[ADS] To the Edge of the Sky: Prólogo Origem Phase2 (Zero)
Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais TTEOTS, na rota do Zero. Espero que gostem! :)
Eu alcanço Zero em uma estação de trem. Meus passos ecoam através da grande área quase vazia. Eu consigo ver Zero parado no meio, esperando por mim. Quase me sinto compelida a correr até ele, mas vê-lo só ali parado me faz sentir um pouco rebelde. Eu desacelero meu ritmo só um tantinho.
(Ele me fez correr atrás dele pela cidade, então pode esperar um pouco.)
Quando eu finalmente chego perto o suficiente, Zero se vira de me observando para encarar o homem atrás do balcão. Ele mostra ao homem algo que parece um cartão de apuramento.
Zero: Ela está comigo. Agente nova.
O homem olha de relance para o cartão de autorização enquanto seus olhos brevemente acendem com um padrão colorido. Desaparece tão rapidamente quanto apareceu, rápido demais para eu pegar qualquer coisa além de um brilho de laranja em seus olhos. O homem me dá uma rápida olhada antes de assentir e nos acenar. Enquanto eu sigo Zero, quem não está correndo em alta velocidade desta vez, eu tomo o tempo para observar nossos arredores. O lugar parece velho, porém bem mantido. Quem quer que esteja mantendo o design interior assim deve realmente gostar da aparência vintage.
(Embora ainda não entenda por que estamos numa estação de trem obsoleta. Eu tinha esperado que estaríamos voando até lá em um carro, já que eu nunca estive em um carro voador antes. Mas, bem... Talvez alguma outra hora?)
Zero começa a se mover na direção de um dos trens que acabaram de chegar, e eu o sigo para dentro. Zero se senta em um lado, e eu me sento no outro, de frente para ele. Ele meramente me encara, lentamente me fazendo sentir mais e mais desconfortável. Eu não consigo aguentar mais, então me viro para olhar ao redor do trem ao estilo vintage.
(Está tão vazio... Nós realmente somos os únicos no trem?)
Quando me viro de volta, Zero ainda está somente me encarando sem nenhuma expressão discernível. Eu decido que esse pode ser um bom momento para fazer uma pergunta.
-Por que nós estamos pegando um trem assim?
Evren: Por que nós estamos pegando um trem assim?
Zero: Esse é um trem que só leva agentes da PHASe. É no subterrâneo, então ele leva você direto para o quartel general da PHASe.
Evren: Quartel general da PHASe... Isso significa que também há um quartel general normal?
Zero: Sim. Há um prédio governamental para o público, e um especial para os agentes.
Evren: Ah, entendo.
-Isso vai direto para a PHASe?
Evren: Isso vai direto para PHASe?
Zero: Sim.
Eu encaro Zero e ele desvia o olhar.
(Só um sim? Acho que ele não é muito de falar.)
Evren: Então, tipo, só... direto para lá? A estação é dentro da PHASe?
Zero: Sim.
Ele assente.
(Eu desisto... Acho que apenas verei por mim mesma.)
-Por que você está encarando?
Evren: Por que você está encarando?
Zero desvia o olhar.
Zero: ...Desculpe.
Evren: Não, não, está tudo bem. Só estava me perguntando.
Zero dá de ombros e fica quieto. Eu suspiro.
(Primeira conversa desconfortável... Primeira conquista completa, eu acho.)
Exceto por alguns olhares curiosos e discretos aqui e ali, nós passamos o resto da carona de trem completamente em silêncio. Em aproximadamente quinze minutos, nós chegamos na próxima estação... ...e entramos no próprio quartel general da PHASe. No momento que eu dou uma olhada por dentro, eu paro em meus caminhos. O belo átrio tem uma sensação leve, com tanto espaço aberto e janelas deixando entrar a luz natural. Está cheio de pessoas, agentes e pesquisadores, todos em branco andando ao redor. Alguns estão em grupos, alguns sozinhos. Embora esteja cheia de gente, a área em si é grande demais para ficar lotada. Eu me distraio, absorvendo todos os detalhes desse lugar maravilhosamente espaçoso. Eu dou um passo para trás e olho para o teto e o céu acima.
Evren: Uau...
???: Boa tarde.
Eu olho de volta para baixo para ver uma mulher parada lá.
Dra. Park: Eu sou a Doutora Keiria Park. É um prazer finalmente conhecê-la. Embora você esteja bem atrasada.
