Seduce Me: Diana (parte 3)
Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais Seduce Me. Essa é a parte final da rota da Diana. Espero que gostem! :)
Eu encarei Diana enquanto ela sorria para mim com olhos tristes. Ela realmente não queria se casar com eles. Estava praticamente pintado por todo seu rosto.
-Não dizer nada.
-Você não deveria ter que se casar com alguém que não ama. {+Diana}
O rosto de Diana mudou para um de surpresa enquanto ela me olhava. Eu estava sendo honesta, porém. Ela não deveria ter que se casar com alguém para proteger um reino.
Mika: Seria seguro, sim, mas você estaria infeliz. Você pode viver consigo mesma sabendo disso?
Diana: Eu prefiro estar infeliz a ver meu reino queimar até o chão. Além disso, como a noiva do próximo Lorde Demônio, eu teria a habilidade para mudar as coisas. Eu poderia desfazer seus exércitos, trazer paz para as Planícies Abissais.
Mika: Mas e sobre o amor?
Diana: Amor...?
Diana olhou para seu colo e suspirou.
Diana: Amor não pode existir para mim. Eu sou a súcubo mais poderosa no mundo dos demônios. Qualquer um que fosse atrás de mim apenas estaria encantado pelo meu poder.
-Acho que você está certa.
-Eu não estou. {+Diana}
Diana riu, fazendo-me corar um pouco. Eu estava sendo honesta e aqui ela estava rindo das minhas palavras.
Diana: Você é uma humana, querida. Não consegue saber quando estou usando meus poderes ou não. Eu poderia estar os usando agora, te deixando interessada em mim para confiar em mim.
Mika: Mas você não está, está?
Diana, então, se silenciou. Ela me encarou, sabendo que seu silêncio me daria minha resposta. Eu sorri para ela.
Mika: Você gosta de mim~
Diana: Q-Quê?
Mika: Você gosta de mim! Você definitivamente gosta de mim!
Diana: Eu não gosto! Estou meramente cumprindo minha parte do acordo!
Eu senti vontade de provocar. Ela estava sendo legal comigo e não estava usando seus poderes em mim porque ela gostava de mim. Era óbvio demais!
Mika: Você gosta de mim! Você gosta de mim! Você gosta de m-
O que eu não esperava era que ela pegasse minha mão e me forçasse para mais perto dela. Um mero centímetro separava nossos lábios, mas o olhar de Diana em minha alma fez minha mente ficar em branco. Eu mal me lembrava do que estava falando. Diana permaneceu me segurando. Eu não lutei. Ela encarou em minha alma e eu permiti. Eu estava preocupada e ao mesmo tempo... eu estava intrigada. Diana era de fato uma bela mulher. Vê-la de perto fez meu rosto ficar levemente vermelho em embaraço. A qualquer momento, ela poderia se inclinar e me beijar, talvez até mesmo tomar minha energia. Entretanto, ela não o fez.
Diana: Você... é interessante... para uma humana...
Ela então me soltou e me encarou, observando enquanto eu a encarava de volta com um rosto avermelhado. Eu gostava dela? Eu balancei minha cabeça. Sem chance. Aquilo era impossível. Nós só estávamos num acordo de negócios. Nada mais.
Diana: Há mais alguma coisa que você queria saber?
Eu a encarei enquanto pensava. Havia outra coisa que eu queria saber? Minhas memórias estavam confiscadas afinal, então tudo estava em disputa. Mesmo assim, eu não conseguia pensar numa única pergunta para fazer... Aquilo era tudo que eu desejava saber? Não. Não havia mais nada que eu precisasse saber. Eu me senti satisfeita.
Mika: Não. Isso deve ser tudo.
Diana: Eu entendo.
Diana se levantou e ajustou a barra de seu vestido antes de sorrir para mim. Eu mal percebi quanto tempo tinha passado entre nós. Parecia ter sido uma eternidade, mas eu gostei de aprender mais. Eu me senti mal que tinha que perder minhas memórias. Entretanto, aquele era nosso acordo e, de acordo com Diana, demônios nunca voltam atrás em sua palavra.
