Seduce Me 2: The Demon War — Sam (parte 3)

Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais uma parte da rota do Sam em Seduce Me 2. Espero que gostem! 😀

Assim que a manhã chegou, nós nos vestimos e saímos da casa quando o relógio marcou meio-dia. Era um dia ensolarado e mais ninguém estava visitando, então Sam e eu estávamos sozinhos no cemitério. Era um pouco enervante, mas ao mesmo tempo, era legal poder passar um tempo no túmulo do Vovô apenas com o Sam. Eu visitaria sozinha eventualmente, mas por enquanto, Sam tomou o controle de nossa visita. Sam se sentou na frente do túmulo, cruzando suas pernas, e encarou a placa de pedra que era a lápide do meu avô. Eu imitei, sentando-me do lado dele e colocando um buquê de flores coloridas ao lado do túmulo.

Sam: Não importa quantas vezes a gente venha aqui, ainda é tão esquisito… Lembro de quando nos conhecemos quase como se fosse ontem.

Mika: É… Ainda é estranho…

Nós ficamos sentados num silêncio confortável, olhando para o túmulo. Era estranho lembrar que há dois anos, eu tinha conhecido o Sam e seus irmãos literalmente no dia seguinte ao falecimento do meu avô. Agora eu estava me casando com o Sam… Era surreal, para dizer o mínimo. Sam endireitou sua postura e limpou sua garganta, fazendo-me olhar para ele em confusão.

Sam: Então, err… Sr. Anderson, espero que você esteja aqui para nos ouvir e tal… seu espírito, eu quero dizer… Já estou fodendo isso.

Mika: Quê…?

Fiquei confusa. Por que ele estava perguntando se meu avô estava ali? Ele estava enterrado sob a terra e seu espírito estava provavelmente no pós-vida. Sam respirou fundo de novo.

Sam: Eu devo parecer um babaca completo. Você deu aos meus irmãos uma chance de começar novas vidas e nunca poderei lhe agradecer o suficiente… agora, estou pedindo pela mão de sua neta. Devo parecer um pirralho, hein?

Observei enquanto Sam passava sua mão por seu cabelo bagunçado, obviamente profundo em pensamentos e formulando suas palavras cuidadosamente antes de falar. Ele não queria estragar isso, dava para perceber pela expressão em seu rosto.

Sam: Você já nos deu tanta coisa. Eu quero ser capaz de não apenas lhe pagar por dar vidas melhores aos meus irmãos, mas também quero estar com sua neta pelo resto da minha vida, como um demônio e como marido dela. Prometo cuidar dela e amá-la pelo resto da minha vida. Quero ficar com ela e provê-la com a vida que ela merece. Posso ser um demônio, mas eu a amo e farei de tudo para protegê-la e mantê-la feliz. Por favor, se você estiver aqui, peço humildemente por sua bênção para casar com sua neta.

Meu coração foi dominado pelo discurso emotivo que Sam fez; lágrimas estavam se formando em meus olhos pelo amor que ele estava expressando por mim. Segurei minhas mãos em meu peito, incapaz de parar as batidas fortes do meu coração. Sam me amava de verdade. Enquanto encarava o Sam, um vento gentil passou pelo ar e acariciou a minha pele e a do Sam. Não encaixava; o sol estava visível e eu não tinha sentido nenhuma brisa até aquele momento.

Mika: Hein…? Vovô?

Outra pequena brisa passou pela gente, fazendo Sam e eu sorrir pela sensação. O vento era a resposta do meu avô, gentil o bastante para nos dizer que ele estava feliz de ver onde estamos e o que planejamos fazer. Sam soltou o fôlego que estava segurando, agora que sabia que meu avô aprovou.

Sam: Eu não vou te decepcionar.

Um sorriso largo surgiu no meu rosto. Eu estava muito alegre nessa situação. Se o Vovô realmente estava ali, fiquei feliz de saber que ele nos aprovava. Fomos para casa naquele dia com confiança e prontos para os desafios do futuro. Tínhamos ganhado a bênção do meu avô e eu tinha certeza de que, independente do andamento desse casamento, nós iríamos cuidar e amar um ao outro pelo resto de nossas vidas. Imaginar o Sam comigo para sempre fez meu coração pular de alegria. Eu realmente estava assim tão empolgada para me casar com ele? Meu coração pensou que sim, apesar de ele ser um demônio? Mesmo assim, o ritual demoníaco permaneceu no fundo da minha mente, suavemente cutucando meus pensamentos enquanto voltávamos para casa e analisamos mais coisas do casamento. Olhei para o Sam, agora curiosa o bastante para perguntar. A questão era: eu perguntaria?

—Não.

