[ADS] To the Edge of the Sky: Prólogo (Quatro) [parte 2]
[...]
— Nove.
— Quatro.
Meus dedos pairam acima do “Quatro” no diretório. Sinto-me um pouco nervosa em ligar para ele, mas afasto essa sensação e aperto no botão de ligação. Embora apenas toque algumas vezes, o tempo parece desacelerar com cada toque.
Quatro: Ahã?
O rosto do Quatro finalmente aparece na tela. Se ele está surpreso por uma chamada minha, não parece.
Evren: Bom dia. Dra. Park me mandou um email sobre um Teste de Compatibilidade de Equipe que eu deveria fazer.
Silêncio.
Evren: Ela disse para escolher alguém para me acompanhar.
Mais silêncio.
Evren: Nós devemos encontrá-la no laboratório às dez da manhã.
Quatro: ...Vou te encontrar no laboratório.
Quatro termina a ligação sem me dar tempo para dizer outra coisa.
(Suspiro. Bom, poderia ter sido pior! Parceiro adquirido. Agente Sete em movimento.)
— Seis.
— Zero.
[...]
Quatro: Então, foi pra cá que você vagou.
Eu preciso de toda a minha força de vontade para me impedir de gritar nesse momento. Reconheço o dono da voz imediatamente, mas não significa que ouvi-la de repente me assustou menos. Eu me viro para encarar o Quatro.
Evren: Ah, mas o qu... Quatro, você me assustou.
(O que você parece fazer toda vez que nos vemos. Eu sinceramente espero que isso não continue, porque meu coração não consegue aguentar ser constantemente surpreendido assim.)
Quatro: O que você está fazendo, vagando por aí?
Evren: Bem, eu... honestamente, eu me perdi. Mas como você sabia onde me encontrar?
Quatro: Eu vi seu indicador num mapa e vim te buscar.
Evren: Hein? Como você me localizou?
(O aplicativo de mapa parece tão quebrado...)
Quatro: Todos os membros têm marcações que nos ajudam a localizar um ao outro, no caso de precisarmos encontrar um ao outro rapidamente.
— Eu não sei como me sentir sobre isso...
(Parece meio arrepiante, mas... também parece que pode ser realmente prático. Especialmente se alguém está numa situação onde não podem se comunicar. Então eu não sei como me sentir sobre isso exatamente. Indecisa, por enquanto. Eu acho?)
Sem nada para dizer, eu apenas assinto.
— (Isso é meio arrepiante...)
Evren: Então, qualquer um pode saber onde eu estou a qualquer momento?
Quatro: Sim.
Evren: Entendo, bom saber...
(Ok, é. Isso é meio arrepiante... Mas pelo menos é apenas um indicador num mapa e nada mais.)
— Parece que é realmente útil.
(Eu tenho tantas perguntas... Onde está o localizador? Qual é o alcance nisso? Se PHASe fosse hackeada, poderia ser usado por outra pessoa para localizar agentes?)
Eu me restrinjo de perguntar tudo, por enquanto. Eu sei que estamos pressionados por tempo, então apenas assinto.
Evren: Parece que é realmente útil.
Quatro silenciosamente me encara por um momento. Quando começo a ficar nervosa sobre sua falta de resposta, ele assente.
Quatro: É bom em situações durante missões quando não podemos nos comunicar por qualquer razão.
Não consigo evitar sorrir.
(Não quero assumir, mas realmente parece que ganhei uma aprovação aí.)
Quatro olha de canto de olho para algum lugar no teto com uma expressão estranha no seu rosto.
Quatro: Nós precisamos ir.
Ele começa a sair andando, na direção do que eu assumo ser a direção do laboratório. Não querendo ser deixada para trás novamente, eu me apresso atrás dele. Nós quietamente andamos lado a lado por um tempo, subimos alguns andares, e por um labirinto de corredores.
Quatro: Como você está se acostumando?
Ele fala tão de repente que eu quase tropeço em surpresa.
Evren: Bem, acho eu.
Eu digo isso, mas então reclamações começam a derramar pra fora de mim.
Evren: Todos os corredores parecem iguais... Tem uma sensação fria aqui e eu já sinto falta do lado de fora.
Quatro: Você deveria ir ao... ...
Ele se cala. Eu olho de relance a ele enquanto viramos uma esquina, mas pensamentos de seu silêncio repentino somem pela visão da Dra. Park vindo em nossa direção. Nós caminhamos para encontrá-la na metade do caminho. Quando paramos, eu percebo que ela não parece nada feliz de nos ver.
Dra. Park: Vocês estão atrasados.
Seu tom é curto e cortante. Seus olhos praticamente fazem buracos no Quatro, quem está ainda mais rígido que antes. A mandíbula dele está firme enquanto se recusa a encontrar os olhos da doutora. Em vez disso, ele silenciosamente encara a parede. Eu engulo em seco quando os olhos dela finalmente encontram os meus. Embora eles suavizam um pouco, não consigo afastar a sensação inquietante esmagando meu peito.