Diana: Bem, se você não se importa, há um lugar que eu preciso visitar e prefiro visitá-lo agora a depois que tomar suas memórias. Eu estarei ausente da área por bastante tempo, de qualquer forma.
Mika: Hã? Onde você precisa ir??
Diana: Um cemitério. Há algo que eu preciso fazer lá. É entediante, infelizmente, mas eu preciso fazer isso. Você precisa vir junto para que eu possa te vigiar.
Por que ela precisava ir ao cemitério? Ela tinha um amigo humano a quem precisava dizer adeus? Ela tinha que se encontrar com outro demônio?
Mika: Claro. Deixe-me--
Diana: Não precisa ficar arrumada. É apenas uma breve visita.
Diana estalou seus dedos e o mundo derreteu em escuridão. Eu me levantei e andei para estar ao lado de Diana, incerta do que estava acontecendo. Por que o mundo não estava girando ao invés? O giro era um truque que ela fez? Eu me senti clicar meus dentes em irritação daquele pensamento. Logo, o mundo ficou preto em cor e nós estávamos de pé num campo que de alguma forma eu reconhecia. Eu olhei para baixo e me arrependi. Aos nossos pés estava o túmulo do vovô. Estava intocado e tão limpo quanto quando eu me lembrava de vê-lo pela última vez. Por que estávamos aqui?
Diana: Aqui estamos.
Mika: Aqui...?
Eu encarei Diana enquanto ela murmurava uma pequena encantação sob sua respiração. Em suas mãos formou um pequeno vaso com lilases roxas. Ela gentilmente se ajoelhou e as colocou ao lado do túmulo.
Diana: Eu tinha que pagar meus respeitos a este homem.
Mika: ... Por quê? Você era uma amiga dele?
Eu precisava saber. Minha mente começou a gritar. Alguma coisa não estava certa. Por que ela o conhecia? Como ela sabia que ele estava morto? Qual era seu relacionamento? O que estava acontecendo?
Diana: Não. Eu não era uma amiga dele. Eu nem mesmo o conhecia.
Mika: Então, por que você está dando flores a ele?
Diana: ...
Minha mente começou a berrar mais alto em minha cabeça. O que era? Por quê? POR QUÊ?
Mika: Diana. Por que você está dando flores a ele?
Diana: Você não precisa saber. Eu duvido muito que você conhecia este homem--
Mika: Sim, eu conheço.
Diana me encarou com olhos arregalados, uma mistura de medo e surpresa misturados em seus olhos. Meu coração começou a se apertar fortemente em meu peito. Por que ela estava olhando para mim daquele jeito?
Diana: Como você o conhece?
Mika: Responda minha pergunta.
Diana: Como--
Mika: EU DISSE RESPONDA MINHA PERGUNTA!!!
Eu não pude segurar minha voz. Eu precisava ouvir a resposta dela e não queria ouvir mais nada. Qualquer coisa além de sua resposta iria me deixar furiosa. Diana olhou para o túmulo, soltando um pequeno suspiro. Meu coração se apertou mais. Responda-me. Eu precisava da resposta.
Diana: Este homem ajudou os rapazes a virem para o mundo dos humanos. Ele abriu uma ponte e os deixou atravessar antes de selá-la com uma parte de sua força vital...
Havia mais. Eu sabia que havia mais. Eu permaneci quieta enquanto ela respirava fundo.
Diana: Eu tinha vindo visitar seu castelo um dia e quando eles me disseram que os rapazes tinham sumido, eu fiquei frenética. Sem o casamento de contrato, o Lorde Demônio teria tido a liberdade para marchar ao meu reino e conquistá-lo. Eu não podia deixar isso acontecer. Então, eu tentei encontrar um caminho para cá. Eu procurei pelo castelo durante minha breve visita, tentando descobrir onde os rapazes foram... Eu encontrei. Este homem deixou para trás um pequeno traço de seu feitiço, pequeno o suficiente para não ser detectado pelos habitantes do castelo.