Evren: Ah... sim. Eu sinto muito mesmo por isso.
Doutora Park dá um breve assentir de reconhecimento como se já tivesse esquecido. Então, ela se vira para Zero.
Dra. Park: Obrigada por ir recuperar a Agente Sete, Zero.
(Agente Sete... que estranho... ah, espere. Sou eu. Eles estão se referindo a mim.)
Zero sorri de volta para a doutora.
Dra. Park: Você está livre para ir agora, Zero.
Zero coloca sua mão direita sobre seu coração e curva sua cabeça levemente, antes de sair correndo mais adiante no prédio. Eu o observo ir, mas ele se afasta tão rápido que desaparece de minha vista antes que eu saiba.
Dra. Park: Por favor, venha comigo. Eu lhe levarei ao seu quarto.
Ela gesticula para segui-la. Enquanto nós andamos pelo grande espaço lado a lado, Dra. Park levanta um tablet. Ela começa a examinar minhas estatísticas uma por uma.
Dra. Park: Essas são bem impressionantes. Especialmente considerando que você acabou de se juntar a nós sem passar por nenhuma de nossas iniciativas de treinamento e avanço.
Eu olho ao redor do átrio e para todas as pessoas ao nosso redor.
Evren: ...Está tudo bem falar sobre tudo isso aqui?
Dra. Park: Todos aqui são agentes dentro da filial secreta da PHASe. Portanto, as estatísticas básicas de um agente são informação “pública”.
Eu franzo as sobrancelhas.
(Parece um pouco estranho ser reduzida a stats como um jogo... ou talvez apenas uma estatística literal.)
Dra. Park: Ah, parece que eu me esqueci de me apresentar devidamente. Eu sou a Pesquisadora Líder aqui na PHASe. Eu tenho muitas responsabilidades, então algumas vezes, você pode não me ver frequentemente. Uma das coisas que estou encarregada é de garantir que todos os nossos agentes estejam sempre saudáveis e em seu melhor estado. Peço desculpas por me esquecer. Eu estou sempre encantada quando alguém tão talentosa se junta a nós, especialmente ao nível da Phantom Alpha.
Evren: Obrigada. Esse é um elogio muito grande, especialmente de alguém de sua posição... Mas eu...
Eu sinto um inchaço em minha garganta.
Evren: Eu realmente sou boa o suficiente? Não sei se realmente sou o que você acha que eu sou. Não tenho certeza de que toda isso não é um erro.
Ela para na minha frente, fazendo-me parar com ela. Ela praticamente empurra seu tablet em meu rosto. Com sua caneta, ela aponta para meu ranking de nível de habilidade. Diz que eu tenho uma classificação de “classe S”.
Dra. Park: Este software analisa a habilidade potencial de um candidato baseado nos dados fornecidos— e raramente está errado.
Então, ela relaxa e sorri para mim.
Dra. Park: Eu mesma fiz o software, afinal. Mas poderia ser atualizado com novos dados mais tarde. Eu tenho certeza que qualquer dado novo apenas irá provar que o ranking do software está correto, ou quem sabe... Talvez ainda melhor.
Os olhos da doutora parecem brilhar ao pensamento antes de começarmos a andar novamente.
Evren: De onde PHASe conseguiu os dados, de qualquer forma?
Dra. Park: Os dados foram coletados por nossos agentes que entraram em contato com você.
Ah, então daquela vez... é claro.
Evren: Mas ainda assim. Eu não estava com eles por muito tempo.
Dra. Park: PHASe é parte do governo em Olympia. E naturalmente, nós temos uma extensiva rede de dados pela defesa da cidade— Os viajantes eram próximos da cidade, afinal.
Evren: ...Você sabe que eu sou uma viajante? Espere, não. Acho que faz sentido que você saberia, considerando todo o resto.
Dra. Park: O que você quer dizer?
Evren: Eu estou acostumada com pessoas das cidades me tratando como merda se descobrirem isso.
Dra. Park: Eu vejo. Há muitos agentes de todos os lugares—Europa, Ásia, Índia, África—cada continente habitado. Eu mesma sou da América—e além disso, eu julgo por mérito. Eu não me importo de onde alguém é.
Eu me encontro sorrindo às palavras da boa doutora. Embora ela pareça um pouco rígida, sabendo disso me faz sentir melhor sobre ela.