Evren: Sinto muito, Dra. Park. Eu me perdi no caminho...
—[Mencionar a ajuda do Quatro]
Evren: E o Quatro veio me localizar, então a culpa é minha.
Dra. Park: Entendo.
—[Não dizer nada]
Evren: ...
Dra. Park se vira e começa a sair andando. Quatro e eu silenciosamente olhamos de relance um ao outro e seguimos atrás dela na direção do laboratório.
[...]
É quando um brilho de preto vem correndo da esquina. Eu paro de andar. Um estranho homem para em nossa frente.
(Esse é outro PHA—)
Ele puxa o que parece uma arma de choque e aponta direto na Dra. Park.
(Mas... que diabos?!)
—[Proteger a Doutora]
Eu me movo adiante e agarro a Dra. Park pelo braço, puxando-a para trás enquanto me movo para ficar na frente dela.
(O que raios está acontecendo aqui?!)
Um alarme retumba pelo corredor, e uma voz entre altos gritos anuncia calmamente demais:
AS ASAS AZUIS INFILTRARAM. KAIROS ESTÁ NO PRÉDIO.
(KAIROS... falaram sobre eles em meus vídeos de treinamento. Como eles entraram?!)
O intruso mira sua arma de choque acima de meu ombro para a Dra. Park. Quatro se move para ficar na frente de nós duas. Embora eu não consiga ver o rosto dele, sou relembrada do jeito que ele se moveu para eficientemente despachar aquelas pessoas lá na igreja abandonada.
Quatro: Foi um erro vir aqui.
O intruso dá um sorrisinho torto.
Intruso: Minhas únicas ordens foram para pegar a Agente Sete viva. Para você, por outro lado, eu não recebi nenhuma ordem específica. Mas elas podem ficar satisfeitas se eu me livrar do famoso assassino.
Naquele momento, o mundo pareceu desacelerar. Quatro muda sua postura e o Asas Azuis carrega sua arma. Pelo som dela, rapidamente carrega além da configuração “não-letal”.
—[Deixar Quatro proteger a Doutora]
Eu podia jurar que ouvi Quatro estalar sua língua logo antes de rapidamente se mover para proteger a doutora. Ele agarra-a pelo braço e rudemente puxa-a para trás. Enquanto ela tropeça, ele se move para ficar na frente dela.
(O que raios está acontecendo aqui?!)
Um alarme retumba pelo corredor, e uma voz entre altos gritos anuncia calmamente demais:
AS ASAS AZUIS INFILTRARAM. KAIROS ESTÁ NO PRÉDIO.
(KAIROS... falaram sobre eles em meus vídeos de treinamento. Como eles entraram?!)
O intruso mira sua arma de choque acima do ombro de Quatro para a Dra. Park.
Quatro: Foi um erro vir aqui.
O intruso dá um sorrisinho torto.
Intruso: Minhas únicas ordens foram para pegar a Agente Sete viva. Quanto a você, por outro lado, não recebi nenhuma ordem específica.
(Quê?! Me pegar...? Como é que alguém sabe sobre mim...?)
Intruso: Mas elas podem ficar satisfeitas se eu me livrar do famoso assassino.
Naquele momento, o mundo pareceu desacelerar. Enquanto o intruso carrega sua arma, eu me intrometo e fico bem entre Quatro e o intruso.
(Desculpe, cara, você vai pro chão.)
E numa fração de segundo, bem quando eu me movo adiante, o homem puxa o gatilho—
—[Se Evren protegeu a Doutora]
A arma dispara com um estrondo eletrificado, mas Quatro desvia bem debaixo do tiro e se move para dar um gancho no intruso. O cara mal consegue sair do caminho do punho do Quatro. Ele dá um salto para trás, tropeçando em alguns passos. Ele encara o Quatro, quem encara o homem de volta. Antes que ele possa avançar ao intruso de novo, o homem alcança atrás dele. O intruso puxa outra arma, mirando-a no Quatro de novo. Quatro zomba do homem.
Quatro: Uma segunda arma? Bem original.
O homem dá de ombros e aponta a arma para Dra. Park e eu.
Intruso: Não preciso de originalidade, só preciso terminar o trabalho.
Quatro dá um pequeno assentir.
Quatro: Justo.
Eu me movo para esconder a doutora atrás de mim completamente.
—[Relembrar o intruso de suas ordens.]
Eu estreito meus olhos ao intruso. Sei que se eu puder mantê-lo focado em mim, isso daria ao Quatro a oportunidade para derrubá-lo.
Evren: Você realmente quer atirar? Pense nisso, você mesmo acabou de dizer que suas ordens foram para me levar viva. Realmente acha que seus superiores ficarão satisfeitos se você atirar em mim?
O intruso dá uma risadinha.
Intruso: Você? Não. Provavelmente não ficariam muito felizes se eu atirasse. Mas ele?
Ele dá de ombros de novo. Não preciso pedi-lo para dar detalhes.
—[Questionar o intruso.]
Minha respiração fica lenta enquanto eu foco no intruso. Nós observamos um ao outro por talvez um segundo antes de me inspirar e começar a falar.
