[SWD] Blood in Roses: Alfred (capítulo 2)

Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais um capítulo do Alfred. Espero que gostem! :)


Mina: Alfred...
No momento que eu o vejo, eu me lembro do que estava tentando esquecer.
(...Que eu “vi” a gente se beijando.)
Assim que aquela cena se repete em minha mente, eu não sou mais capaz de olhá-lo diretamente.
Alfred: Estou entrando.
Eu assinto, mantendo meus olhos longe dele. No canto dos meus olhos, eu vejo Spade sair do quarto.
Alfred: Então aqui estava ele...
Mina: Você o conhece?
Alfred: ...Ele é o gato que vive aqui.
Dizendo isso, Alfred se vira para mim. Então, ele repentinamente parece chocado.
Alfred: O que é essa distância entre nós?
Mina: Distância?
Eu digo como se não soubesse o que ele está dizendo. Mas sei o que ele quer dizer. Eu tinha me movido para o canto mais distante do quarto enquanto ele estava observando o Spade sair.
(Quero dizer, não faço ideia de quando aquele beijo vai acontecer. É melhor eu não me aproximar dele.)
Alfred: Você está com medo de mim?
Mina: Não, não estou.
Alfred: Então por que você tenta se afastar de mim?
Passo a passo, ele se aproxima de mim. E eu recuo, passo a passo.
Mina: Oof...
(Não há mais nenhum lugar para ir...)
Minhas costas atingem a parede, e sou incapaz de me mover mais.
Alfred: Ah, é isso?
Alfred diz, entediado, centímetros distante de mim. Suas mãos lentamente descansam em minhas bochechas.
(Elas são tão frias...)
Enquanto estou surpresa por quão frias as mãos dele são, o rosto de Alfred se aproxima mais e mais.
(E-Ele vai me beijar...?)
Eu reflexivamente fecho meus olhos firmemente. Mas então eu sinto algo duro tocar minha testa.
Mina: Alfred...?
Quando eu abro meus olhos, encontro o rosto dele bem na frente do meu. ...O que significaria que sua testa estava tocando minha testa.
(Sua testa é tão fria e calmante... O que é essa sensação? Sua pele contra a minha está fria, e mesmo assim...)
Alfred: ...Você estragou tudo.
Mina: Quê? Alfred?
Eu estava quase prestes a me sentir confortável e quentinha, mas naquele instante, Alfred sai do quarto.
Mina: Sobre o que foi tudo aquilo...? Ele não é tão simples, é...
É o que eu digo para mim mesma enquanto me sento na cama. Eu percebo o quanto esse dia me deixou cansada.
(Eu estarei trabalhando a partir de amanhã. Eu deveria descansar um pouco.)
Sonolência me carrega para longe assim que eu me deito na cama.
Dia 2
Mina: *Suspiro*... Eu já me sinto um pouco cansada...
Eu comecei a trabalhar como uma faxineira no hotel. Embora a limpeza e tudo mais não eram nada mais difíceis do que eu tinha imaginado... Cada quarto que eu entrava estava cheio de surpresas. Apesar de haver hóspedes que se parecem iguais aos humanos, alguns deles têm orelhas e rabos como animais... ...E há alguns deles que se tornam transparentes e desaparecem bem na minha frente como fantasmas...
(Metade dos hóspedes aqui não são humanos, hein...)
Mina: Acho que isso é o que você esperaria de um hotel conectando os humanos e não-humanos.
Eu paro por um momento para fazer uma pausa. Enquanto eu olho para as armaduras alinhadas no corredor...
Mina: Ah!
Uma das armaduras repentinamente se curva para mim e começa a sair andando.
(Aquilo quase fez meu coração parar...)
Mina: Eu deveria apenas terminar minhas tarefas imediatamente e voltar ao meu quarto.
Com isso em mente, eu fico de pé na frente do próximo quarto.
???: Esse quarto não precisa de limpeza.
Mina: Oh?
Eu me viro para ver Raymond parado lá.
Raymond: O hóspede nesse quarto não vai se levantar por outros 50 anos. Só deixe-o em paz.
Mina: 50 anos...?
Raymond: Entendido? Agora passe para o próximo quarto.