Diana olhou para mim, uma expressão de dor em seu rosto que fez meu já dolorido coração sentir que estava sendo perfurado por agulhas.
Diana: Magia demoníaca é melhor com consentimento... mas toma mais energia quando forçada... Então, numa necessidade cega, eu relancei o feitiço e usei a força vital daquele homem para abrir a ponte mais uma vez e selá-la completamente quando atravessei. Eu não sabia que estava tomando o resto da vida dele.
Ela...
Diana: Quando a ponte fechou, o homem já tinha falecido. Ele estava visitando alguém num hospital próximo, então quando eu fui embora para encontrar os rapazes, os funcionários tinham o encontrado e tentado revivê-lo. Eu não queria tomar a vida dele. Eu pensei que ele era um homem mais jovem. Eu não sabia que ele era tão velho quanto era.
Ela...
Diana: É minha culpa que este homem está morto, mas eu precisava vir ao mundo dos humanos e ele era minha única chance para me aproximar o suficiente para rastrear os rapazes.
Mika: Você...
Diana ficou tensa e me encarou. Seu rosto estava pintado com arrependimento e tristeza, algo diferente de seu eu habitual.
Mika: Você matou meu avô...
Diana: Seu... Seu avô...?
-Atacá-la.
-Correr. {+Diana}
Eu precisava ir embora. Eu precisava ir. Eu rapidamente me virei e corri, ouvindo Diana me chamar de trás.
Diana: ESPERE!
Eu corri. Não olhei para trás. Não podia olhar para trás. Ela começou tudo isso. Foi ela quem virou meu mundo de cabeça para baixo. Ela era a razão por esse caos no qual eu estava. Ela levou meu avô embora. Eu corri pelos portões do cemitério e pelas ruas para minha casa. Dessa vez, o mundo estava em câmera lenta e eu era aquela indo em ritmo acelerado. Eu não me importava com o que estava acontecendo ao meu redor. Eu só precisava correr. Meu coração começou a congelar em meu peito, dolorido pela sensação de agulhas e facas perfurando-o. Lágrimas estavam correndo para baixo por meu rosto, mas eu sabia para onde eu estava correndo. Eu corri pelos portões frontais da minha casa e disparei para dentro. Eu subi rápido as escadas e corri para dentro de meu quarto. Quando bati a porta atrás de mim, comecei a chorar violentamente. Eu me inclinei contra a porta e deslizei ao chão, chorando. Meu mundo estava desmoronando e eu não gostei. Meu mundo estava despedaçado e eu não queria. Tudo o que eu podia fazer, no entanto, era chorar. Meu coração me negou de pensar sobre qualquer outra coisa. Eu chorei. Eu continuei a chorar. Eu deixei meu coração se esvaziar de sua dor com cada lágrima que desceu por minhas bochechas.
Mika: Waaaaaaahhhh!!!!
Meu grito ecoou por meu quarto, quicando e reverberando para minhas orelhas. Eu não me importava se doía ouvir. Eu não me importava com mais nada. Tudo com o que eu me importava era chorar. Eu me encolhi numa bola e chorei. Eu nem mesmo sabia quando desmaiei. Não me lembrava de fechar meus olhos e deixar a escuridão me tomar. A escuridão era reconfortante. Senti minha tristeza dormente dentro dela. Não havia realidade naquela escuridão para me assombrar ou me machucar. Eu queria ficar dentro dela para sempre. Entretanto, meu corpo me forçou a abrir meus olhos. Eu vi o quarto focar ao meu redor e percebi que estava encarando o teto. Eu estava na cama sob meus cobertores. Eu me sentei e olhei ao redor, parando para ver Diana se inclinando contra a janela da varanda olhando para longe de mim. Por que ela estava aqui? Por que ela me carregou para cama? Eu senti minha raiva querendo se pronunciar contra Diana, mas notei inchaço ao redor de seu olho visível. Tinha ela estado... chorando? Vendo seu olho injetado de sangue e inchado me deixou completamente ciente de meus próprios olhos e quão secos eles tinham se tornado depois de chorar. Eu esfreguei meus olhos e soltei um suspiro trêmulo.