Balancei minha cabeça negativamente. Não, eu deixaria o Sam começar essa conversa em seu próprio tempo. Não queria pressionar o problema se era algo que o Sam precisava organizar. Observei Sam enquanto ele olhava a lista de convidados que esperávamos ter. Eu sorri pela vista; ele tinha aprendido a ler em apenas dois anos e agora estava quase tão proficiente na leitura quanto seu primeiro irmão. Não queria quebrar sua concentração, então continuei a examinar a lista de flores e arranjos da festa.

—Sim.

Estava me incomodando. Eu queria saber o que passava na cabeça do Sam e precisava ouvir seus pensamentos sobre isso. Olhei para Sam enquanto ele examinava uma lista de convidados. Ele estava proficiente na leitura agora, constantemente aprendendo nos últimos dois anos que estivemos juntos, então estava voando por esse trabalho com facilidade. Mesmo assim, eu precisava quebrar o silêncio.

Mika: Sam, posso te perguntar uma coisa?

Sam olhou acima de seu trabalho e sentou-se direito, rolando seus ombros para trás.

Sam: Hmm? Ahã, claro. O que foi?

Mika: Promete que não vai ficar bravo?

Sam franziu suas sobrancelhas, agora preocupado com o que eu queria perguntar. Mordi meu lábio inferior, mas ele assentiu, cruzando seus braços e se inclinando na cadeira.

Sam: Vá em frente.

Se eu estava nervosa antes, fiquei mais ainda agora.

Mika: Bem, veja…

Olhei para a mesa, esperando que a superfície de madeira me ajudasse a encontrar algum jeito de formular meus pensamentos. Assim que consegui colocar meus pensamentos em palavras, olhei de volta para o Sam.

Mika: Por que ter um casamento demoníaco é tão importante para você?

Sam: …

Sam me encarou em choque. Sabia que tinha pego-o de surpresa, mas precisava dizer aquilo. Queria que ele explicasse e que nós debatêssemos isso. Se fosse algo que o Sam queria, eu realmente queria ajudá-lo e possivelmente conquistar isso com ele. Se fosse impossível, ainda queria saber e pelo menos tentar; tudo por ele. Sam suspirou e olhou para seus braços cruzados. Era mesmo um assunto tão sério que ele sentia vergonha disso?

Sam: Quem te contou isso?

Mika: Ouvi você e seus irmãos discutindo ontem.

Sam: …

Comecei a me preocupar. Eu o deixei zangado? Ele ficaria furioso comigo por ter perguntado? Observei enquanto ele passava suas mãos por seu cabelo e suspirava.

Sam: Bem, nós teremos um casamento humano e tal e… bom, acho que eu…

Sam mordeu seus lábios, fechando seus olhos enquanto organizava seus pensamentos. Esperei pacientemente, querendo saber exatamente o que ele sentia. Então, ele olhou para mim com um olhar triste, quase de coração partido.

Sam: Eu… Eu acho que sinto falta de ser um demônio.

Mika: Mas, Sam, você É um demônio…

Sam: Não é isso que estou dizendo… Quero dizer, sim, sou um demônio, mas sou mesmo a esse ponto? Eu trabalho para a força policial humana. Eu vivo no mundo dos humanos. Quase não uso meus poderes, então é como se eu nem fosse mais um demônio…

Sam olhou ao seu colo e fechou seus olhos, abaixando seus ombros numa culpa quase patética.

Sam: Então, eu queria te perguntar eventualmente, quando for a hora certa, para casar com você ao estilo demoníaco. Basicamente, eu vincularia minha alma à sua e a sua à minha. Dessa forma, eu sempre saberei quando você está bem e você conseguiria perceber se eu estivesse também.

Mika: Mas e quanto a preparação do feitiço? Certamente você tem que arranjar de algum jeito com componentes de feitiço e tudo mais. Nem imagino o que esse vínculo de almas exige.

Sam: Isso… Não cheguei nessa parte ainda. Não queria fazer nada até saber que eu podia fazer, mas ultimamente… Descobri que é impossível.

Senti meus lábios descerem numa carranca. Sam parecia realmente chateado por não ser capaz de realizar o ritual. Era sério e importante, como Sam emocionalmente sugeriu. Sam bagunçou seu próprio cabelo com seus dedos, levemente rosnando sob sua respiração. Apesar de não olhar para mim, eu percebi que ele estava zangado com a situação.

Sam: A única chance que eu tenho de sentir como realmente sou… e nem consigo fazer isso…

Mika: Sinto muito…

Senti-me terrível por perguntar. Sam, porém, negou com a cabeça e olhou para mim.

Sam: Olha, não se preocupe com isso e esqueça que escutou qualquer coisa, OK? Nós vamos nos casar normalmente e passaremos o resto de nossas vidas juntos. Não precisamos de um feitiço para isso.

Eu sabia que o Sam estava apenas tentando evitar falar mais sobre isso, então assenti e concordei.

Mika: OK, Sam.

Sam assentiu antes de voltar ao trabalho, assim como eu.

Esse é o fim da parte 3 da rota do Sam. Até a próxima! 👋😊

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