[SWD] Blood in Roses: Alfred (capítulo 9)
Dia 9
Quando Alfred e eu entramos no escritório do gerente, Rupert esteve nos esperando com Raymond.
Rupert: Eu pensei que nós precisávamos de uma testemunha para o duelo, então eu pedi ao Raymond. Quem mais eu poderia pedir?
Alfred: Claro, sem problema.
Raymond: É um pouco problemático... mas me ter vigiando tudo é a vontade de Harold. Eu certamente vou tomar o papel de sua testemunha.
Rupert: Obrigado, Raymond.
Quando Rupert sorri, o cenário nos cercando rapidamente muda.
(Esse cenário...)
Eu vejo um cenário quieto onde casas estão alinhadas com um rio correndo através, que me lembra um pouco de meu vilarejo...
(Eu já vi isso antes. Quando Rupert veio e me ajudou nesse cômodo, eu vi esse cenário, também...)
Rupert: Se eu perder, eu devolverei seu pingente, Mina. Se eu vencer, você garantirá meu desejo. Essa é a premissa de nossa negociação. Eu pensei que seria melhor te dizer meu desejo antes do duelo. Meu desejo é, para simplificar... destruir esse castelo.
Mina: Rupert...?
Rupert: Eu quero ser livre de minha vida confinada nesse castelo. Eu já tive o bastante dessa vida apenas sendo capaz de ir ao lado de fora nos livros que li. Então, eu me tornarei o herdeiro de Harold, murcharei o Jardim das Rosas, e destruirei esse castelo, que está me prendendo. Irônico, não é? O único jeito de adquirir liberdade é me tornar o herdeiro de Harold. De outra forma, não posso me aproximar de Rosapast. O único jeito de me libertar desse castelo me prendendo é murchar Rosapast, quem está o governando. Meu mundo inteiro é governado pela mera rosa. Esse vilarejo é onde eu quero visitar primeiro. Eu quero tocar a água correndo no rio...
(Eu entendo que ele queira viver livremente, mas...)
Alfred: ...Eu meio que sabia que você esteve aspirando pelo mundo de fora o tempo inteiro. Mas é absolutamente inaceitável murchar Rosapast.
Rupert: Eu sei, Alfred. Rosapast é sua única amiga e ela sempre vem primeiro em sua mente.
(Sempre vem primeiro na mente de Alfred... Então, a Nº1 do Alfred que Rupert estava falando é...)
Rupert: Você quer salvar a rosa, e eu quero destruí-la. Eu sempre soube que isso aconteceria eventualmente. ...Não. Eu deveria ter forçado você a obedecer minha vontade há muito tempo.
Com essas palavras, Rupert bate no chão várias vezes com sua bengala.
(A bengala se transformou numa rapieira...)
Rupert: Devemos começar?
Rupert prepara a rapieira na direção de Alfred.
Alfred: Pode vir.
Assentindo, Alfred pega um chicote em sua mão ao invés de sua habitual chibata.
Mina: ......
(Eu não quero vê-los machucar um ao outro. Mas não acho que posso impedi-los de lutar...)
Alfred: Mina, fique aqui com Raymond.
Mina: ...Claro.
(Eu quero ficar ao lado de Alfred. Mas não posso ficar em seu caminho também... Eu deveria pelo menos testemunhar a luta deles.)
Mina: Alfred, eu acredito em você...
Dizendo-o a mesma frase de ontem mais uma vez, eu deixo Alfred.
Rupert: Faz um tempo desde que tivemos nossa última disputa.
Alfred: ...Eu vencerei hoje.
Rupert: Veremos!
De repente, Rupert ataca Alfred com sua rapieira.
Alfred: !!!
Alfred desvia a ponta da rapieira por um fio de cabelo. Colocando-se longe de Rupert, ele maneja o chicote. Com um som estridente cortando através do vento, o chicote de Alfred mira no corpo de Rupert.
Rupert: Nem perto.
Desviando do furioso chicote, Rupert ataca Alfred novamente.
Alfred: Lento demais!
Alfred desvia da rapieira novamente. A batalha implacável continua enquanto eles não concedem nada um ao outro.
Raymond: Que irmãos tolos...
Eu não perdi o murmúrio de Raymond.
Mina: O que você quer dizer, tolos?
Raymond: Cale sua boca e apenas os observe.
Mina: Raymond, de que lado você está?