Evren: Por que você está fazendo isso? Por que a KAIROS iria arriscar atacar uma base inimiga?
O intruso arqueia uma sobrancelha pela minha pergunta.
Intruso: Se você não consegue descobrir sozinha, eu certamente não vou te dizer.
Eu pressiono meus lábios. Não estava esperando que ele respondesse, seria burro da parte dele. Mas mesmo assim, se tivesse respondido, teria deixado as coisas muito mais fáceis.
Evren: Se você vai atirar em mim de qualquer forma, por que não me contar?
O intruso bufa.
Intruso: Se eu fosse atirar em você, por quê iria? Mas não é você que estou almejando.
Não preciso perguntar a quem ele se refere...
Toda a desgraça acontece em menos da metade de um segundo. Quatro se move na direção do intruso, mas o homem dá um meio-passo pro lado. Ele gira e atira no Quatro, mas Quatro facilmente desvia do tiro. Quatro dá um golpe certeiro no homem com o lado de sua mão... Mas ele salta pra trás. Quase no meio do ar, o intruso muda o alvo de sua arma: Para mim. Quando ele puxa o gatilho, de repente tudo que vejo é o Quatro bloqueando o caminho. Seu ombro é empurrado para trás violentamente quando o tiro atinge-o com força total.
Evren: Quatro!
Embora ele cambaleie alguns passos para trás, de algum jeito ele permanece de pé. O intruso arqueia uma sobrancelha, olhos se estreitando ao Quatro.
Intruso: Hã? Cara durão. Você faz jus à sua reputação.
A respiração do Quatro fica irregular, difícil. Embora ele tente controlar, até daqui eu consigo ouvi-lo se esforçar.
Evren: Quatro...
Quatro tosse. Sangue flui livremente de sua boca, manchando sua pele de vermelho. Eu sinto um arrepio gelado descer minha coluna enquanto observo a cena se desenrolar. Eu tento avançar, para ajudar, mas Quatro estende sua mão para mim. Ele me olha de soslaio, apenas brevemente, mas a expressão em seus olhos é clara o bastante: “Não.” Eu mordo meu lábio para me impedir de discutir. Odeio isso. Odeio isso. Mas sei que se eu me movesse, arriscaria a segurança da Dra. Park. Estou agindo como o escudo dela agora... Então, devo permanecer o escudo dela. Quatro dá outro passo adiante... Mas o intruso não perde tempo e atira de novo. Não sei dizer se é porque ele não quer arriscar que a gente seja baleada também... Ou se é porque ele não consegue mais desviar rápido o bastante. Mas Quatro permanece no lugar, levando o tiro.
Evren: QUATRO!
O tiro atinge-o em algum lugar no peito, fazendo-o recuar alguns passos. Através do que pode apenas ser pura força de vontade, Quatro novamente permanece de pé... Mas sua respiração soa superficial. O preto de suas roupas escurecem ainda mais, e sangue cai de suas feridas, formando uma poça no chão. Meu coração se aperta dolorosamente pela visão.
(Meu Deus... Quatro! Não tem nada que eu possa fazer?!)
—[Ajudar o Quatro.]
Missão Fracassada.
—[Ficar parada.]
Embora seja necessária toda a força de vontade que tenho, eu me forço a ficar parada. Embora meu primeiro instinto seja correr para ajudar meu parceiro, sei que tenho que ignorar.
(Isso é... o que significa ser parte de uma equipe, certo? Tenho que fazer minha parte e confiar no Quatro.)
O intruso dá uma risadinha, um som frio contra as emoções quentes ameaçando ferver dentro de mim.
Intruso: Bom, então. Isso deve ser o suficiente. Te vejo em breve, Sete.
O homem saúda o Quatro, então olha para mim acima do ombro de Quatro e dá uma piscadela antes de finalmente fugir correndo. Eu fico lá, chocada, incapaz de me mover por um momento. Finalmente saio dessa, quando Quatro arfa e cambaleia para frente.
Evren: Quatro!
Eu tento correr na direção dele enquanto ele cai de joelhos. Mas sinto uma mão agarrar meu braço com um aperto de ferro. Me viro para ver a Dra. Park me segurando, suas unhas cromáticas azuis afundando no meu braço.
Dra. Park: Vou cuidar disso. Vá.
Eu penso em discutir por um segundo, as palavras já se formando em meus lábios... Mas tenho que me forçar a não dizer nada.
(Não, Evren, essas não são as terras mortas... Ela é a sua superiora.)
Sinto-me terrível por correr e deixar o Quatro pra trás, mas sei que não tenho outra escolha. Não sou uma profissional médica. Não posso ajudá-lo aqui. Mas o que posso fazer é perseguir o cara que atirou nele. Eu assinto para a doutora. Com uma olhada rápida ao Quatro, eu corro para onde o intruso tinha desaparecido.
Esse é o fim da segunda parte das cenas do Quatro. Não se esqueçam de comentar e escolher sua reação ali embaixo. Até a próxima!👋😊
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