(É assim que as coisas deveriam ser, então é legal ouvir alguém aqui compartilhar essa opinião.)
Nós entramos num corredor, e Dra. Park para na frente de uma das portas.
Dra. Park: Aqui é onde você estará ficando a partir de agora. Se tiver qualquer pergunta, deveria usar a interface de parede da PHASe no quarto. Ela está equipada com informações oficiais de alta segurança sobre a PHASe. Se não conseguir encontrar algo lá, eu lhe encorajo a contatar seus novos companheiros de equipe— Acho que maiores taxas de sucesso de missão têm uma correlação direta com altas taxas de sincronização. Agora, por favor, dê-me licença, Sete. Foi bom conhecê-la, mas eu tenho muito trabalho para fazer. Estarei lhe contatando amanhã. Em nome de todos aqui, seja bem-vinda a P.H.A.N.T.A.S.M..
Com isso, Dra. Park finalmente vai embora. Eu vertiginosamente encaro a porta de meu novo quarto.
(É finalmente hora de ver onde eu estarei dormindo a partir de agora.)
Eu respiro fundo para me preparar, e entro. O quarto—MEU quarto—parece tão diferente de qualquer lugar que já fiquei antes.
(Apesar de que, considerando a maioria dos lugares que fiquei eram sujos, abandonados ou um literal buraco no chão... Isso está definitivamente além de comparação.)
É quando a exaustão me atinge do nada como uma tonelada de tijolos. Eu me arrasto na direção da cama e me jogo em cima dela, cansada demais para fazer outra coisa.
(Não posso acreditar que estou finalmente aqui... A viagem foi longa e exaustiva. E maldito Zero por me fazer correr atrás dele... Tão cansada. Ainda assim, eu me pergunto... Essa realmente é a escolha certa?)
Eu me sinto ansiosa, mas empolgada também.
(Não tenho certeza de qual está vencendo ainda, então vou só esperar para ver. Eu me pergunto como meus companheiros de equipe serão...)
Meus pensamentos parecem mais e mais pesados, e não mais consigo lutar para manter meus olhos abertos. Em meus últimos momentos de consciência, eu me pergunto como minha vida será na PHASe.
[É hora de explorar PHASe. As cenas seguintes tomam lugar sobre o curso da primeira semana de Sete ne PHASe. Que área você gostaria de visitar?]
-A cafeteria. {+Zero}
Evren: Parece que eu ainda tenho tempo antes do jantar... Mas eu estou exausta de todo o teste da Dra. Park mais cedo hoje. Eu acho que vou tirar um cochilo primeiro...
Eu mudo para minhas roupas de dormir e me jogo na cama, deitando em meu estômago. Tudo o que precisa é minha cabeça atingindo o suave travesseiro antes de eu apagar... Groge, eu abro meus olhos, não sabendo que dia ou mês é, muito menos onde estou. Eu lentamente me levanto e esfrego meus olhos, tentando me lembrar.
(Certo, aqui é... PHASe... e eu... tirei um cochilo... Um cochilo?!)
Eu me viro e olho pela janela, e vejo o céu noturno me cumprimentar de volta. Eu agarro meu celular e olho a hora. 9:37 p.m. Arghhhhh! Meeeeerda!
(Eu perdi o jantar por apenas um pouco, de certeza. Se um pouco foram três horas. Para não mencionar que arruinei minha rotina de sono depois de apenas alguns dias aqui.)
Evren: Bom trabalho, eu! Bem, estou completamente acordada agora...
Eu olho para a lua cheia brilhando no céu enquanto tento decidir o que fazer. Eu dou de ombros.
Evren: Acho que vou comer, de qualquer jeito.
Vestindo-me, eu agarro meus óculos ARO e saio de meu quarto. Ligando a superfície em meu ARO, eu seleciono meu destino e desço o corredor. Na cafeteria agora, eu peço meu jantar por uma tela de toque, então sento à uma mesa para esperar. Há alguns outros aqui, e eu arrisco um palpite que as pessoas comem aqui o tempo inteiro, de qualquer forma. Eu escaneio as outras pessoas aqui curiosamente, mas a maioria veste os uniformes brancos de pesquisadores da PHASe. Aqui e ali, algumas pessoas bem distintas se destacam com uma forte aura, e eu aposto que eles possam ser outros agentes.
(Outros agentes... Isso parece tão estranho de pensar.)
