My Forged Wedding: Prólogo

Indo a Tóquio para encontrar um emprego através do seu tio,
você encontra um cara que diz de repente:
“Por favor, seja minha esposa!
Você quer se casar comigo?
Por apenas um mês...
Um pedido de casamento de um estranho que eu acabei de conhecer!?


Oi oi, pessoal! Crys-chan chegou com a tradução de um novo jogo: o prólogo de “My Forged Wedding”, da maravilhosa Voltage. Espero que gostem! 😀


{N/T: Usarei o nome “Kahori Takashima” para esse jogo.}

Kahori: Então, aqui é Tóquio...

Com minha bagagem em mãos, eu desci do trem. Havia arranha-céus e multidões de pessoas por todo lugar. Minha primeira visão da cidade foi avassaladora.

(Pensei que Kyushu era similarmente uma área urbana, mas não é nada comparada com Tóquio. Eu serei mesmo capaz de viver aqui?)

Quando pensei no futuro que estava prestes a encarar, fiquei um pouco nervosa. Mas as circunstâncias me fizeram vir aqui, e não posso voltar agora.

Kahori: Primeiro, eu tenho que ligar pro Tio Kunihiko...

Eu peguei a nota que recebi da mamãe. O Tio Kunihiko é meu parente. De acordo com a mamãe, ele é o presidente de uma grande companhia aqui em Tóquio. Eu tinha me graduado da faculdade, mas falhei em encontrar um emprego. Sem quaisquer outras conexões ou oportunidades, eu vim para Tóquio na esperança de que o Tio pudesse ajudar.

(A última vez que o vi foi durante o casamento do(a) meu(minha) primo(a)... Vejamos... foi há uns 10 anos? Eu posso acabar não o reconhecendo.)

Ele deve ser sofisticado porque é o presidente de uma dessas companhias de tecnologia que está com tudo agora. Talvez ele use um terno caro, parecendo profissional... Enquanto imaginava como seria a aparência do meu Tio agora, eu liguei para o número que a mamãe me deu.

RRRR...RRR...Bipe.

Voz: ...Alô?

Kahori: Ah, alô? É a Kahori.

Voz: Kahori?

Kahori: Kahori, de Kyushu.

Voz: Ah, Kahori!

A voz do Tio se animou. Para o presidente de uma companhia, ele é bem amigável e fácil de conversar. Eu me acalmei e relaxei um pouco.

Kahori: Eu cheguei na estação. Posso ir até aí agora?

Voz: Ah, na verdade, você pode pegar algumas coisas para mim no mercado?

Kahori: No mercado?

Voz: Vou te enviar uma lista por email agora mesmo, então você pode dar uma passadinha no mercado no caminho e comprar esses itens?

Kahori: Claro...

Voz: Obrigado!

BIPE.

Ele desligou. Depois de alguns segundos, eu recebi um email.

Kahori: Feno grego, semente de cominho preto, cardamomo... O que é tudo isso?

A lista parecia ingredientes para cozinhar, mas não haviam outras anotações. Sem saber o que deveria comprar, eu fui ao supermercado mais próximo.

(Que mercado chique... Não é nada como os mercados lá em casa. Me pergunto onde estaria esse tal de grego?)

Fui na direção da seção de vegetais e dei umas voltas. Esbarrei ombros com um homem que não conhecia.

Kahori: Ah, sinto muito.

???: ...

(Eita... Ele não parece feliz... Ele não parece amigável, mas talvez eu devesse perguntá-lo.)

Kahori: Err, você sabe onde eu posso encontrar esse tal de grego?

???: Esse tal de grego?

Kahori: Hm, feno grego?

Eu li o email que recebi do Tio. O homem me deu uma expressão exasperada.

???: Isso é uma especiaria. Você está na seção errada.

Kahori: Ah, feno grego é uma especiaria?

???: Você não sabe o que está comprando? Esquisita.

Kahori: Como é!?

???: A seção de especiarias fica ali.

O homem caminhou rapidamente. Eu rapidamente segui seus passos.

(Que tipo de pessoa chama um estranho de “Esquisito”? Mas acho que a maioria das pessoas não me guiaria. Ele pode ser direto, mas deve ser uma boa pessoa já que está me ajudando.)

???: Especiarias importadas devem estar nessa prateleira.

Kahori: Feno grego... Ah, aqui está.

Finalmente encontrei o item que estava procurando. Mas ele estava na prateleira do topo e eu não conseguia alcançar.