Diana: Sinto muito.
Eu encarei Diana. Meu coração não queria ouvir, mas eu a deixei falar.
Diana: Eu não queria vir aqui em primeiro lugar. Eu apenas pensava em trazer os rapazes de volta para proteger meu reino, então todo o resto se tornou secundário. Eu não pretendia tomar a vida dele.
Mika: ... Mas você tomou.
Diana: Eu tomei. Não posso pedir por perdão, mas ainda sinto muito.
Mika: ...
Diana: Se eu pudesse voltar no tempo, encontraria outra forma. Eu--
Mika: Sabe... é por sua causa que eu conheci os rapazes...
Diana: Hã?
Eu olhei para meu colo coberto por lençóis. Me lembrei do funeral, a mudança, o encontro com os rapazes. Tudo me veio de uma vez e agora eu tinha a peça do quebra-cabeças que encaixava tudo junto.
Mika: Se meu avô não tivesse morrido, ele ainda estaria vivendo aqui e seria ele tomando conta dos rapazes ao invés de mim. Mas... ele morreu e me deu seu estate, então eu vim e os encontrei pela primeira vez.
Eu olhei para Diana, vendo seu rosto triste. Eu podia dizer que ela realmente se arrependia de sua escolha e estava chateada. Eu não podia sentir nenhum engano nela.
Mika: Acho que tenho que te agradecer por me apresentar a eles e para a magia... Já que meu avô não poderia fazer isso ele mesmo, de qualquer forma...
Diana olhou para baixo, pressionando seus lábios juntos e fechando seus olhos.
Diana: Eu... Eu preciso tomar suas memórias agora.
Mika: ...
Diana: Um acordo é um acordo. Eu cumpri minha parte e te disse tudo. Eu não tinha nada restando para lhe dizer e você não pode manter essas memórias.
Mika: ...
Eu não falei. Eu observei enquanto Diana discutia no ar sobre tomar minhas memórias. Parecia que ela estava agora duvidando do acordo, não querendo tomar a verdade de mim. Eu queria que ela tomasse? Essa era minha chance para retornar para a ignorância. Eu nunca me lembraria de que ela tomou a vida do meu avô. Eu nunca me lembraria de tudo que ela me mostrou e me ensinou. Eu retornaria para a normalidade.
-Tome minhas memórias.
-Não tome. {+Diana}
Diana me encarou, uma expressão de quase desespero em seu rosto. Eu, entretanto, mantive meus olhos nela.
Mika: Você tomou meu avô. O que te dá o direito de tomar minhas memórias?
Diana: M-Mas eu--
Mika: Eu não terminei de falar.
Diana calou sua boca, ouvindo obedientemente. Eu precisava expor meus pensamentos. Ela não tinha o direito de tomar nada. Eu sabia a verdade agora e aquilo era tudo que importava para mim. Que se danem as regras.
Mika: Eu mereço me lembrar de tudo. Eu fui jogada nessa bagunça por sua causa. Ninguém tem o direito de tomar nada de mim.
Diana deu um passo em minha direção e eu estava pronta para discutir com ela. Entretanto, ela gentilmente se inclinou sobre mim e correu uma mão por minha cabeça.
Diana: ...Tudo bem.
Mika: Quê?
Diana: Eu não tomarei suas memórias...
Eu a encarei em choque. Ela estava falando sério? Diana sorriu para mim e se levantou novamente.
Diana: Você está certa. Você merece saber de tudo. É o mínimo que posso fazer.
Eu me senti quase radiante. Ela concordou comigo. Isso era muito importante! Eu ainda não perdoei Diana, mas era melhor saber que ser deixada na ignorância. Eventualmente, eu seria capaz de superar. Até então, Diana estava disposta a ficar e me ensinar a vida que meu avô conhecia em redenção. Era alguma coisa.
Diana: Volte a dormir e eu lhe ensinarei mais de manhã. Eu ficarei mais alguns dias até você saber de tudo.