Mina: ...Entendido, senhor.
Raymond não parece que vai aceitar quaisquer perguntas, então eu faço como ele diz.
Mina: Alfred...?
No caminho para meu quarto depois que terminei todas as tarefas do dia, eu percebo o Alfred.
(O que ele está fazendo aqui...? Ele está pegando pequenos pacotes de seu bolso...)
Quando eu me aproximo dele, eu vejo que ele está alinhando pequenos pacotes de doce na janela. Bem do lado dos doces Spade está deitado, dormindo.
Mina: Alfred, o que você está fazendo?
Alfred: ...?! Essa é a minha pergunta!
Alfred parece envergonhado por alguma razão.
Mina: Estou a caminho do meu quarto. Terminei minhas tarefas.
Alfred: Então vá logo para o seu quarto.
Mina: Você não vai me dizer o que está fazendo?
Alfred: ...Agora que eu penso nisso, esse cara está geralmente no seu quarto.
Depois de murmurar isso, ele olha para mim.
(É minha imaginação ou as bochechas dele estão um pouco vermelhas...?)
Alfred: ...Eu só pensei que deveria alimentar esse gato.
Mina: Alimentar o gato?
Eu olho para aqueles doces enquanto pergunto.
Mina: Você quer dizer que quer alimentá-lo com isso...?
Alfred: Algo errado com isso?!
Mina: Bem, nada está errado com essa intenção. Nada errado com ISSO, mas... Alfred, isso não é o que gatos comem.
Alfred: O que você quer dizer?
Mina: Isso é o que humanos comem. Como lanches, na verdade.
Eu pego um pacote na janela. Parece nada além de um pedaço de doce.
Alfred: Doces para humanos? ...Ah, aquele cozinheiro...
Mina: Gatos têm comida que eles preferem comer. Não importa quantos doces você ofereça, Spade não estará interessado.
Alfred: ...Então, você sabe muito sobre ele?
Mina: Sim. Acho que eu sei muito mais sobre ele do que você.
Ouvindo isso, Alfred olha em meus olhos.
(Acho que ele quer saber sobre gatos.)
Mina: Por exemplo, gatos têm um hábito de caçar coisas pequenas que se movem.
Alfred: Coisas pequenas que se movem...? Inclui isso?
Dizendo isso, Alfred estende seu relógio de bolso dourado que ele geralmente carrega em sua cintura para Spade.
Mina: Tente balançar.
Alfred: Assim...?
Spade abre seus olhos tediosamente no começo. No momento seguinte, seus olhos se iluminam.
Spade: Miau!
Spade brinca com o relógio dourado balançando da mão de Alfred.
(Tão fofo...)
Alfred: Eu nunca teria pensando em tentar isso...
Spade: Mi-AU!
Spade dá um soco de gato no relógio balançando loucamente.
Alfred: ?!
Em choque, Alfred derruba seu relógio no chão. A tampa do relógio abre e eu vejo um emblema misterioso.
Mina: O que é isso...?
Alfred: Isso é prova que eu sou um descendente de Harold.
Pegando o relógio, ele me diz.
Alfred: Eu prefiro falar sobre esse gato. Aquele foi um soco de gato, não foi? Eu nunca teria pensado que iria experimentá-lo... ...Mas parece que ele não vai mais brincar comigo.
Spade se enrolou novamente em seu sono.
Mina: Gatos são animais temperamentais. Mas Alfred...
(1)
Mina: *Risadinha*
Alfred: Do que você está rindo?
Mina: Sinto muito, mas eu só pensei que você tem um lado fofo...
Alfred: Eu? Fofo?
Mina: Sim. Quero dizer, você estava tão desesperado para ter a atenção de Spade.
Alfred: ...Cale-se.
Mina: Me encarar não vai mais funcionar.
Alfred: ...Eu vou calar sua boca para você, então.
Ainda encarando, Alfred se aproxima. Suas bochechas estão um pouco, mas obviamente, vermelhas.
Mina: Al--
Alfred: Ouça. Tudo que você tem que fazer é se calar e ser minha. Se você não entende, eu vou te fazer entender.
O rosto do Alfred se aproxima mais e mais. Ele pegou meu braço e eu não consigo escapar.
