele.
(Mesmo assim, eu...)
Sakura: Mas está bem. Porque eu confio nele completamente.
Ryoji: Sério?
Sakura: Sim.
Ryoji: Você sabe que alguém o viu sair do hotel, certo?
Sakura: Mesmo assim... ...eu não acho que nada aconteceu. Pelo menos, é no que eu quero acreditar.
Ryoji: É mesmo?
Por um breve momento, ele parece que quer dizer alguma coisa. Mas sua expressão logo muda para um sorriso amargo.
Ryoji: Então, eu entendo. Se você estiver disposta a apoiá-lo, então não vou dizer mais nada.
Sakura: Obrigada. Além disso, por favor, não brigue de novo. Eu não quero ver nem você ou Rei se machucar.
Ryoji: Oh, ok...
Sakura: Mais uma coisa... Sobre o que você disse lá, “Eu a tomarei de você”...
Ryoji: Eh? Er... Eu... Eu só estava atuando! Isso é tudo! É claro que eu não estava falando sério!
Sakura: Realmente?
Ryoji: É claro! Quem iria querer fazer uma coisa daquelas?!
Sakura: ...
Ryoji: De qualquer forma, só esqueça que eu disse aquilo. Você me ouviu? Apague isso da sua mente.
Sakura: Claro. Ok.
Ryoji: Bem, eu vou tomar um banho. Te vejo amanhã!
Sakura: Pode apostar!
(Obrigada, Ryoji... Eu nunca vou esquecer como você me apoiou.)
O dia seguinte.
Akira: Bom dia, Sakura.
Sakura: Bom dia.
Keiichiro: O que há com Todo?
Sakura: Ele disse que tinha que ir para a escola cedo hoje. Parece que ele foi chamado pelo Sr. Saejima.
Keiichiro: Entendo.
Akira: Então, por que você não vem para a escola conosco? Nós agiremos como cavaleiros protegendo nossa princesa.
Sakura: Você não tem que ir tão longe.
Akira: Mas...
Sakura: Está tudo bem. Eu entendo.
(Há provavelmente rumores já se espalhando sobre o que aconteceu ontem.)
Terceiranista 1: Sério? Todo e Ryukai?
Terceiranista 2: Isso é loucura! Uma briga por uma garota...
Secundarista 1: Mas, sabe o quê? Eu aposto que aconteceu...
Secundarista 2: Oh, é. Aquela coisa com a Srta. Tanaka...
Secundarista 3: Então, o que você acha?
Secundarista 4: Meio sorrateiro da parte dele, você não acha?
Akira: O rumor se espalhou mais rápido do que eu pensei.
Sakura: O que você pode fazer? Até garotos de outras classes vieram observar a briga.
Keiichiro: Não se preocupe com isso. Tenho certeza que vai acabar numa semana.
Sakura: É.
(Estou certa de que depois de algum tempo passar...)
Srta. Tanaka: Yagami.
Sakura: ! Oh! Bom dia!
Srta. Tanaka: Oi. Você está livre depois da escola? Eu tenho algo que quero conversar com você.
Agora é depois da escola. Srta. Tanaka me leva a uma sala de aula vazia.
Srta. Tanaka: Sinto muito por chamar você novamente.
Sakura: Está tudo bem. De qualquer forma...
Srta. Tanaka: Eu queria conversar com você sobre aquele rumor. Eu ouvi que foi tão longe ao ponto de causar uma briga.
(Eu sabia...)
Embora eu tivesse uma vaga ideia do que ela queria, minha expressão se endurece mesmo assim. Além disso, essa era a pessoa que o rumor circulava, em primeiro lugar.
Srta. Tanaka: Por favor, não olhe para mim assim. Eu trouxe você aqui porque queria esclarecer um mal-entendido.
Sakura: Um mal-entendido?
Srta. Tanaka: É verdade que nós fomos a um hotel naquele dia.
Sakura: !
Srta. Tanaka: Mas nós apenas conversamos. Nós não fizemos nada como o que todos parecem suspeitar que fizemos.
(Mesmo assim...)
Eu sinto o sangue ficar frio em meus pés. Apesar desse fato, eu olho para ela e a encaro direto nos olhos.
Sakura: Então, para que você estava no hotel?
Srta. Tanaka: Eu o forcei a vir me encontrar. Eu apenas tinha que falar com ele, então liguei para ele de novo e de novo. Por fim, eu ameacei machucar o que era mais importante para ele se ele não viesse.
Sakura: *engole em seco*
(Ela foi assim tão longe!)
Srta. Tanaka: É claro, eu não tinha intenção de fazer tal coisa. Mas dizer isso conseguiu que ele viesse correndo rapidamente. Ele nunca pôs os pés num quarto.
Sakura: Huh?
Srta. Tanaka: Ele é teimoso, aquele garoto. Mesmo quando eu disse a ele que nada aconteceria, ele teimosamente ficou no corredor. Sem nenhuma outra opção restando, eu desisti e nós fomos tomar chá num café. Lá... nós conversamos sobre um monte de coisas.
Ela dá uma risadinha, e eu não tenho certeza de como reagir. Eu não consigo ler sua expressão.
Sakura: Você o ama tanto assim, huh?