Alguma coisa parecia estranha, mas eu assenti, sentindo exaustão me dominar novamente. Era natural? Eu não sabia. Minha cabeça começou a girar e eu precisava de mais descanso. Diana gentilmente me deitou de volta e moveu cabelo de meu rosto.
Diana: Descanse.
Como se de um feitiço, eu fechei meus olhos e caí de volta numa escuridão inconsciente. Meu coração estava curando e levaria tempo para curar. Felizmente, ele tinha tempo agora para curar e ficar mais forte. Diana obedeceu minha palavra e ficou comigo. Ela já me devia tanto e ficou comigo por uma boa semana. Dentro dessa duração de tempo, ela não apenas me ensinou tudo que podia, mas também me ajudou a aprender um pouco de minha própria magia escondida. Eu mal podia acreditar. Eu tinha magia demoníaca correndo por minhas veias e poderia usá-la a qualquer momento. Se eu tivesse aprendido sobre como usar meus poderes mais cedo, eu seria tão forte quanto um demônio. Diana explicou que humanos que descobrem magia demoníaca atraem energia demoníaca e têm o potencial de usar um pouco dela bem como demônios, mas seu poder completo só pode ser desbloqueado no mundo dos demônios. Sendo que meu avô passou quase sua vida inteira aprendendo sobre magia demoníaca, sua energia carregou por meu pai, então para mim. Quando meu pai deixou meu avô, sua energia diminuiu, mas quando eu vim para a casa, a minha começou a crescer. De acordo com Diana, eu não deveria ter tanta energia quanto eu tenho... Acho que eu era sortuda. Tudo era fascinante. Eu senti ondas de empolgação e energia correrem por meu corpo. Eu estava ciente da energia que tinha e a magia ao meu redor. Eu podia até sentir a energia de Diana, tão poderosa quanto era. Uma noite, porém, enquanto eu dormia, Diana começou a vacilar.
Diana: O que estou fazendo...?
Eu ouvi Diana murmurar, acordando-me de meu sono. Eu abri meus olhos e espiei sobre meus cobertores para ver Diana olhar para fora de minha janela. Ela parecia cansada e inquieta.
Diana: Eu preciso pegar os rapazes e retornar para casa. Meu reino está em perigo... ugh... Talvez eu devesse chamar um anjo...
Meu coração congelou. Ela poderia chamar um anjo. Ele iria me batizar e me fazer esquecer tudo. Eu entrei em pânico, mas ouvi Diana suspirar.
Diana: Mas ela... ela faz sentido... Por que eu deveria me casar para proteger meu reino...? Eu deveria ser capaz de... bem... eu iria?... Ugh... Eu contra o exército inteiro do Lorde Demônio. Não sou assim tão forte...
Eu lentamente me sentei, olhando para Diana parada. Ela parecia apenas focar sua atenção para fora da janela, indiferente de minha ascensão.
Diana: Ela é forte, porém... A magia nas veias dela me venceria esta guerra... Ugh! Mas eu não posso tomar a magia dela. Eu... me importo demais com ela, mas ela é apenas uma humana! Mas...
Diana suspirou e abriu a janela.
Diana: Eu preciso ir embora. Eu tenho que lutar contra ele por mim mesma. Eu usarei o resto da minha energia para voltar e com esperança me recuperar quando chegar lá. Eu espero que ele já não atacou ou está pronto para mim...
Diana saiu da janela e ficou de pé na varanda. Ela realmente estava indo embora? E quanto a mim? Ela iria me deixar? E quanto a me ensinar tudo? Minha curiosidade estava bicando novamente e eu precisava dela aqui. Eu não sabia o que me atraiu para ela, mas eu rapidamente saí da cama e corri para a varanda.
Mika: ESPERE!
Diana se virou e me encarou em surpresa. Entretanto, ela apertou suas mãos em punhos e se virou de volta.
Diana: Volte para cama. Eu preciso ir.
Mika: Mas você--
Diana: Eu preciso ir! Eu voltarei algum dia, mas preciso proteger meu reino. Sem os rapazes, ele vai atacar a qualquer momento e eu preciso me preparar ao invés de desperdiçar meu tempo aqui!