Mina: Pare!
Eu cubro sua boca com a mão que está livre.
Alfred: Mmph?!
Pego desprevenido, Alfred me deixa deslizar para longe.
Mina: É por isso que o Spade foge de você, porque você é tão insistente!
Alfred: Ei! Espere!
Mina: Não vou!
(Aquele rosto que ele fez lá mesmo...)
Enquanto eu me recordo, eu me encontro me divertindo, e subo correndo as escadas num cantarolar.
Mina: !!
Na metade das escadas, minha visão fica embaçada. A porta que eu “vejo” é diferente de qualquer outra porta que eu tinha aberto hoje.
(Que quarto é aquele? Eu me sinto tão... estranha.)
Eu espero a tontura passar, e começo a caminhar novamente. Alguns passos adiante...
Mina: Esse quarto é...
Eu vejo a porta que acabei de “ver”.
(Eu vou tentar entrar. Isso é uma despensa?)
É um cômodo com mesas, cadeiras e pequenas coisas espalhadas em todo lugar.
(Ninguém está usando...?)
Quando eu alcanço para o baú de ferramentas... Eu abro meus olhos cegados por uma luz brilhante, e me encontro em um cômodo diferente.
Alfred: ...Tatiana.
Alfred me chama.
(Tatiana...? Mas esse é...)
Eu conheço o nome. É o nome de minha distante ancestral, cuja história de morrer jovem e violentamente foi passada em minha família por gerações.
(Tudo que eu sei é seu nome, porém...)
Harold: Tatiana.
O homem ao lado de Alfred me chama, também.
(Esse é o homem no retrato... Eu fui dita que ele era o pai dos vampiros.)
Mina: Harold. Então você estava com o Alfred.
(Eu acabei de dizer isso...?)
É uma experiência muito estranha.
(É como se minha consciência foi tomada por ela.)
Mina: Você ainda fica nervoso perto de mim, não é?
Alfred: Eu não tenho nenhuma intenção disso.
Mina: Mentiroso...
Eu lentamente me aproximo de Alfred e alcanço por suas bochechas.
Alfred: O que você está--
Então, eu coloco minha testa na dele.
Mina: Isso te deixa relaxado, não é?
Alfred: Tanto faz...
Mina: Está tudo bem. Não tenha medo...
Sou eu, mas não sou eu. É uma voz realmente gentil dizendo isso a ele. A ação dela me recordou de algo.
(Então é por isso que Alfred colocou a testa dele na minha... ...Para me fazer relaxar.)
Isso deve ser uma visão do que Alfred experimentou.
(Mas... Por que ele tentou me fazer relaxar?)
Ele não parecia nada que estava se importando com como eu me senti naquele momento. Ele era tão forçável.
(Alfred e minha ancestral se conheciam...? Como Tatiana está relacionada a esse castelo...?)
Enquanto eu pondero esses pensamentos, uma luz brilhante me envolve novamente.
(Parece que estou de volta na despensa... O que foi aquilo agora há pouco? Acho que aconteceu quando eu tentei tocar nesse baú de ferramentas...)
Eu toco no baú de ferramentas novamente, esperando que aconteça novamente. Nada acontece. Confusa, eu volto para meu quarto.
Mina: Spade... Parece que ele não está aqui.
(Eu queria dizer a ele sobre Tatiana, no entanto... Onde ele poderia estar...?)
Pensando isso, eu ouço uma batida. Aquele jeito particular de bater vem de apenas uma pessoa.
(Que timing perfeito. Eu precisava perguntar a ele algumas coisas.)
Eu abro a porta para ver Alfred, como esperado.
Alfred: Oh, você não vai ficar no canto de novo?
(Oh...)
Aquelas palavras me recordam do beijo que eu “vi”, mas tenho assuntos mais importantes para discutir.
Mina: Alfred, você conhece a Tatiana?
Alfred: O que é isso de repente?
Ele parece um pouco surpreso. Não me importando, eu continuo.
Mina: Eu vi você, o homem no retrato, e uma mulher chamada Tatiana em um cômodo misterioso.
Alfred: ...Quarto 333. Esse é o quarto onde você pode ver o passado.
Mina: O quarto onde você pode ver o passado... Bem como eu pensei.