Os agentes parecem tão intensos e capazes que eu me pergunto pela milionésima vez se eu tenho um direito de estar aqui. É quando eu percebo alguém que parece distinto, mas tem uma sensação diferente dos outros. Alguém em branco.
(Zero...)
Algo sobre ele parece naturalmente mais inocente do que os outros. Pensando nisso novamente, ele pareceu diferente de todos da equipe Phantom Alpha que eu encontrei até agora. Eu fico curiosa sobre o porquê disso e inclino minha cabeça.
(Talvez eu deva ir falar com ele? Seria estranho?)
Eu estou contemplando isso quando ele se levanta. Ele leva sua bandeja para a lixeira, esvazia-a e sai da cafeteria.
(Droga, deveria ter movido mais rápido.)
Funcionário: Pedido #106!
Eu suspiro e me levanto para pegar minha comida.
(Talvez da próxima vez? Ou... Dra. Park disse que eu deveria conhecer todos os meus companheiros de equipe. Talvez eu possa encontrá-lo depois do jantar.)
Com esse pensamento, eu ando para pegar minha comida e finalmente comer. Depois do jantar, eu volto a perambular pelos corredores novamente. Dessa vez, meu destino está fixo na localização de Zero que apenas está marcada como uma “Área de Relaxamento”.
(Parece que ele está do lado de fora... Pergunto-me por que ele estaria do lado de fora à noite? Talvez ele não consiga dormir?)
Enquanto eu pondero essas coisas, me movo pelos corredores e elevadores aparentemente sem fim. Embora eu tenha estado tentando ignorar isso por algum tempo, meu coração anseia ver algo além dessas paredes brancas.
(Não... Você é uma agente da PHASe agora. Tem que pensar como uma habitante da cidade... Foi você quem escolheu parar de viajar, afinal.)
Meu coração não parece se importar, no entanto, e continua a discutir com minha mente até eu chegar em meu destino. Eu fico surpresa quando abro as portas de vidro para o que parece ser uma área de telhado com jardins. Ou vários, na verdade. A luz de dentro brilha através do vidro, dando um brilho gentil na escuridão da noite. Eu facilmente encontro a jaqueta branca de Zero contra a cortina de fundo escura à distância. Ele está sentando em um dos bancos com suas mãos em seus bolsos, sua postura relaxada. Eu me sinto inquieta quando repentinamente me pergunto se está tudo bem só ir falar com ele assim.
(Quero dizer, talvez ele queria ficar sozinho.)
Lembrar as palavras da Dra. Park, no entanto, me dá força. Eu balanço minha cabeça e começo a caminhar na direção dele. Ele me olha de relance imediatamente, seus grandes olhos escuros brilhando na luz fraca.
Evren: Oi. Se importa se eu me sentar aqui?
Zero balança sua cabeça e se afasta no banco, e eu me sento. Espero para ele começar a falar, para questionar por que eu estou aqui, mas ele não faz isso. Os segundos se esticam em minutos antes que eu perceba que... Meu plano de conversar com ele se transformou em um silêncio desconfortável. Frenética por minha falha social, eu tento pensar em algo bom para dizer que não é, “Conte-me toda a sua história de vida!”
Evren: Então... É uma noite bem legal para um fim de tarde.
(Ai, Deus... Eu realmente acabei de dizer isso...?)
Eu sinto calor correr para meu rosto por minhas terríveis habilidades sociais. Mas Zero apenas olha para mim e, na verdade, dá uma pequena risada.
Zero: É.
Vendo seu brilhante sorriso, eu relaxo.
(Bom, então ele tem um senso de humor, pelo menos. Se tivesse sido Quatro, podia ter ido realmente mau...)
Evren: Dra. Park me disse que eu deveria tentar conhecer vocês. A equipe, quero dizer. Eu vi você na cafeteria mais cedo, então pensei que deveria vir dizer oi.
Zero assente junto, então coça sua cabeça.
Zero: Você está se acostumando com as coisas? Tem alguma pergunta?
-Acho que sim.
Evren: Hm. Acho que sim. Pouco a pouco.
Zero: Bom. Eu sei que pode ser difícil se acostumar com as coisas aqui...
Evren: Eu posso estar um pouco com saudades de casa, no entanto.
Zero: Eu sei o que você quer dizer.
-Quando você chegou aqui? {+Zero?}
(Uma pergunta brota em minha mente.)