Raymond: Que lado? Nenhum. Entretanto, vejamos...
Raymond olha na direção de Alfred. É bem quando Alfred desvia do avanço violento de Rupert.
Raymond: Eu estou no mesmo lado que você está.
Mina: Mesmo lado... que eu?
Raymond: É mais fácil para mim se Alfred vencer.
Mina: Mais fácil?
Quanto mais Raymond fala, mais eu fico confusa. Bem quando eu tento perguntá-lo o que ele realmente quer dizer–
Alfred: Ugh!
Eu ouço o gemido de Alfred sob sua respiração.
Mina: Alfred!
A ponta da rapieira passa pela bochecha de Alfred deixando-o um corte. Quando Alfred limpa sua bochecha sangrenta, o corte já se foi.
Rupert: Eu devo te dar um ferimento fatal, afinal.
Dizendo isso, Rupert prepara sua rapieira novamente.
Rupert: Isso terminará tudo.
Alfred: Essa é a minha fala!
Alfred largamente maneja seu chicote da esquerda para a direita. Cortando o ar nitidamente, o chicote ataca Rupert ferozmente.
Rupert: Ngh!
Incapaz de desviar completamente, Rupert perde seu equilíbrio. Pegando-o de guarda baixa, Alfred libera seu forte chicote novamente.
Alfred: Eu...
O chicote estala no pulso de Rupert. A rapieira é mandada voando, e eu vejo o pulso de Rupert sangrando.
Alfred: ... venci!
Rupert: Gah! ...Ughhh!
Alfred abaixa o chicote sobre Rupert como que para cortá-lo ao meio.
Raymond: É isso!
Raymond anuncia e corre na direção do corpo caído.
Mina: Alfred!
Eu também corro na direção de Alfred para ficar ao seu lado.
Raymond: Você ainda está vivo?
Rupert: Sim... Infelizmente.
Quando Rupert se senta com a ajuda de Raymond, o cenário do vilarejo desaparece.
(Esse cenário... Alfred e eu o vimos juntos noite passada...)
Rupert: Isso é... um lugar tão nostálgico...
(Esse é o lugar onde Alfred e Rupert costumavam aproveitar a vista juntos...)
Rupert: ...Eu me pergunto o desejo de quem está materializado aqui.
Alfred: ...Quem se importa?
Rupert ri fracamente. Alfred está de volta ao seu eu habitual.
(Esse é o desejo dos dois... eu acho... Que quer dizer que eles querem aproveitar uma conversa na frente da vista bem como nos velhos dias.)
Olhando para suas expressões me faz pensar isso.
Rupert: Mina... Eu não acho que posso me mover imediatamente, você poderia vir aqui?
Assentindo para Rupert acenando, eu vou para o lado dele.
Rupert: Sinto muito que tomei o que era tão importante para você.
Com um sorriso gentil, Rupert retorna o pingente para mim. Pegando o pingente de volta de Rupert, eu volto para onde Alfred está. Então, Alfred pega a corrente e o coloca no meu pescoço. Eu seguro amorosamente o pingente que está finalmente de volta em meu peito.
Mina: Rupert...
Rupert: Eu... sempre tive inveja de Alfred... Desde a infância, minha vida diária era nada além de um treinamento para me tornar o herdeiro de Harold... Para mim, Alfred sempre pareceu estar cantando os benefícios da liberdade.
Alfred: Não... Eu estava...
Rupert: As pessoas ao meu redor só me reconheciam como um herdeiro. Mas Alfred tinha Harold e Tatiana... Uma vez, Alfred me levou para o Jardim das Rosas de Tatiana. Eu não pude evitar sentir inveja dele. Eu estava tão solitário e sofrendo... Por quê, por outro lado, Alfred estava feliz e animado...? É por isso que eu queria sair daqui para procurar por um lugar onde eu posso verdadeiramente ser feliz e ser mim mesmo.
Alfred: ...Não. Fui eu quem invejava de você. Todos ao nosso redor só estavam interessados em Rupert, o herdeiro. Se Tatiana não tivesse percebido minha solidão e não me salvou, eu ainda estaria vivendo nela. Tatiana costumava me dizer que bruxas eram boas em encontrar as fraquezas das pessoas e curá-las...
Alfred olha para mim no meio da frase.
(O que foi...?)
Olhando de volta para ele, eu o vejo sorrir fracamente por um segundo.
