Seduce Me 2: The Demon War — Sam (parte 2)
Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais uma parte da rota do Sam em “Seduce Me 2”. Espero que gostem! 😀
Sam: Eu quero fazer isso.
Erik: Você não pode estar falando sério.
Rapidamente, abracei a parede e esvaziei meus pensamentos para que Damien não pudesse ouvi-los. Ouvi com atenção, pensando na Naomi e na Suzu enquanto deixava minhas orelhas capturarem o que queria descobrir. Eu tinha aprendido muitos truques para evitar Damien, e agora era fácil enganá-lo.
James: Um casamento demoníaco? No mundo dos humanos? Como você espera realizar isso?
Sam: Não sei! Eu só… Eu só quero casar com ela como um humano por ela… e como um demônio por mim.
Matthew: Quero dizer, é uma ideia legal, mas você precisaria de muitas—e digo MUITAS—coisas que não podemos conseguir aqui no mundo dos demônios…
Damien: Sam quer visitar o mercado negro dos demônios para encontrar as coisas que ele precisa.
James: Sam!! Você é assim tão imbecil?!
Sam: Caramba! Valeu, Damien!
Erik: O mercado negro? Sério? Você iria tão longe?
Sam: É a minha maldita escolha!
James: Uma escolha que fará de você um alvo ainda maior para anjos— o que diabos você está pensando?!
Minha mente continuou a focar nas minhas amigas, mas meu coração ficou pesado e assustado. Sam queria coisas que teria que pegar num mercado negro? Nem percebi que havia um mercado negro demoníaco! Fiquei muito confusa, mas deixei essa emoção ressoar apenas no meu coração ao invés da minha mente.
James: Olhe, eu sei que você quer fazer isso com ela, mas não pode pelo menos refletir nisso? E se você não conseguir encontrar todos os materiais necessários?
Erik: Além disso, e se ela não quiser fazer isso? Ela é humana, afinal. Você já perguntou a ela?
Sam: Eu… Bom, eu ia—
James: Ah, pelo amor de Deus…
Matthew: Sam! Qual é! Eu sei que você é cabeça-oca, mas não é tão burro assim! Por que não perguntou pra ela?!
Sam: Eu só quero vincular minha alma a ela, entendeu?! Sabe, feito o maldito demônio que eu sou?!
Meus pensamentos ficaram em branco. Por um momento, eu tinha me esquecido de que ele era, de fato, um demônio… mas vincular sua alma a mim? Do que ele estava falando?
Erik: Sim, você é um demônio, mas está no mundo dos humanos agora… Casamentos não funcionam desse jeito aqui.
Sam: Grrr…
Damien: Sam… por que você está tendo dúvidas?
Meu corpo inteiro congelou. O quê? Ele estava tendo… dúvidas? Por quê? Eu suprimi a surpresa na minha mente, ainda me lembrando de que estava espiando, mas estava começando a me sentir chateada.
Sam: Não estou tendo dúvidas… Quero fazer isso! Eu só…
James: Você só o quê? Quer retornar ao mundo dos demônios? Quer se casar com ela nas Planícies Abissais ao invés daqui—
Sam: E se eu quisesse?! E daí se eu quero?! Posso levar a gente pra lá e poderíamos fazer a cerimônia e então voltaríamos—
James: Você pode querer voltar, mas ela se tornaria um alvo para os demônios matarem por diversão! Ela morreria antes que vocês pudessem retornar! Você nem pensou nisso? Hein?!
Um grande silêncio seguiu. Fiquei perdida e nervosa. Por que Sam estava tão obcecado com esse problema?
Erik: James, acalme-se. Gritar com ele não resolve nada.
Matthew: Sam, nós sabemos que você quer muito fazer isso. Estamos tentando te mostrar os fatos antes de você fazer algo estúpido.
Sam: …
Não aguentei mais. Não era uma boa hora para trazer aquilo à tona, então precisava acalmar essa situação. Eventualmente, poderia conversar com o Sam sobre isso, mas não agora. Sinalizei mentalmente que estava terminando a ligação e pensando em voltar ao cômodo, sabendo que Damien ouviria meus pensamentos.
Damien: Ela está voltando.
Eu virei a esquina e observei aos cinco, vendo-os obviamente divididos. Sam estava de um lado, com as duas mãos na mesa enquanto a encarava em derrota. Os outros quatro estavam no lado oposto, olhando para mim.
Mika: Ei, o que aconteceu?