Evren: Quando você chegou aqui, Zero?
Zero: Eu era uma criancinha. Sete anos.
Evren: Uau... Isso deve ter sido difícil.
Zero: É...
Embora eu apenas tenho sido parte da Phantom Alpha por três semanas.
Evren: Oh, então você é novo como eu?
Zero assente e eu sorrio, sentindo-me um pouco melhor.
Evren: Acho que podemos ser os novatos na equipe, então. Eu sei que você esteve na PHASe por mais tempo, mas vamos ajudar um ao outro?
Eu estendi uma mão para Zero, e ele parece surpreso antes de tomá-la. Nós apertamos as mãos brevemente e Zero sorri.
Zero: Eu estava me sentindo meio solitário, então estou feliz que você veio.
Evren: Ah, você quer dizer para conversar?
Zero lentamente balança sua cabeça.
Zero: Sim e não... Eu estava sentando aqui para reunir meus pensamentos. Mas me referi à equipe. Eu sou o membro mais jovem e mais recente, e todos são tão experientes. Então, esteve sendo difícil às vezes.
Evren: Ah, eu te entendo aí. Estive me perguntando o tempo inteiro se eles escolheram a pessoa certa para o trabalho.
Zero: Eu vi suas habilidades. Você é boa, não se preocupe.
Eu sorrio e me inclino para trás, olhando ao céu. Eu não posso evitar sentir alívio da validação. De ouvir isso de alguém que realmente me viu em ação.
Evren: Obrigada.
Depois disso, nós ficamos quietos pelo resto de nosso tempo juntos. Eu acho que nós dois nos sentimos melhor, apenas tendo alguém que entende.
-O salão à noite. {+Quatro}
-O salão ao fim de tarde. {+Nove}
-Lugar nenhum. Eu quero ficar em meu quarto para sempre. {+Seis}
(Até agora eu encontrei quatro de sete de meus companheiros de equipe. E nenhum dos ditos encontros foi nada que alguém possa chamar de “normal”. Eu me pergunto quando conseguirei encontrar todos os outros? ...Qualquer um deles será normal?)
Eu rolo para minhas costas e encaro o teto.
(Mas novamente, o que exatamente é normal? Especialmente nesse tipo de vida.)
Eu suspiro.
(Nada será nenhum tipo de normal novamente.)
Meus olhos viajam para a vista além das janelas.
(Mas... talvez eu possa vê-lo novamente. Talvez eu possa encontrá-lo na cidade em algum lugar. Apesar de como tudo terminou entre nós... Sinto sua falta.)
Eu fecho meus olhos cansados, e me permito finalmente viajar para um profundo sono. Luz do sol atinge meus olhos e eu me acordo com um susto.
(Merda, eu tenho que...!)
Eu esfrego meus olhos e absorvo meus arredores.
(Oh, é mesmo... Eu estou em Olympia. Eu estou na PHASe... Eu não tenho que me esconder do sol por medo de fritar.)
Eu dou um suspiro de alívio e caio de volta na cama. Eu sinto ao redor da mesa de cabeceira um pouco e agarro o celular providenciado pela PHASe. Quando a tela ganha vida, eu vejo uma notificação de email da Pesquisadora Líder.
“Agente Sete, você e outro agente são exigidos a se apresentarem para o Teste de Compatibilidade de Equipe. O TCE é projetado para garantir que você é eficientemente incorporada à equipe Phantom Alpha. Quem você escolhe não é importante, já terá que testar com todos os membros eventualmente. Eu lhe mandarei um plano do mapa da PHASe para seu ARO. Vocês se encontrarão na Área de Treinamento. A reunião começa às 10 a.m. Lembranças, Dra. Keiria Park.”
Eu olho ao tempo. 9:27 se torna 9:28 a.m.
(Eu não conheço a PHASe bem o bastante ainda para não me perder. O mapa definitivamente irá ajudar, mas eu ainda preciso me familiarizar com o lugar. Eu deveria ir logo se não quiser me atrasar.)
A doutora disse para escolher alguém da equipe para se juntar a mim nesse teste.
(Ugh, ligar para alguém é... Como eu mesmo deveria ligar para eles?)