Mina: Vocês estavam entendendo errado um ao outro. Nem Rupert, nem Alfred está solitário. Porque... eu sei que vocês dois se importam um com o outro.
Alfred: Pare com isso. É nojento.
Rupert: Eu... não posso concordar com você também...
Eu não consigo evitar rir, olhando para suas reações idênticas.
Alfred: Pare de rir.
Mina: Eu... não consigo... *risadinha*.
Rupert: Você mudou tanto, Alfred...
Rupert lentamente se levanta. Quando suas pernas quase desabam, Raymond o segura ao seu lado.
Rupert: Mina... Eu repito o que disse antes.
Mina: O que você disse antes...?
Rupert: Você esqueceu a conversa depois que eu tinha te salvado nesse quarto?
Mina: ...Eu me lembro disso.
(Me lembro que ele me disse que eu não poderia ser a Nº1 de Alfred.)
Alfred: Do que vocês estão falando?
Rupert: Não é da sua conta, Alfred. É um segredo entre só nós dois.
Dizendo isso friamente para Alfred, Rupert me mostra um sorriso gentil.
Rupert: Sinto muito, Raymond, mas você me levaria ao meu quarto?
Raymond: Eu não tenho outra escolha.
Apoiado por Raymond, Rupert sai do quarto. Alfred murmura para as costas de Rupert enquanto ele sai.
Alfred: ...Rupert, sinto muito que não posso garantir seu desejo. Obrigado pelo pingente...
Rupert: O que... te mudou tanto... Mina realmente é incrível.
Virando-se para nós, ele diz isso e sorri para mim novamente. Eles dois desaparecem pelo outro lado da porta, e o cenário muda novamente.
Mina: Virou seu quarto dessa vez...
Alfred: Parece que sim.
Alfred está franzindo as sobrancelhas com seus braços cruzados.
Mina: O que está errado?
Alfred: Nada.
Mina: É mesmo...? Por que virou seu quarto tão de repente...?
Andando em círculos no quarto, eu pergunto a Alfred.
Alfred: É fácil. Porque eu queria te beijar.
Mina: Me beijar?
Eu me viro para ver seu rosto a centímetros do meu.
Mina: Uhn... Ahh...
Ele me puxa em seus braços, e então milhões de beijos caem em mim.
Mina: Ei, você está bem? Está machucado?
Eu pergunto a Alfred entre os beijos. Ele responde com um sorriso.
Alfred: Você se preocupa demais. Eu vou me curar em breve. Você sabe disso também, não é?
Mina: Mas o ferimento de Rupert não foi curado imediatamente.
Alfred: Isso é porque eu o ataquei com toda a força. A velocidade de cura varia com o grau do ferimento. Estou bem, no entanto.
Mina: Mas...
Alfred: Já chega.
Novamente, ele sela minha boca com a dele. Eu sinto que estou derretendo num beijo mais profundo com nossas línguas entrelaçadas. Nós beijamos de novo e de novo–
Mina: Hmm? Quê...?
Quando Alfred se afasta de mim... Eu sinto um broche desconhecido na minha mão.
(É um broche de rosa...? É tão pequeno e fofo...)
Alfred: Se você não gosta, jogue fora.
Mina: Você está me dando um presente?
Alfred: Então, se você não gosta...
Mina: Eu nunca jogarei fora!
(Eu nunca jogaria fora algo que Alfred me dá.)
Mina: Obrigada. Estou tão feliz.
Dizendo isso, eu abraço e o beijo.
Mina: Alfred, me beije mais.
Querendo senti-lo comigo o máximo possível, eu o peço por mais beijos.
Alfred: Não se arrependa de suas palavras...
Alfred se aproxima de mim com um sorriso malvado. Ele me beija quase como se estivesse me mordendo. De algum jeito, eu sinto doçura em seu beijo agressivo, e gradualmente estou me devotando nele.
Alfred: Aqui estamos.
Alfred para numa porta que nunca vi antes.
Mina: Essa é a entrada para o Jardim das Rosas?
Alfred: Sim. Esse também é o quarto de Tatiana. Aqui na porta...
Eu vejo um entalhe onde Alfred aponta.
Mina: ... “Preencham o vazio e provem suas linhagens para apresentar seu amor um pelo outro”.
Murmurando, eu me aproximo da porta.
(Esse espaço redondo...)
Mina: Talvez... esse entalhe seja para...