Sam: Nada. A gente só… Só tivemos um pouco de… ah, que se foda. Tô fora.
Sam se afastou da mesa e começou a andar em minha direção. Observei quando ele me passou e subiu as escadas, obviamente muito bravo.
Mika: Sam!
James: Senhorita, espere.
Eu me virei de volta para ver os quatro irmãos íncubos com expressões preocupadas em seus rostos. Queria seguir o Sam, mas sabia que ele precisava se acalmar, então fiquei.
Mika: O que é?
Erik: Se… bem… Isso é muito difícil de perguntar.
Matthew: Errr, se o Sam quisesse fazer algo MUITO MUITO específico e difícil de realizar e se ele quisesse, err… fazer isso com você, você faria?
James: Basicamente, você permitiria o Sam fazer algo que o deixa feliz, mas arrisca a vida dele?
Acabei pensando na conversa que eles tiveram, o que fez Damien franzir suas sobrancelhas. Merda.
Damien: Você ouviu tudo.
James: O-Ouviu?
Fechei meus olhos. Não adiantaria negar, mas era algo que eu precisava conversar com eles? Sabia que teria que falar sobre isso com o Sam, mas com os seus irmãos…?
—Falar sobre isso.
Eu precisava saber mais do que estava acontecendo. Por que o Sam estava tão dedicado em fazer o que tinha planejado?
Mika: Ouvi o que vocês estavam falando, mas não entendo. Um casamento demoníaco?
James suspirou antes de esfregar sua têmpora com uma mão, cruzando o seu outro braço sobre seu peito. Matthew deu um passo adiante, tornando-se o professor do momento.
Matthew: Bom, veja, os humanos planejam casamentos e têm certidões e tal e BAM, você está casado. Mas os demônios… são um pouco mais íntimos.
Mika: Íntimos?
Matthew: Bem, basicamente, quando os demônios querem ficar juntos para sempre, não colocam aneis um no outro, nem nada disso… eles vinculam suas almas.
Quê? Isso não estava fazendo sentido, mas eles estavam falando de magia demoníaca, então não era nada familiar para mim. Erik deu um passo à frente e continuou.
Erik: Quando dois demônios querem se juntar e construir seu legado e família, eles passam por um ritual que vincula suas almas por toda a eternidade. Não importa onde estejam, eles sentirão a presença do outro e poderão senti-lo em seu coração eternamente.
Matthew: Isso aí. É meio romântico, mas também é bem complicado…
Mika: Bem complicado?
James: Bem, quando um demônio vincula sua alma a outro demônio, ele também jura entregar sua energia ao seu parceiro sem questionar. Normalmente, pode-se usar força de vontade para revidar quando alguém pega nossa energia, mas o feitiço de vínculo vai anular sua vontade.
Erik: Basicamente, é um consentimento constante, mesmo se você revidar. Os demônios aceitaram esse jeito de viver, mas pelo o que vimos do mundo dos humanos, os humanos não gostariam tanto dessa ideia.
De repente, me senti um pouco assustada. Se eu vinculasse minha alma ao Sam, ele poderia tomar minha energia sempre que quisesse. Sabia que ele não abusaria disso, mas ainda era assustador não ter mais a escolha se eu queria ou não… Eu queria vincular minha alma a ele? Balancei minha cabeça, colocando a informação numa pasta mental antes de perguntar outra coisa. Não era algo pelo qual eu tinha que passar agora mesmo; eu poderia pensar nisso mais tarde.
Mika: O que envolve esse feitiço?
Matthew: Bem, requer MUITO poder e um monte de coisas para realizar o ritual corretamente. Nossas mães—bem, exceto a do Damien—tiveram que reunir tudo e realizá-lo com sua própria energia porque não tinha ninguém para lançar o feitiço.
James: Isso é porque nosso pai era um tirano misógino que exigia mais do que uma parceira.
Matthew: Enfim! Você precisa que alguém lance o feitiço, então precisaria definir adequadamente o círculo mágico e temperar o espaço; tem um MONTE que você teria que fazer.
Um ritual demoníaco para vincular almas. Tudo isso era intrigante para mim, mas ao mesmo tempo, estava preocupada com a dificuldade implícita. Algo desse tipo era complicado assim? Vincular duas almas juntas; era romântico na teoria, mas acho que difícil no processo e na execução. Sam realmente parecia apaixonado com a ideia somente por quão frustrado ficou ao discordar de seus irmãos. Me senti lisonjeada e preocupada. Damien se aproximou de mim, obviamente ouvindo meus pensamentos sobre essa situação, e colocou uma mão no meu ombro.