Eu não tenho nenhum de seus números pessoais ainda. Nem mesmo conheci todos eles, então pode ser um pouco estranho pedir para alguém que eu ainda devo conhecer para fazer isso comigo tão de repente. Eu decido apenas chamar alguém que já conheci, então. Eu corro para o display de parede e aperto “Diretório” na tela.
-Nove.
-Quatro.
-Seis.
-Zero. {+Zero?}
O nome “Zero” imediatamente atrai meus olhos. Eu aperto em seu rosto e o display entra em modo de chamada. O telefone toca sem fim pelos próximos 60 segundos.
(Eles têm mensagens de voz aqui? Devem ter...)
Eu tinha acabado de desistir quando ouço uma voz.
Zero: Olá?
Evren: Bom dia, Zero.
Zero: ...Bom dia.
Evren: Hm, eu estou ligando para ver se você estaria disposto a descer para fazer um teste de Compatibilidade de Equipe. É às 10 nesta manhã.
Zero: 10? OK.
(OK? Só isso?)
Evren: ...Obrigada. Até mais, então.
Zero: Tchau.
Eu termino a ligação e suspiro.
(Bem, isso foi... direto. Mas, passo um completo. Parceiro adquirido. Agente Sete em movimento.)
Eu bufo aos meus próprios pensamentos.
(Ok, é. Eu nunca vou dizer isso em voz alta.)
Eu saio para o corredor e ligo meu mapa de sobreposição, carregando os dados que recebi da Dra. Park.
(Eu me pergunto, como será esse teste?)
Vendo a Phantom Alpha em ação em primeira mão, eu pensei que eles eram tão legais naquela época. Mas agora isso me deixa mais nervosa que qualquer outra coisa.
(Minhas habilidades não são ruins em comparação, mas...)
Eu diminuo meu passo e olho ao redor.
Evren: Onde eu estou...?
Meus olhos correm pelo mapa, tentando fazer sentido de onde eu possa estar.
(Ótimo, estou perdida. Tenho bastante certeza que virei errado em algum lugar... mas onde?)
Não importa onde eu olhe no mapa, eu não consigo ver meu próprio indicador.
(O mapa está falhando? Está faltando algumas áreas, talvez...? Acho que ouvi falar de alguns mapas tendo áreas escondidas, mas isso é apenas ridículo.)
Eu suspiro.
(Eu NÃO tenho tempo para estar perdida agora. Acho que preciso tentar refazer meus passos para recomeçar... Eu vou estar tão atrasada. DE NOVO. Dra. Park vai pensar que eu sou a agente mais irresponsável de todos...)
Eu me viro para tentar e voltar ao caminho de onde vim... Mas me encontro cara a cara com o alto Zero.
Evren: Aah—! Zero, mas que diabos?
Zero: Eu te assustei?
Evren: Óbvio! Por que você está aqui?
Zero: Porque você estava obviamente perdida.
Evren: ...Certo, isso é justo. Mas como você sabia? E como sabia onde me encontrar?
Zero: Porque eu estava olhando onde você estava no mapa.
Evren: ...Como?
(O aplicativo de mapa parece tão quebrado...)
Zero: Qualquer um na PHASe pode localizar sua própria equipe. Você nunca sabe quando vão se separar.
-Eu não sei como me sentir sobre isso...
(Parece meio arrepiante, mas... também parece que pode ser realmente prático. Especialmente se alguém está numa situação onde não podem se comunicar. Então eu não sei como me sentir sobre isso exatamente. Indecisa, por enquanto. Eu acho?)
Sem nada para dizer, eu apenas assinto.
-(Isso é meio arrepiante...)
Evren: Então, qualquer um pode saber onde eu estou a qualquer dado momento?
Zero: Sim, mas é o mesmo para todos nós.
Evren: Eu vejo, bom saber...
(Ok, é. Isso é meio arrepiante... Mas pelo menos é apenas um indicador num mapa e nada mais.)
-Parece que é realmente útil. {+Zero?}
(Eu tenho tantas perguntas... Onde está o localizador? Qual é o alcance nisso? Se PHASe fosse hackeada, poderia ser usado por outra pessoa para localizar agentes?)
Eu me restrinjo de perguntar tudo, por enquanto. Eu sei que estamos pressionados por tempo, então apenas assinto.
Evren: Parece que é realmente útil.
Zero: É, ele me ajudou a te encontrar, não foi?
Eu assinto, incapaz de discutir com essa lógica.
Zero: Nós temos que ir, porém. Vamos nos atrasar.