(Eu estava certa. Aquilo foi o que realmente aconteceu no passado...)
Mina: Aquela mulher é minha ancestral Tatiana? Como você e ela estão relacionados?
Alfred: São muitas perguntas.
Mina: Eu quero saber. Se você sabe, me diga. A única coisa que eu sei sobre Tatiana é que ela é minha ancestral de muito, muito tempo atrás. ...E que ela encontrou um fim trágico.
Alfred: ...Você está certa. Você é descendente de Tatiana. E Tatiana era uma bruxa que era amante de Harold. Havia uma rosa florescendo nesse castelo chamada Rosapast. Quem a fez foi Tatiana.
Mina: Fez...?
(Poderia ser que a rosa especial da qual Spade estava falando?)
Spade: Você tem dez dias restantes. Encontre o Jardim das Rosas em algum lugar desse castelo dentro desses dez dias. Rosas florescendo nesse castelo têm um poder mágico. O orvalho da noite vai purificar você da maldição vampírica.
Mina: Onde está o Jardim das Rosas? Eu gostaria de ver Rosapast.
Alfred: ......
Mina: Alfred?
Alfred: O Jardim das Rosas tem sua própria vontade. Somente vai se mostrar para quem ele quer. ...Você não será capaz de vê-lo tão facilmente.
Mina: ...Entendo. Diga, Alfred. Você vai me dizer mais sobre Tatiana e outros? Eu pareço com a Tatiana?
Alfred olha silenciosamente para mim.
Alfred: Eu diria que sim. Sua beleza se assemelha à de Tatiana.
Mina: Você acha que eu sou linda?
Alfred: N-Não, deixa pra lá!
Mina: *Risadinha* Obrigada.
Alfred: E-Eu não disse nada para ser agradecido!
Mina: ...Ei, Alfred. Obrigada por conversar comigo. E...
Alfred: E o quê?
Quando eu paro na metade da frase, Alfred espera minha resposta, olhando em meus olhos.
Mina: Quando você colocou sua testa na minha... Você fez isso para me fazer relaxar, certo?
(Apesar que eu pensei que ele fosse uma pessoa assustadora e arrogante no início... Depois de algum tempo juntos, eu sei que ele não é assim lá no fundo.)
Alfred: N-Não me entenda errado, certo?
(Embora ele não seja bom nisso, pelo menos ele tenta me fazer relaxar... E ele tenta muito fazer amizade com o Spade...)
Alfred: Não é como se eu quisesse que você relaxe, é só que...
(E embora ele tenha uma língua afiada e não seja tão gentil...)
Mina: Bem então, o que é? Por que você fez aquilo comigo?
Alfred: Eu quero...
Alfred se aproxima de mim, pouco a pouco.
Mina: Você quer...?
Eu sinto a respiração de Alfred tão perto de mim.
(Ele está tão perto de mim, e mesmo assim não sinto que quero recuar...)
Alfred: Eu quero--
Embora nós estejamos tão próximos um do outro ao ponto que nossos lábios podem se encontrar, eu não consigo desviar meus olhos dele.
Dia 2 (1/2)
Alfred e Spade foram realmente engraçados juntos hoje.
Oh! Eu tenho um monte de informações novas hoje, então é melhor eu organizá-las.
Sobre “Harold e Tatiana”:
Harold é o pai dos vampiros e o primeiro vampiro que apareceu no mundo.
Harold está atualmente desaparecido?
Tatiana, uma bruxa, é minha ancestral. De acordo com minha árvore genealógica, eu não estou na linha direta de seus descendentes, mas na linha de sua irmã. Ela foi executada quando ainda era jovem, então eu assumo que ela não tinha filhos.
Harold e Tatiana eram amantes!
Eu também descobri que...
Dia 2 (2/2)
Sobre “Rosapast”, as rosas florescendo no Jardim das Rosas:
O Jardim das Rosas tem sua própria vontade. Somente vai se mostrar para quem ele quer.
Eu posso sair daqui como uma humana contanto que beba seu orvalho da noite.
Tatiana fez Rosapast.
Eu fui guiada para cá por causa de Tatiana?
Esse é o fim do segundo capítulo do Alfred. Até a próxima!

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