Damien: Não deixe isso lhe preocupar. Ele vai conversar com você sobre isso quando estiver pronto. Não acredito que ele saiba totalmente o que fazer ainda.
Assenti e fechei meus olhos. Agora que entendi essa situação um pouco mais, falar sobre isso com o Sam seria mais fácil.
—Evitar.
Fiz que ‘não’ com a cabeça. Isso era uma questão particular.
Mika: Ouvi, e vou discutir isso com o Sam sozinha.
Os outros rapazes assentiram, compreendendo minha decisão nesse assunto. Eu precisava resolver isso com o Sam, não com eles.
* * * * *
Suspirei e observei os rapazes, vendo-os começarem a limpar a mesa e arrumar a papelada. Eu tive que assumir que o planejamento acabou por hoje.
Mika: Acho que vamos discutir mais outra hora?
James: Terá que esperar até o fim de semana. Muito está acontecendo essa semana, então não estarei disponível.
Erik: Comigo também. Tenho que treinar alguns estagiários para que eles saibam como vestir adequadamente clientes com um terno…
Matthew: Esse fim de semana está perfeitamente bom, né?
Mika: Sim! Parece bom.
Ajudei a juntar os papeis numa pilha adequada na mesa, deixando-os prontos para a próxima vez que fossem analisados, antes de acompanhar os rapazes até a saída. Sam permaneceu onde estava, e não viu seus irmãos saindo. Mas depois que fechei a porta, Sam apareceu na sacada acima do vestíbulo e começou a descer a escadaria.
Sam: Eles se foram?
Mika: Ahã. Vão voltar nesse fim de semana.
Sam suspirou e passou sua mão pelo seu cabelo, deixando seus ombros desleixados.
Sam: Isso é ridículo. Preparação de casamento é realmente tão complicado?
Apenas assenti antes de me aproximar e encontrá-lo quando ele chegou no último degrau. Quando desceu dele, eu envolvi meus braços ao redor dele e aconcheguei sua testa, fazendo-o olhar nos meus olhos.
Mika: Vai valer a pena no final quando estivermos casados.
Sam sorriu e envolveu seus braços ao redor da minha cintura, aconchegando minha testa. Senti o amor profundo em seu abraço, querendo me proteger do mundo e de todos os perigos dentro dele. Ele tinha me protegido tantas vezes com aqueles braços que estavam me envolvendo.
Sam: Se posso ficar com você para sempre, então acho que esse trabalho vale a pena, sua bobinha.
Mika: Contanto que você me tenha, ficarei contigo para sempre.
Com um olhar amoroso, Sam levantou uma mão da minha cintura e segurou minha bochecha, e me aconcheguei no calor de sua palma e soltei um suspiro amoroso.
Sam: Ei, podemos ir a um lugar amanhã?
Mika: Hein? Err, claro, eu acho. Onde você queria ir?
Um pensamento dele indo ao mercado negro cruzou minha mente, deixando-me levemente preocupada quanto aonde ele queria ir. O Sam, porém, olhou para seus pés.
Sam: Bem… A gente já perguntou aos seus pais e tal sobre eu me casar com você, mas tem uma pessoa de quem preciso pedir permissão.
Mika: Quem?
Sam: …Seu avô.
Fiquei chocada. Ele queria ir ao túmulo do meu avô? Damien tinha explicado que foi o meu avô que os trouxe do mundo dos demônios, mas eu ainda estava me acostumando com essa ideia. Sam continuou a explicar enquanto eu refletia essa questão.
Sam: Eu sei que pareço meio bobo, mas ele foi meio importante para mim e meus irmãos. Foi ele que nos trouxe aqui, afinal. É respeitoso se, acho, eu pedir a benção dele? Quero dizer, é idiota e não precisamos, mas—
Mika: Não! Nós podemos! Definitivamente! Amanhã ao meio-dia, então?
Sam encarou em choque antes de assentir com um sorriso.
Sam: Certo.
Pensar que iríamos visitar o túmulo do Vovô me deixou feliz em vez de triste. Nós tínhamos visitado-o antes, mas não estávamos noivos naquela época e algo parecia especial nessa visita. Talvez fosse porque o Sam estava fazendo as coisas certas antes de casar comigo. Quem diria, né? Fomos dormir naquela noite, decididos em nossos planos para o dia seguinte.
Esse é o fim da parte 2 da rota do Sam. Até a próxima! 👋😊
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