Kahori: Ah, err...

???: Caramba, você precisa de ajuda com tudo.

O homem suspirou enquanto estendia a mão para pegar a garrafa.

???: O que mais?

Kahori: Hein?

???: O que mais você vai comprar? Você tem uma lista no seu email, certo?

Kahori: Ah, certo. Err...

???: Me mostre.

O homem olhou no meu celular. Seu rosto estava quase que próximo o bastante para tocar no meu.

???: Ah, desculpe.

Kahori: Hein?

???: Eu tenho uma visão ruim.

Kahori: Ah, entendi. Eu tenho, também...

???: Feno grego, semente de cominho preto, cardamomo... Estão todos nesse corredor.

Kahori: Uau...

Ignorando minha expressão de surpresa, o homem começou a jogar os itens da lista na minha cesta.

Kahori: Obrigada por me ajudar.

???: Sim, sim.

Kahori: Achei que esses eram nomes de vegetais. Não sabia que eram especiarias.

???: Você não sabe a diferença entre vegetais e especiarias?

Kahori: Desculpe?

???: Coitado do cara que acabar se casando com você.

O homem zombou de mim antes de se virar e sair andando.

(Que grosseria! Só porque eu não conhecia os nomes de especiarias!? Eu não iria querer me casar com um homem rude como você!)

Eu peguei a cesta e fui na direção do caixa.

Kahori: De acordo com o mapa... deve ser por esse caminho.

Eu caminhei do mercado para a casa do Tio. Estava esperando uma área residencial, mas estava andando na direção do distrito de compras de Azabu-Juban.

(Chamam de distrito de compras, mas não é nada com que estou acostumada. É um lugar sofisticado e elegante. Eles têm residências aqui?)

Um homem de pé na frente de uma vitrine atraiu meu olhar. Dentro da vitrine havia lindos vestidos de casamento.

???: ...

O homem estava parado enquanto encarava os vestidos. Eu notei pelo seu perfil lateral que ele era bonitão.

(Será que ele vai se casar em breve? Quem é a mulher sortuda que vai se casar com um pão de mel desses? Ela deve ser bonita também.)

O homem se virou como se tivesse percebido que eu estava o encarando. Eu não tive tempo de desviar meu olhar, e nossos olhos se encontraram.

???: O que você está olhando?

Kahori: Ah, nada...

Rapidamente olhei para baixo e saí andando. O homem me encarou enquanto continuei andando.

???: ...

(Ele ainda está me encarando? Deve ter pensado que eu era estranha. Mas ele tinha olhos de uma cor bonita. Eram lentes de contato coloridas? Ou talvez ele seja birracial? E aqueles vestidos de casamento eram lindos. Eu quero vestir um algum dia. Mas preciso procurar um emprego antes de me casar!)

Diferentes pensamentos cruzaram minha mente enquanto fui na direção da casa do Tio.

Kahori: Long Island... nomeado por causa da ilha em Nova Iorque?

Eu cheguei no endereço que estive procurando. Mas não era uma casa, era um bar esportivo chamado Long Island.

(Ele não pode possivelmente viver aqui. Estou com o endereço errado?)

Eu olhei ao redor, mas não vi nenhuma residência por perto. Enquanto estava parecendo perdida, alguém falou atrás de mim.

???: Você não vai entrar?

Kahori: Hein?

Eu me virei e um homem com olhos grandes estava parado atrás de mim. Ele me olhou com um sorriso amigável e acessível.

???: Não vai entrar? O bar deve estar aberto agora.

Kahori: É, mas acho que estou no lugar errado.

???: Entendi. Onde você queria ir?

Kahori: Eu vim ver Kunihiko Aikawa. Mas acho que estou no endereço errado.

???: Você está procurando pelo Kuni? Ele provavelmente está lá dentro.

Kahori: Kuni? Você conhece meu tio?

???: Tio? Ele parece jovem para ter uma sobrinha da sua idade.

Kahori: Ah, ele não é meu tio de verdade...

???: Não importa. Vamos conversar lá dentro. Pode entrar!

O homem alegremente abriu a porta pra mim. Eu entrei no bar, carregada pelo seu entusiasmo.

(Uau. Que bar chique. Tem uma TV enorme! É mesmo um bar esportivo.)

Eu nunca fui a bares assim, então naturalmente olhei ao redor maravilhada. O homem que me trouxe para dentro gritou na direção dos fundos do bar.