Eu não podia acreditar. Ela realmente estava querendo ir embora. Eu a ouvi. Ela não estava confiante sobre a vitória. Ela provavelmente não poderia vencer se ele fosse tão poderoso quanto ela dizia. Eu nunca a veria novamente.
Diana: Tome conta dessas memórias enquanto eu estiver ausente. Você precisa mantê-las em segredo a qualquer custo. Se anjos te encontrarem, eles irão--
Mika: Me leve com você!
Eu não podia acreditar no que saiu da minha boca. Diana se virou para mim, também surpresa por minhas palavras.
Diana: Quê?
Eu não podia me negar. Eu precisava preencher essa curiosidade e se Diana estava indo, eu iria com ela. Se eu estivesse com ela, talvez ela poderia vencer sua luta e então voltar ao mundo humano comigo. Uma aventura. Meu coração se sentiu alegre por alguma razão pelo pensamento.
Mika: Me leve com você. Eu te ouvi. Eu tenho o poder para te ajudar a vencer sua guerra. Eu te ajudarei e então você voltará comigo e me ensinará tudo.
Diana: Mas eu não mereço sua ajuda. Eu--
Mika: Eu demando como um acordo, demônio!
Diana se endireitou, me encarando em descrença. Eu quase não pude reconhecer minha própria voz.
Mika: Em redenção pela vida de meu avô, você me levará com você e me ensinará tudo. Eu irei então vencer sua guerra e, em retorno, você retornará comigo para o mundo humano para continuar me ensinando até eu ter aprendido tudo.
Diana encarou. Eu não podia dizer o que estava passando em sua mente. Ela estava zangada? Triste? Surpresa? Quando Diana fechou seus olhos e sorriu, eu senti uma onda de alívio me encharcar.
Diana: ...Uma língua de gelo... até mesmo quando encara o perigo...
Diana então olhou para mim e estendeu sua mão.
Diana: Venha, então. Ajude-me a abrir um portal e eu levarei você comigo.
Eu assenti e coloquei minha mão na de Diana. Por alguma razão, era uma boa sensação tocar sua mão assim. Ela iria me levar numa aventura da qual eu nunca me esqueceria.
Ela então gentilmente me puxou para ela e nós duas começamos a flutuar na direção do céu noturno. O abraço de Diana parecia seguro e eu me senti melhor dentro dele que fora dele.
Mika: Desculpe, vovô...
Diana olhou para mim e correu uma mão sobre minha bochecha.
Diana: Você não sabe o quanto isso significa para mim...
Eu aninhei na mão de Diana e fechei meus olhos. Diana gentilmente abaixou suas mãos para minha cintura, encarando-me enquanto eu abria meus olhos.
Diana: Você... me intriga...
Eu dei uma risadinha.
Mika: Você não quer dizer, “me seduz”?
Diana riu e sorriu para mim.
Diana: Sim. Você me seduz.
Eu sorri antes de gentilmente alcançar e beijar Diana suavemente. Ela encarou, surpresa, antes de fechar seus olhos e gentilmente retornar meu beijo. Não havia puxão de energia nem encantamento caloroso e fuzzy. Era um simples beijo. Foi o beijo que eu senti era perfeito com o qual começar minha aventura. O céu começou a derreter em escuridão enquanto Diana e eu nos beijávamos. Não era aquecido ou apaixonado, mas aquele beijo falava muitas línguas para mim. Diana gostava de mim e veio a se importar apenas um pouco comigo. Esse era o começo de alguma coisa? Talvez. Era cedo demais para dizer. Talvez nós encontraríamos romance no mundo dos demônios. Talvez não. Eu ainda tinha uma centena de batalhas para encarar, mil memórias para fazer, um milhão de histórias para escrever. Entretanto, essa era a mudança que eu precisava na minha vida. E aquele foi meu felizes para sempre.
FIM: “Minha Aventura - I”
Esse é o fim da última parte da rota da Diana em Seduce Me 1. Ansiosos para ver Diana em Seduce Me 2? Até a próxima! :)
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