Ele começa a sair andando, na direção do que eu assumo ser a direção do laboratório. Não querendo ser deixada para trás novamente, eu me apresso atrás dele. Nós quietamente andamos lado a lado por um tempo, subimos alguns andares, e passamos por um labirinto de corredores. Depois de um pouco, o silêncio dos corredores combinado com o silêncio do homem com quem estou andando começa a me atingir. Eu olho de relance a Zero.
Evren: Então... Como você esteve?
Zero: Hein? Ah... Bem.
Vendo que ele não está planejando continuar, eu continuo falando.
Evren: Eu estive trabalhando duro para me acostumar aqui. Ainda sinto falta da natureza...
Zero: Eu também.
Os olhos de Zero correm de mim na direção de algo adiante no corredor. Eu me viro para ver o que ele está encarando.
Zero: Oi, Dra. Park.
Dra. Park: Bom dia, Zero.
Zero e eu encontramos ela no meio do corredor.
Dra. Park: É bom ver você. Estava indo buscar nossa nova agente desaparecida?
Zero: Sim. Ela se perdeu.
Evren: Sinto muito mesmo.
Dra. Park: Nós dificilmente estamos atrasados, de qualquer forma. Obrigada por sua ajuda, Zero. Bom trabalho.
Zero faz um leve movimento de saudação, então Dra. Park se vira.
Dra. Park: Sigam-me.
É quando um brilho de preto vem correndo da esquina. Eu paro de andar. Um estranho homem para em nossa frente.
(Esse é outro PHA—)
Ele puxa o que parece uma arma de choque e mira direto para Dra. Park.
(Mas... que diabos?!)
-[Proteger a Doutora.] {+Zero?}
Eu movo adiante e agarro Dra. Park pelo braço, puxando-a para trás enquanto eu movo para ficar na frente dela. Mas mesmo quando eu faço, Zero fica entre nós e o atacante.
(O que diabos está acontecendo aqui?!)
Um alarme retumba pelo corredor, e uma voz entre altos gritos anuncia calmamente demais:
AS ASAS AZUIS INFILTRARAM. KAIROS ESTÁ NO PRÉDIO.
(KAIROS... falaram sobre eles em meus vídeos de treinamento. Como eles entraram?!)
O intruso mira sua arma de choque acima de meu ombro para a Dra. Park.
Zero: Como você entrou aqui?
O intruso dá um sorrisinho.
Intruso: Minhas únicas ordens foram para pegar Agente Sete viva. Para você por outro lado, eu não recebi nenhuma ordem específica. Mas eu sei que a Alta Sacerdotisa ficaria feliz de analisar o único membro de uma nova classe.
Zero: Você teria que ser capaz de me capturar primeiro.
Naquele momento, o mundo parece desacelerar. O Asas Azuis carrega sua arma. E numa fração de segundo, Zero começa a se mover enquanto o homem puxa o gatilho—
-[Deixar Zero proteger a Doutora.]
Antes que eu possa me mover, Zero está na frente da gente e do atirador numa instância defensiva. Eu alcanço adiante e agarro o braço da Dra. Park para puxá-la mais perto de mim.
(O que diabos está acontecendo aqui?!)
Um alarme retumba pelo corredor, e uma voz entre altos guinchos anuncia calmamente demais:
AS ASAS AZUIS INFILTRARAM. KAIROS ESTÁ NO PRÉDIO.
(KAIROS... falaram sobre eles em meus vídeos de treinamento. Como eles entraram?!)
O intruso mira sua arma de choque sobre o ombro de Zero para a Dra. Park.
Zero: Como você entrou aqui?
O intruso dá um sorrisinho.
Intruso: Minhas únicas ordens foram para levar a Agente Sete viva. Você, por outro lado, eu não recebi nenhuma ordem específica.
(O quê?! Me levar...? Como alguém mesmo sabe de mim...?)
Intruso: Mas eu sei que a Alta Sacerdotisa ficaria feliz de analisar o único membro de uma nova classe.
Naquele momento, o mundo parece desacelerar. Quando o intruso carrega sua arma, eu me intrometo e fico bem entre o intruso e Zero.
(Desculpe, cara, você vai pro chão.)
E numa fração de segundo, bem quando eu me movo adiante, o homem puxa o gatilho—
Esse é o fim da segunda parte do prólogo na rota do Zero. Até a próxima! :)
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