???: Ei, Kuni. Tem alguém aqui para te ver!

???: Alguém?

Um homem mostrou sua cabeça do balcão, e sorriu brilhantemente assim que me viu.

???: Você é a... Kahori?

Kahori: Tio Kunihiko?

Kunihiko: Eu sabia que era você, Kahori! É bom te ver!

???: Ah, vocês se conhecem?

Kunihiko: Ela é minha parente distante! Veio de Kyushu.

???: Ah, foi isso que ela quis dizer com ‘tio’.

Kunihiko: Você deve estar cansada. Por que não se senta?

Pelo incentivo do Tio, eu me sento ao balcão. O Tio estava vestido de um jeito muito casual. Usava um chapéu, uma camiseta e chinelos.

(Esse é o Tio Kunihiko... Eu não me lembro dele assim.)

Kunihiko: Você comprou o que eu te pedi?

Kahori: Ah, sim. Aqui.

Kunihiko: Obrigado. Nós ficamos sem esses. Devo muito a você.

Kahori: Esse bar... é a sua companhia, Tio?

Kunihiko: Não. Minha companhia é diferente disso.

O Tio explicou enquanto colocou os itens que comprei nas prateleiras.

Kunihiko: Faço meus funcionários gerenciarem a companhia. E esse bar é meu passatempo.

Kahori: Um bar esportivo?

Kunihiko: Não é divertido assistir esportes com muitas pessoas? Então eu pensei, por que não abrir um bar esportivo?

???: Ele diz muitas pessoas, mas são só alguns clientes regulares.

Kunihiko: Não importa. Estou gerenciando esse bar como um passatempo.

Kahori: ...

O Tio parecia e agia como um preguiçoso.

Kahori: ...

Eu tinha ouvido falar da Aikawa.com quando estava procurando trabalho na faculdade. Eles desenvolviam software e sistemas, o que deu muito certo. Sua receita e número de funcionários tinham dobrado, e eles estavam crescendo rapidamente.

(Não consigo acreditar que ele é o presidente dessa companhia! Você realmente não pode julgar um livro pela capa.)

Kunihiko: Então, Kahori. Ouvi que você não encontrou emprego ainda.

Kahori: Sim, é verdade. Estive procurando trabalho desde que me graduei da faculdade.

Kunihiko: É um mercado difícil agora. Economia ruim...

???: É, meus discursos de vendas foram rejeitados, também.

Kahori: O que você vende?

???: Ah, eu sou um comediante. Já ouviu falar da dupla Fukumimi?

Kahori: Desculpe, não estou familiarizada com ela.

???: Não se preocupa. Ainda estamos começando! Eu sou Yuta Kajima. Sou o tsukkomi do Fukumimi. Lembra o nosso nome, OK?

Yuta-kun agarrou minha mão e começou a sacudi-la bruscamente.

(Não me surpreende ele ser tão amigável. Ele é um comediante.)

Kunihiko: Você não esperava conhecer um comediante assim que chegou em Tóquio, não é?

Kahori: Não, nem nos meus sonhos mais loucos.

Kunihiko: É disso que se trata um encontro ao acaso. De qualquer forma, desculpe pelo curto prazo... Mas há algumas pessoas que eu queria que você conhecesse, Kahori.

Kahori: Hein?

Kunihiko: Ali.

Eu olhei na direção que o Tio estava apontando, e vi dois homens entrando no bar. O Tio gesticulou para que eles se aproximassem, e eles andaram em nossa direção.

(Eles têm uma certa aura... parecem homens de sucesso. Isso é uma entrevista de emprego? O Tio faz as coisas andarem bem rápido!)

???: Olá. Eu sou Takao Maruyama.

Um dos dois que estava usando um terno legal me entregou seu cartão de visitas. O cartão tinha o nome de um grande escritório de advocacia.

Kahori: Você é um advogado, Sr. Maruyama?

Takao: Não há necessidade para formalidades. Você pode me chamar pelo meu primeiro nome.

Kahori: OK... Takao.

Takao: Está bem. É um prazer lhe conhecer.

Takao se curvou educadamente.

Takao: Kahori, entendo que você é de Kyushu. Você fez faculdade lá também?

Kahori: Sim. Eu vivi em Kyushu minha vida inteira.

Takao: O que você estudou na faculdade?

Kahori: Hm...

(A entrevista de emprego já começou!? Mas será que posso trabalhar num escritório de advocacia?)

Eu decidi contar a ele minhas preocupações com honestidade.