Eu pego o pingente de meu pescoço, e então coloco a gema vermelha junto com o pingente no entalhe. A gema vermelha encaixa no entalhe perfeitamente. Eu solto minha mão, mas o pingente não cai dele. A parte de trás da base e a corrente brilhando em dourado são as únicas coisas que vemos na porta.
Mina: Isso é bem o que eu esperava... Então, “o vazio está preenchido”... o que vem a seguir é...
Alfred: ... “Provem suas linhagens para apresentar seu amor um pelo outro”.
(...Prova de nossas linhagens... É o pingente para mim, e para Alfred, é...)
Alfred pega seu relógio de bolso e o encara. Eu vejo que sua mão está levemente tremendo.
Mina: Alfred...
Alfred: Honestamente, estou um pouco assustado.
(Qu–?)
Era a primeira vez que eu ouvi tais palavras tímidas dele.
Alfred: Faz um tempo desde que Rosapast parou de aparecer. Estou com medo de saber como ela está agora...
Mina: Foi você quem me ensinou como o castelo está vivo pelo poder de Rosapast. Você deve acreditar nela.
Alfred: ...É. Você está certo. Você está me animando, hein? Eu nunca imaginei que um dia assim chegaria.
Mina: Ei, isso não é um pouco rude?
Alfred: Sério? Como?
Nós compartilhamos risada, e então encaramos um ao outro.
Mina: Vamos ir ver Rosapast. Então... “Provem suas linhagens para apresentar seu amor um pelo outro”, certo? Como nós podemos mostrar nosso amor um pelo outro?
Alfred: Eu não sei como... mas tudo que eu consigo pensar agora é dizer nossos sentimentos um pelo outro.
Alfred segura o relógio de bolso fortemente em sua mão.
Mina: Sim. Mas antes disso...
Eu gentilmente seguro a mão de Alfred.
Alfred: Qual é o problema?
Mina: Eu acho que segurar a mão um do outro vai deixar mais fácil transmitir nossos sentimentos. Nós podemos ficar assim?
Alfred: Claro. Vá em frente.
Dizendo isso, Alfred aperta minha mão de volta. Eu seguro minha mão com Alfred, e coloco minha outra mão no pingente na porta. Eu rezo em meu coração fortemente, na esperança que meu pensamento alcance Rosapast.
(Ei... você me ouve? Eu sou a descendente de Tatiana. Por favor, abra essa porta... Por favor, garanta o desejo de meu amado, Alfred... Por favor!)
Bem quando eu agarro sua mão fortemente–
Mina: Uau!
O pingente começa a emitir uma luz brilhante. O relógio de bolso de Alfred brilha da mesma maneira.
Mina: O pingente e o relógio...
A luz emitida de seu relógio de bolso é absorvida pelo meu pingente através do espaço entre a porta e meus dedos. Tentando soltar minha mão da porta, eu vejo o pingente também saindo dela e voltando para minha mão. O pingente caído em minha mão continua absorvendo a luz de seu relógio de bolso. Então, letras misteriosas aparecem em sua superfície acompanhadas por um brilhante raio vermelho de luz.
(Então, o jeito que nós apresentamos nosso amor um pelo outro estava correto...)
Sentindo-me aliviada, eu percebo que Alfred está observando minha mão maravilhado.
Alfred: O que são aquelas letras? Eu nunca as vi antes...
(Essas são velhas letras de bruxa. Tatiana pode tê-las escrito... Isso significa... “Entalhe prova de amor eterno na rosa”.)
Mina: **********!
Assim que eu murmuro palavras que significam “Entalhe prova de amor eterno na rosa”...
Alfred: ...!!
A porta do Jardim das Rosas lentamente se abre.
Alfred: Isso... não pode ser...
Espiando pela porta aberta, Alfred corre para dentro do jardim.
Mina: Alfred...!
A porta fica completamente aberta quando estou prestes a correr atrás dele.
Mina: S-Sem chance...
O que eu vejo em meus olhos não é o Jardim das Rosas florescendo ao máximo em vermelho brilhante. Em vez disso, eu vejo um exército de rosas murchas, cuja cor quase mudou para preto.
Dia 9
Alfred e Rupert, eles são irmãos realmente bons.
Mas se eu disser isso a eles, eu tenho certeza que eles vão ficar bravos comigo.
Esse é o fim do nono capítulo do Alfred. Até a próxima! :)
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