Srta. Tanaka: O quê?
Sakura: Que você iria tão longe ao ponto de ameaçá-lo para ir até você...
Srta. Tanaka: É assim que parece?
Sakura: Sim.
Srta. Tanaka: Bem, eu acho que você poderia dizer que eu o amo, mas não era sobre isso. Acho que eu apenas queria me desculpar.
Sakura: Desculpar?
Srta. Tanaka: Sim. Eu queria me desculpar e superar o que aconteceu no passado. Eu não podia viver comigo mesma pensando que ele achava que eu pretendi machucá-lo.
Sakura: ...
Srta. Tanaka: Sabe, ele me disse sobre você. Sobre como você chorou por ele.
(Eu chorei?)
Sakura: Oh...
(Oh, sim. Naquela vez... Quando ele foi chamado ao escritório pelo diretor e suspenso da escola.)
Srta. Tanaka: Porque você chorou tão sinceramente... Porque você reclamou como não queria que outros pensassem mal dele... Ele me disse que pela primeira vez em sua vida... ...ele pensou que deveria começar a tomar melhor conta de si mesmo.
(Rei? Sério?)
Srta. Tanaka: Não acredita em mim?
Sakura: Uh, quero dizer...
Srta. Tanaka: É a verdade, sabe. Era como se ele estivesse abrindo seu coração e me incluindo num segredo muito importante.
Sakura: ...
Srta. Tanaka: Foi quando finalmente me ocorreu. O que eu fiz por ele, na verdade eu fiz tudo por mim mesma.
Sua voz vacila enquanto ela fala.
Srta. Tanaka: Eu não tentei o proteger quando os rumores começaram a circular. Ao invés, eu escolhi me distanciar dele.
Sakura: ...
Srta. Tanaka: Apesar de eu dizer que foi tudo por ele... ...a verdade é, eu fiz tudo por mim. Para proteger minha posição como uma professora e um membro da sociedade.
Sakura: ...
Srta. Tanaka: É por isso que ele seguiu em frente de mim. Suas lágrimas moveram o coração dele.
(Srta. Tanaka...)
Srta. Tanaka: Isso é tudo que eu queria lhe dizer. Tenho certeza que você apenas ouviu o mínimo de Rei. É por isso que eu queria ter certeza de que você soubesse da real verdade. Yagami... Tome conta dele para mim.
Ela sorri gentilmente. Eu não sei mesmo como reagir. Eu penso em como quero vê-lo novamente. Espero que seja em breve... Quando eu abro a porta para o telhado, eu vejo uma figura familiar deitado no banco. Eu ando na direção dele quietamente e o chamo suavemente de trás.
Sakura: Rei...
Rei: Oh, é você.
Com um leve sorriso, ele aponta na direção de um lugar vazio com seu queixo. Quando eu me sento, ele se move em minha direção.
Sakura: O quê? De novo? Você certamente gosta de deitar nos colos das pessoas.
Rei: Só no seu.
Sakura: É mesmo. É por isso que você disse que me ama... Por causa do meu colo.
Rei: É.
Ele está mentindo.
(Eu sei melhor. Eu sei o que você disse sobre mim.)
Mas é um segredo. Porque ele mesmo não me disse.
(Tenho certeza ele mesmo me dirá. Um dia...)
Sakura: Ei, Rei...
Rei: O quê?
Sakura: Você estava certo.
Rei: ...
Sakura: Eu te amo.
Rei: Hmph.
Sakura: O quê? É isso? Você é o primeiro para quem eu disse isso.
(Mas o quê...)
Sakura: !
Sua resposta vem numa forma que eu nunca teria esperado. Era um pouco forte, mas gentil...
(Rei...)
Uma torrente de sentimentos flui de seus lábios. Calor, doçura... E seu amor...
(É amargo, mas doce...)
Rei: Que tipo de rosto é esse?
Sakura: É-É porque... ...essa é a minha primeira vez para tudo isso.
Rei: Você quer dizer beijar?
Sakura: Isso também, mas... ...também estar apaixonada.
Rei: Hmph.
Sakura: ...
Rei: ...
Sakura: Você não vai dizer?
Rei: O quê?
Sakura: Hoje, você não vai dizer... ...que me ama?
Rei: O quê? Aquilo não demonstrou meu ponto?
Sakura: Demonstrou! Mas...
Rei: Mas?
Ele enrola uma mecha de meu cabelo que estava ao lado de minha bochecha com a ponta de seus dedos. Ele parece estranhamente satisfeito.
Sakura: Você não está sendo justo!
Rei: Hm?
Sakura: Você é o único aqui que não está nervoso.
Rei: Isso não é verdade.
Sakura: É sim!
Rei: Estou te dizendo, você está errada.
Sakura: Então... Hoje não é bom?
Então, usando o cabelo enrolado ao redor de seus dedos, ele me puxa para mais perto.
Sakura: O quê?
Rei: Incline-se.
Sakura: Ok... ...!
Bem então, ele diz três palavras que eu tenho certeza que nunca esquecerei em minha vida. Depois daquilo, nós beijamos por um longo, longo tempo...
Esse foi um dos finais da rota do Rei. Até a próxima! :)

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