Kahori: Err, posso lhe fazer uma pergunta?

Takao: Ah, certamente.

Kahori: Eu só fiz alguns cursos introdutórios em Direito na faculdade. Tudo bem?

Takao: Você não precisa estar familiarizada com a lei. Estamos procurando por alguém com um sorriso amigável.

Kahori: Sorriso amigável?

Takao: Tenho certeza que você vai servir bem.

(Um sorriso amigável é importante? É um emprego de recepcionista?)

???: Acho que é a minha vez agora.

O outro homem que estava usando uma camisa branca se adiantou.

???: Eu sou Takamasa Saeki. Trabalho na indústria do entretenimento. Desculpe, mas estou sem meus cartões hoje. Estive trabalhando nesse campo há anos, e construí um nome e tanto para mim mesmo.

Kahori: Indústria do entretenimento!

(Parece mesmo! Ele se veste bem e é bonito. Eu não sabia o quanto o Tio poderia me ajudar, mas isso é ótimo!)

O Sr. Saeki sorriu e olhou para mim.

Saeki: Estive procurando alguém como você.

Kahori: O que eu estaria fazendo?

Saeki: Eu quero que você me apoie.

Kahori: Apoiar?

Saeki: Meu trabalho me mantém acordado dia e noite. Eu preciso de alguém que possa ficar ao meu lado e apoiar meu trabalho.

Kahori: Entendo.

(Como uma assistente pessoal?)

Saeki: E quero que você seja meu brinquedo.

Kahori: Hein?

O Sr. Saeki murmurou algo que eu mal pude ouvir. Achei ter ouvido “brinquedo”...

Kunihiko: Bem, já apresentei você a dois deles até agora.

O Tio gaguejou enquanto interrompeu nossas apresentações.

Kunihiko: E os outros...

???: Desculpe pelo atraso!

A porta se abriu e alguém entrou bruscamente. O Tio encarou-o severamente.

Kunihiko: Você está atrasado, Yamato. Eu te disse para ser pontual.

Yamato: Eu tive que ajudar uma garota estranha no mercado. Então não consegui finalizar as coisas e...

Kahori: Você é o homem de mais cedo!

Yamato: Hã?

O homem olhou para meu rosto e seu queixo caiu em surpresa.

Yamato: Você é aquela do mercado!

Ele era o mesmo homem que encontrei no mercado.

Kunihiko: Ah, vocês dois se conheceram?

O Tio nos perguntou, enquanto o homem encarou meu rosto por muito tempo.

Yamato: Kuni, essa é a...?

Kunihiko: É, ela é minha parente distante.

Yamato: Você tem que estar brincando comigo.

(Ele acabou de suspirar!?)

Eu não queria ser entrevistada por um homem tão rude. Decidi contar ao Tio como me sentia.

Kahori: Tio, eu não acho que...

Kunihiko: Você não acha o quê?

Kahori: Não acho que nós nos daríamos bem. Não acho que iria funcionar.

Yamato: O que você quer dizer?

Kunihiko: Kahori, você entende sua posição aqui?

Kahori: Quê?

Kunihiko: Você está procurando um emprego, não é?

Kahori: Sim...

Kunihiko: A cavalo dado não se olha os dentes. Você tem que agarrar toda oportunidade que receber.

Kahori: ...

O Tio está certo.

(Mesmo que eu não goste dele, ele pode terminar sendo meu chefe. Acho que preciso me desculpar.)

Eu respirei fundo e me desculpei.

Kahori: Sinto muito se lhe ofendi mais cedo.

Yamato: Acho que eu disse umas coisas ofensivas, também.

Mas sua atitude não foi nada apologética.

Yamato: Qual é o seu nome?

Kahori: Hein?

Yamato: Não ouvi o seu nome. Qual é?

Kahori: Eu sou Kahori Takashima. Sou de Kyushu e...

Yamato: Sou Yamato Kogami. Isso é tudo.

Kahori: E o que eu estaria fazendo por você?

Yamato: Acho que... servindo chá. É isso.

(Servindo chá? Uma posição de assistente administrativo? Me pergunto que tipo de trabalho o Yamato-san faz.)

Kunihiko: E tem mais um...

O Tio olhou ao redor do bar. A porta abriu lentamente e um homem esguio entrou.

Kunihiko: Ah, aí está você, Ren.

Ren: É.

Yuta: A gente estava te esperando, Ren.

Ren: É.

Takao: Você está atrasado. Deveria ter ligado se fosse se atrasar.

Ren: É.

(Ele só disse “É” esse tempo inteiro!)

Kunihiko: Desculpe, Kahori. Ele é um pouco tímido perto de estranhos.

O Tio nos apresentou.

Kunihiko: Ele é Ren Shibasaki. Não fala muito, mas tem uma ótima ética de trabalho. Ele está pesquisando uma nova droga e...

(Hm? Não é ele o homem que eu encontrei mais cedo?)

Era ele a pessoa que estava olhando os vestidos de casamento pela vitrine. Eu não sabia que ele era amigo do Tio também.

Kahori: Err, acho que nos encontramos mais cedo.

Ren: Hã?

Kahori: Você não estava olhando os vestidos de casamento no caminho pra cá?

Ren: Não...

Kahori: Mas você estava parado na frente de uma vitrine de loja.

Ren: Tinha uma planta de interior incomum.

Kahori: Uma planta de interior...

(Ah, ele não estava olhando os vestidos.)

Kunihiko: Ren, venha aqui. Por que você não se senta ao lado da Kahori?

Ren: Não, está tudo bem. Não precisa.

(Eu não o entendo mesmo. Mas consigo imaginá-lo fazendo pesquisas. Ele parece tão focado nas coisas.)

Kunihiko: Isso é todo mundo.

Yuta: Ei, espera. Eu sou um dos potenciais empregadores, também.

Kahori: Hein?

Yuta: Não é coincidência que estou aqui nesse bar. Eu vim pela mesma razão que todos os outros.

Parecia que Yuta era outra pessoa me dando uma entrevista de emprego. Mas...

(Uma entrevista de emprego com um comediante? Eu tenho que ser a parceira dele? E ele disse que é o tsukkomi. Isso significa que eu sou o boke?)

Só porque eu não conseguia encontrar um emprego não significava que poderia fazer algo completamente diferente.

Kahori: Hm, com licença...

Yuta: Sim?

Kahori: Não acho que eu consiga escrever piadas.

Yuta: Você não tem que se preocupar com isso! Só tem que ficar ao meu lado!

(Então, significa que ele me quer como uma parceira...)

Kunihiko: OK, agora temos todo mundo. Se reúnam, rapazes.

Todos os homens se reuniram e começaram a sussurrar.

Kunihiko: Então? O que vocês acham?

Yuta: Ela é fofa! Eu gosto dela!

Takao: Ela parece ser atenciosa e confiável.

Saeki: Ela pode parecer confiável, mas aposto que tem um lado pervertido, também.

Yamato: Vocês não acham que ela parece teimosa? Ela pode ser difícil de trabalhar junto.

Ren: Não me importo...

(Estou bem aqui. Posso ouvir todos eles!)

Eu fixei o olhar no Tio. Ele riu despreocupadamente para aliviar a tensão.

Kunihiko: He he he.

Kahori: Isso não é motivo de risada! O que está acontecendo aqui? Quem são essas pessoas?

Kunihiko: Eu não lhe disse? Somos todos membros de um time de baseball local.

Kahori: Time de baseball?

Yuta: É. E a gente se conhece desde que éramos crianças! Fomos todos parte do mesmo time júnior.

Saeki: Trabalhamos em campos diferentes, mas todos nós ainda vivemos na mesma área.

Takao: E ainda jogamos baseball de tempos em tempos.

Kunihiko: E eu sou o treinador. Mantenho o grupo unido. Não percebeu?

Kahori: Espera... Achei que eles fossem seus conhecidos do trabalho, Tio.

Kunihiko: Hein? Por quê?

Kahori: Porque isso não é uma entrevista de emprego?

Kunihiko: Não. Eu não disse isso, disse?

Kahori: Mas...

Eu pensei que eles eram pessoas com quem o Tio trabalhava. Mas por que ele estava me fazendo conhecer os membros de seu time de baseball?

Kunihiko: Eu vou encontrar um emprego para você. Mas em retorno, eu tenho um favor para te pedir.

Kahori: Um favor?

Kunihiko: Cada um desses rapazes tem um problema com o qual precisam de ajuda. E a única pessoa que pode ajudá-los é você, Kahori. Então eu quero que você os ajude com o problema deles, Kahori.

Kahori: Todos eles?

Kunihiko: Não, só um. Na verdade, você só pode ajudar um deles.

(Eu só posso ajudar um? Por quê?)

Queria saber que favor é esse que o Tio precisava que eu fizesse.

Kahori: Então, que favor você precisa que seja feito?

Kunihiko: É, hmm...

Os outros cinco mandaram um olhar preocupado ao Tio. Uma pessoa estava esfregando suas mãos nervosamente, e outra engoliu em seco com força.

Kunihiko: Não posso lhe dizer ainda.

Kahori: Quê?

Kunihiko: É um assunto bem complicado e eu não posso lhe dizer até você aceitar o favor.

Kahori: Eu não aceito algo sobre o qual não sei nada!

Kunihiko: Entendo isso. Mas preciso que você apenas aceite.

Kahori: Não posso!

Kunihiko: Sério?

Kahori: Sem chance!

Kunihiko: ...

Eu fiquei cara a cara com o Tio, nenhum de nós falava nada. O Tio finalmente se pronunciou.

Kunihiko: Kahori... Eu não lhe pediria nada estranho, certo? É uma tarefa difícil, mas acredito que você vai conseguir. E conheço esses rapazes desde que éramos crianças. Se eles têm um problema que precisam lidar, eu quero ajudá-los. Mas não posso fazer nada por eles. Precisamos da sua ajuda, Kahori.

Kahori: Minha ajuda?

Eu olhei para os cinco homens. Eles estavam parados com olhares esperançosos. Quando não pude encontrar um emprego, senti como se ninguém me julgasse necessária. Mas agora, todos aqui precisam de mim...

Kahori: Se eu aceitar... você vai me ajudar a encontrar um emprego, correto?

Kunihiko: É claro! Farei de tudo para encontrar um emprego perfeito para você, Kahori!

Kahori: Se esse for o caso, então...

Kunihiko: Você aceitará?

Kahori: Sim. Se for algo que eu possa ajudar.

Os cinco homens comemoraram.

Kunihiko: Ótimo! Deixe eu lhe contar a personalidade de cada um deles. Primeiramente, aqui está o Yamato.

Yamato: Eu?

Kunihiko: Ele é grosseiro e malvado. Você pode não se dar bem com ele no começo. Mas lá no fundo, ele é gentil e de bom coração. Ele fará piadas, mas cuidará de você. Ele cuidará de você não importa o que aconteça. Quando ele tomar você sob suas asas, nunca irá lhe trair. Esse é o tipo de homem que ele é.

Yamato: Não gostei da primeira metade disso.

Kunihiko: E quanto ao Saeki...

Sr. Saeki me olhou de modo seduzente.

Kunihiko: Por causa do trabalho dele, ele pode parecer frívolo às vezes, mas é um homem honesto. Ele banhará de amor àqueles que são próximos dele. Ele respeitará quem você é e lhe tratar como uma dama.

Saeki: Há algumas coisas que apenas mulheres podem fazer.

Kunihiko: E Ren. Como você pode perceber, ele é quieto e distante. Mas o outro lado da moeda é que ele é sincero e não dirá mais do que for necessário. Você pode achar difícil se comunicar com ele no começo... Mas assim que você se sentir confortável um com o outro, tenho certeza de que se sentirá em casa com ele.

Ren: Não gosto de ser consciente dos outros...

Kunihiko: E quanto ao Takao...

Sr. Maruyama deu um sorriso gentil.

Kunihiko: Ele é um cara bem amável. É generoso e um cara em quem você pode depender. Ele lhe abraçará e lhe fará sentir-se tranquila.

Takao: Acho que você está exagerando... mas não farei nada para lhe chatear, Kahori.

Kunihiko: E finalmente, Yuta.

Yuta: Esse sou eu!

Kunihiko: Como você pode ver, Yuta é alegre e animado. Só de estar com ele deve lhe deixar feliz dia e noite. Ele pode parecer exagerado, mas na verdade ele é sensível e considerado. Ele é bom em sentir como os outros se sentem. Você terá ótimos momentos estando com ele.

Yuta: Sou ótimo em divertir as pessoas! Sou um comediante, afinal.

Kunihiko: Hmm. Mas... bem, não se preocupe com o Yuta. O seu não é muito urgente.

Yuta: Quê!? Por quê?

Kunihiko: Então, essas foram as apresentações. Eu quero que você escolha um, Kahori. Quem você quer ajudar, Kahori?

Eu escolhi...

Esse é o fim do prólogo de “My Forged Wedding”. A primeira tradução será da rota do Yamato Kogami pedida pela Fernanda. Até a próxima! 👋😊

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